Futuro
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Indiano Shubha Banerjee, 13 anos, fala sobre
impressora braile de Lego, na Campus Party (Foto: Divulgação/Willian
Alves/Campus Party)
#COMENTÁRIO
Em meio à blogueiros e aficionados das redes
sociais, surgem possibilidades de novas tecnologias e descobrimentos que podem
vir a tornarem-se máquinas de ajuda às pessoas, ao ser humano. Prova disso, é o
que apresenta esse pequeno indiano de treze anos de idade, ainda envolto nas
suas brincadeiras com seu “Lego”, vem trazer uma solução a uma necessidade
muito grande de pessoas com deficiência visual. Nessa mistura de brinquedo e
máquina ele pode ele pode estar orientando o futuro dessas pessoas.
Estava ouvindo numa estação de rádio
online uma entrevista direta do Campus Party de um casal de jovens que estavam
lá para apresentar o seu projeto. Estavam voltados a jogos, parece-me que eles estavam
preocupados especificamente com games, então a gente fica pensando que em meio
a tanta falta de sensibilidade das pessoas, a gente se depara um garoto como
esse indiano, fazendo uma coisa que pode vir a ser muito importante para
deficientes e ficamos pensando: - ainda bem que existem almas assim, não é? Temos
de enaltecer o feito desse garoto, todo grande invento parte normalmente de uma
simples brincadeira ou de uma ideia bem simplista e é mais ou menos isso que
ele está fazendo. Está aprontando a uma direção a ser seguida...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Globo.com
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Pecinhas furam o papel para
indicar letras em braile: 'É ideal por ser barato'. Mãe de Shubha Banerjee
comanda empresa dele: 'Não posso ser CEO'. Helton Simões GomesDo G1
Ele gosta de lembrar que não pode beber, dirigir, votar ou ser
responsabilizado por crimes. O indiano Shubha Banerjee tem 13 anos. Mas a idade
não o impediu de criar uma impressora de braile, a linguagem utilizada por
deficientes visuais. Em vez de componentes sofisticados, usou peças de Lego. E
conta aos risos, em português, que recorreu ao famoso "paitrocínio".
Neste ano, ele é um dos principais palestrantes da Campus Party. Subiu
ao palco nesta quarta-feira (4) depois do neurocientista brasileiro Miguel
Nicolelis, criador do exoesqueleto. Ele, porém, está acostumado a estar entre
autoridades. Durante uma visita à Casa Branca, onde foi recebido pelo
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conheceu o presidente da Lego,
Soren Torp Laursen. "Na verdade, foi ele quem veio me ver", brinca o
garoto. Apesar de fazer reverência às várias personalidades do mundo
científico, econômico e político que conheceu depois de sua invenção, o garoto
não esconde o que realmente o surpreendeu. "Oh, meu Deus, eu conheci o
Will.i.am", grita, dizendo em seguida ter sido legal ir ao "Queen
Latifah Show".
Antes de recorrer ao Lego, pecinhas das quais é fã desde os 2 anos,
pesquisou na internet se havia kits de desenvolvimento para construir sua
máquina. Havia, mas custava caro, coisa de US$ 350. Recorreu às peças coloridas
por um motivo nada científico. "O lego é ideal porque é barato", diz.
Elas furam o papel para indicar as letras em braile. Para ser o cérebro de sua
máquina, o adolescente usou o chip Edison, criado pela Intel para ajudar
empreendedores como Banerjee. Após criar o protótipo de sua impressora de
braile, a Braigo (Braile + Lego), em janeiro de 2014, as portas do mundo se
abriram.
Ida para o Vale do Silício
Em setembro foi convidado pela Intel para participar de sua conferência
anual (IGF). O presidente da companhia afirmou que ficou tão impressionado que
a Intel resolveu investir na Braigo Labs. Agora, trabalha no Vale do Silício, na
Califórnia (EUA). Antes disso, teve de viajar de volta à Índia para colocar os
documentos em ordens, já que é menor de idade.
Além de não ter idade para muita coisa, Banerjee não gerencia o negócio
que criou. Sua mãe é presidente da Braigo. "Ahn, ela é a CEO. Não posso
ser CEO." A presença da família não é novidade. Ainda que as peças de Lego
fossem mais baratas, precisou do dinheiro do pai para comprá-las. "Eu
achei uma palavra em português para isso. É 'paitrocínio'."
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