sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Na Campus Party, indiano de 13 anos fala de impressora braile de Lego


Futuro
  
  Indiano Shubha Banerjee, 13 anos, fala sobre impressora braile de Lego, na Campus Party (Foto: Divulgação/Willian Alves/Campus Party)

#COMENTÁRIO

Em meio à blogueiros e aficionados das redes sociais, surgem possibilidades de novas tecnologias e descobrimentos que podem vir a tornarem-se máquinas de ajuda às pessoas, ao ser humano. Prova disso, é o que apresenta esse pequeno indiano de treze anos de idade, ainda envolto nas suas brincadeiras com seu “Lego”, vem trazer uma solução a uma necessidade muito grande de pessoas com deficiência visual. Nessa mistura de brinquedo e máquina ele pode ele pode estar orientando o futuro dessas pessoas.
Estava ouvindo numa estação de rádio online uma entrevista direta do Campus Party de um casal de jovens que estavam lá para apresentar o seu projeto. Estavam voltados a jogos, parece-me que eles estavam preocupados especificamente com games, então a gente fica pensando que em meio a tanta falta de sensibilidade das pessoas, a gente se depara um garoto como esse indiano, fazendo uma coisa que pode vir a ser muito importante para deficientes e ficamos pensando: - ainda bem que existem almas assim, não é? Temos de enaltecer o feito desse garoto, todo grande invento parte normalmente de uma simples brincadeira ou de uma ideia bem simplista e é mais ou menos isso que ele está fazendo. Está aprontando a uma direção a ser seguida...

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte:  Globo.com

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Pecinhas furam o papel para indicar letras em braile: 'É ideal por ser barato'. Mãe de Shubha Banerjee comanda empresa dele: 'Não posso ser CEO'. Helton Simões GomesDo G1

Ele gosta de lembrar que não pode beber, dirigir, votar ou ser responsabilizado por crimes. O indiano Shubha Banerjee tem 13 anos. Mas a idade não o impediu de criar uma impressora de braile, a linguagem utilizada por deficientes visuais. Em vez de componentes sofisticados, usou peças de Lego. E conta aos risos, em português, que recorreu ao famoso "paitrocínio".
Neste ano, ele é um dos principais palestrantes da Campus Party. Subiu ao palco nesta quarta-feira (4) depois do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, criador do exoesqueleto. Ele, porém, está acostumado a estar entre autoridades. Durante uma visita à Casa Branca, onde foi recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conheceu o presidente da Lego, Soren Torp Laursen. "Na verdade, foi ele quem veio me ver", brinca o garoto. Apesar de fazer reverência às várias personalidades do mundo científico, econômico e político que conheceu depois de sua invenção, o garoto não esconde o que realmente o surpreendeu. "Oh, meu Deus, eu conheci o Will.i.am", grita, dizendo em seguida ter sido legal ir ao "Queen Latifah Show".
Antes de recorrer ao Lego, pecinhas das quais é fã desde os 2 anos, pesquisou na internet se havia kits de desenvolvimento para construir sua máquina. Havia, mas custava caro, coisa de US$ 350. Recorreu às peças coloridas por um motivo nada científico. "O lego é ideal porque é barato", diz. Elas furam o papel para indicar as letras em braile. Para ser o cérebro de sua máquina, o adolescente usou o chip Edison, criado pela Intel para ajudar empreendedores como Banerjee. Após criar o protótipo de sua impressora de braile, a Braigo (Braile + Lego), em janeiro de 2014, as portas do mundo se abriram.

Ida para o Vale do Silício
Em setembro foi convidado pela Intel para participar de sua conferência anual (IGF). O presidente da companhia afirmou que ficou tão impressionado que a Intel resolveu investir na Braigo Labs. Agora, trabalha no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Antes disso, teve de viajar de volta à Índia para colocar os documentos em ordens, já que é menor de idade.

Além de não ter idade para muita coisa, Banerjee não gerencia o negócio que criou. Sua mãe é presidente da Braigo. "Ahn, ela é a CEO. Não posso ser CEO." A presença da família não é novidade. Ainda que as peças de Lego fossem mais baratas, precisou do dinheiro do pai para comprá-las. "Eu achei uma palavra em português para isso. É 'paitrocínio'."

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