#COMENTÁRIO
As coisas no Brasil acontecem de modos diferentes do esperado, sempre.
Longe de eu ser a favor de grevistas, mas não entendi o que aconteceu nesta quarta-feira (11/06). “Os senhores grevistas” do Metropolitano de São Paulo criaram o caos no já tão sofrido transporte paulista durante vários dias, riram do Poder Público quando foram obrigados a voltarem a trabalhar por ser decretada abusiva a greve, fizeram ameaças ao governo paulista, impediram milhares de paulistanos chegarem aos seus trabalhos, onde perderam dias de serviço, isto é, prejuízo a terceiros em todas as esferas. Tudo isso em prol de seus direitos trabalhistas que segundo o governo já haviam sido atendidos.
Aí tomam um revés quando vários deles foram demitidos sumariamente pelo Governo do Estado e os sindicatos têm bens bloqueados em contas e investimentos bancários por ordem do Poder Público. Até aí tudo bem, são causas e efeito de uma ação deflagrada.
O estranho é quando o Sr. Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato, vem a público e anuncia a paralisação temporária do movimento para o dia das festividades de inauguração da Copa do Mundo da FIFA, a quem diziam aos quatro ventos que iriam boicotar, prometendo voltar às atividades (grevistas, é claro) no dia seguinte.
Pergunto: O que causou isso? Bateu um medinho pelas ameaças sofridas? Alguém foi beneficiado com a suspensão temporária? Ou “somos grevistas” mas também somos brasileiros e a Seleção está aí, sabe como é, churrasquinho, cerveja, muita festa... Depois voltamos.
Ao que parece, até os objetivos grevistas no Brasil são negociáveis ou de bricadeirinha.
#Falei
Carlos Leonardo
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BRUNO RIBEIRO E CAIO DO VALLE - O ESTADO DE S.
PAULO
11 Junho 2014
SÃO PAULO - Os metroviários de São Paulo
descartaram paralisar a circulação dos trens nesta quinta-feira, 12, durante a
abertura da Copa. Em assembleia realizada na noite desta quarta, os
trabalhadores decidiram
suspender a greve, mas farão uma manifestação a partir das 10h na sede do sindicato, na Rua Serra do Japi, na esquina da Radial Leste, contra as 42 demissões feitas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). O Ministério Público do Trabalho (MPT) cobrou do Metrô justificativa para cada desligamento.
suspender a greve, mas farão uma manifestação a partir das 10h na sede do sindicato, na Rua Serra do Japi, na esquina da Radial Leste, contra as 42 demissões feitas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). O Ministério Público do Trabalho (MPT) cobrou do Metrô justificativa para cada desligamento.
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“Nossa intenção não é atrapalhar a Copa. Não
queremos ameaçar a festa, mas queremos que todo mundo saiba que há pessoas
preocupadas com outras coisas (a readmissão dos demitidos)”, disse o presidente
do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior.
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O sindicato anunciou também que vai iniciar uma
campanha de arrecadação de dinheiro para pagar os salários dos demitidos e as
multas. Eles avaliam que boa parte da população apóia a campanha da categoria.
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