Cotidiano
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#COMENTÁRIO
As pessoas mais antigas já vinham
falando, já vinham prevendo um possível o ano de dois mil e quinze com muitos
problemas, com a inflação disparando, ele já tinha passado por isso. Os mais jovens
não acreditavam nessa possibilidade e alguns mais radicais, até acreditavam na
existência de um Brasil com futuro brilhante, apregoado pelo governo atual.
Eis aí que dois mil e quinze apresenta
um menu muito grande de problemas, de dificuldades para a população. Partiu se
de dois mil e catorze com uma eleição de baixo nível, onde se prometiam coisas
muito boas para o País, e onde um tratava de destruir oponente simplesmente. O
segundo mandato do governo atual, as coisas se inverteram, as promessas se
dissolveram, dando lugar a aumentos e mais aumentos de tarifas, a retirada de
direitos trabalhistas, a escassez de energia elétrica e água para população, o
aumento de combustíveis.
Este Brasil jovem que se diz preparado
para enfrentar os problemas de uma inflação em alta, muito provavelmente
sofrerá grande amargura. Eles não têm noção do que é estar sujeito a uma
inflação galopante, sem um acompanhamento de salário. Não tem noção de o que é
ver as maquininhas de supermercado trabalhando incessantemente de manhã até à
tarde com remarcações preços. Esperamos que não se chegue a isso, isso é uma
fase muito aguda da inflação. Quando conhecemos isso, existiam mecanismos de reparo
para os salários, coisa que hoje não existe e assim mesmo era muito difícil
antigamente. Imaginem se uma situação semelhante ou com menos intensidade
ocorresse hoje, com os nossos salários tendo aumento abaixo da inflação uma vez
ao ano. Seria um desastre para muitos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
Você está realmente preparado para conviver com um a inflação
crescente?
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ÉRICA FRAGA - DE SÃO PAULO - 08/02/2015
Uma brutal piora
nas expectativas da população em relação a emprego, renda e inflação alimenta
um pessimismo inédito: mais da metade (55%) dos brasileiros acha que a situação
econômica do país vai piorar nos próximos meses.
É o patamar mais
alto desde dezembro de 1997, quando a pergunta começou a ser feita pelo
Datafolha.
A deterioração do
sentimento em relação ao futuro foi súbita. Em dezembro, quando a penúltima
pesquisa Datafolha foi feita, a fatia dos que esperavam piora da economia era a
metade: 28% dos entrevistados.
A enxurrada de
acontecimentos negativos no início do ano ajuda a explicar a mudança repentina
e faz do temor em relação à alta de preços o aspecto mais sombrio do desânimo
geral. Oito em cada dez brasileiros esperam aumento da inflação daqui para a
frente (81%, contra 54% em dezembro).
O percentual é
recorde. Supera o pico registrado na pesquisa de setembro de 2001, realizada
uma semana após os atentados terroristas aos Estados Unidos, quando 72% dos
entrevistados acreditavam em alta dos preços.
Além do escândalo
de corrupção na Petrobras, os brasileiros se defrontaram recentemente com um
apagão, a piora na crise de abastecimento de água e uma série de mudanças que
já afetaram ou ainda pesarão no bolso.
Desde dezembro,
foram anunciados aumentos de tributos e elevação dos juros sobre crédito
pessoal e empréstimos imobiliários.
Os preços da
gasolina e do etanol subiram, os empréstimos bancários ficaram mais caros, a
conta da energia elétrica aumentou e voltará a encarecer nos próximos meses.
Além disso, o clima seco pressiona os preços de alimentos, como hortaliças e
legumes.
A inflação mensal
de janeiro atingiu 1,24%, maior nível desde fevereiro de 2003.
A elevação de
preços corrói a renda disponível e, não por acaso, pela primeira vez desde
1994, a maior parte da população adulta do país (57%) espera redução do poder
de compra dos salários.
Além da inflação,
outra possível causa dessa expectativa é a aposta em alta do desemprego que, se
confirmada, pode levar à diminuição dos salários, depois de anos seguidos de
alta.
DESEMPREGO
A fatia de
brasileiros que acredita que o desemprego subirá atingiu 62%, maior nível desde
julho de 2002.
A manutenção da
taxa de desemprego em patamar baixo (4,8% em 2014) é explicada atualmente pela
saída do mercado de trabalho de um grande contingente de brasileiros em idade
ativa e não mais por uma geração vigorosa de vagas.
Pelo contrário, o
número de novos postos criados despencou em 2014 para o menor nível desde 2002.
O problema é que
com a piora da situação econômica, muitos especialistas já preveem uma recessão
em 2015, parte dos que tinham decidido parar de trabalhar poderão ter de voltar
a procurar emprego em um cenário de queda na geração de vagas.
A expectativa de
que será difícil encontrar trabalho pode estar contribuindo para o mau humor
generalizado.
Entre os
entrevistados, o percentual dos que acham que sua própria situação econômica
vai piorar, mais do que dobrou entre dezembro e janeiro, alcançando 26%.
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