Saúde
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#COMENTÁRIO
Interessante esta reportagem, nós temos
que vê-la por vários ângulos, primeiramente, podemos analisar até com um certo
temor, afinal estamos movendo geneticamente um veículo de transmissão da
doença. A ideia de infectar as larvas do mosquito da dengue, uma vez que essa
bactéria que estamos inserindo nos ovos do mosquito, não existe naturalmente nesse
meio, qual seria a razão afinal? Nos outros mosquitos é comum existir a presença
dessa bactéria. Essa bactéria que está sendo inserida nos ovos do mosquito não
podem trazer novos problemas a nossa saúde, apesar de alegações contrárias, de
outras experiências até então por nós, desconhecidas? Essa combinação de
mosquito da dengue e da bactéria chamada Wolbachia, por não ser natural, não possa trazer-nos,
surpresas desagradáveis futuramente! Esperamos que isso tudo não passe uma
preocupação idiota e que realmente à luz das experiências anteriores e das que
foram feitas aqui no Brasil em anos passados estejam correta e como foi o caso
dos pardais no Brasil, a chegada dessa ideia de contaminação do mosquito da
dengue seja também uma solução para os problemas, esperemos que tudo isso tenha
sua razão de ser e venha acabar com nossa preocupação diária, ficando somente o
inconveniente das picadas de mosquitos.
Que essas novas cidades que optaram por
fazerem os testes em seus domínios, obtenham muito sucesso nessa empreitada, que
clareiem as mentes de todos os outros mandatários das outras cidades a fazerem
o mesmo com a mesma fé e coragem de mudar tudo. Boa sorte.
#Disse
Carlos Leonardo
Em 2014, casos de
dengue na capital paulista mais que triplicaram em relação ao registrado no
mesmo período do ano passado
Saiba mais sobre o que você vai ler
na matéria:
Brasil registrou 3,2 milhões de
casos e 800 mortes por dengue nos últimos 5 anos
Brasil registra dois primeiros casos de transmissão de febre chikungunya
Vacina contra dengue tem eficácia de 60,8%, mostra pesquisa
Cidade de SP tem quase 600 novos casos de dengue em apenas uma semana
Brasil registra dois primeiros casos de transmissão de febre chikungunya
Vacina contra dengue tem eficácia de 60,8%, mostra pesquisa
Cidade de SP tem quase 600 novos casos de dengue em apenas uma semana
#CONVITEAPROSA
Como você vê essa experiência de contaminação dos ovos do aedes?
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou a testar
nesta quarta-feira (24) uma forma inovadora de combater a dengue no Rio de
Janeiro. Nos próximos quatro meses o bairro carioca de Tubiacanga, na Ilha do
Governador, vai receber semanalmente de oito a 10 mil mosquitos Aedes
aegypti infectados por uma bactéria, como forma de eliminar o vírus da
dengue no bairro com três mil moradores.
A medida faz parte do projeto ‘Eliminate Dengue:
Our Challenge’ (Eliminar a Dengue: Nosso Desafio), que estuda uma nova
abordagem para reduzir a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes
aegypti de forma natural e autossustentável. O método foi testado na
Austrália, Vietnã e Indonésia.
De acordo com o coordenador da pesquisa no Brasil,
Luciano Moreira, diferente de outras iniciativas, que liberam mosquitos
estéreis, por exemplo, em determinadas áreas para assim reduzir a população de
insetos, o projeto é considerado natural e autossustentável pois combate o
vírus e não o vetor da dengue. A dengue é transmitida para humanos a partir da
picada de mosquitos Aedes infectados com o vírus .
“Há diversas abordagens em andamento no mundo para
controlar a dengue. O nosso projeto se baseia numa bactéria encontrada na
natureza. O método é seguro, pois não apresenta risco aos seres humanos, já que
a bactéria só infecta invertebrados. Também é autossustentável, pois a partir
do momento que a bactéria se estabelece na natureza não é preciso que mais
mosquitos sejam liberados naquela localidade”, disse Moreira ao iG.
Como funciona isso
A estratégia da equipe de pesquisadores consiste em
infectar os mosquitos Aedes aegypticom a bactéria Wolbachia. Ela
reduz a quantidade de vírus no mosquito e consequentemente ocorre uma
diminuição nos casos de dengue na área. A bactéria tem a capacidade também de
manipular a reprodução do inseto e rapidamente se estabelece na natureza (com o
cruzamento com mosquitos que não tenham a bactéria). A expectativa da equipe é
que até o final do ano, toda população de Aedes aegypti do
bairro seja infectada pela bactéria e esteja livre do vírus da dengue em
Tubiacanga.
“A bactéria serve como uma vacina para o mosquito.
Como ela é um organismo intracelular e o vírus também precisa entrar nas
células para se reproduzir, deve haver uma competição por fatores que ambos
precisam”, explica Moreira. A vencedora da disputa é a bactéria.
A Wolbachia está presente em cerca de 60% dos
insetos no mundo, incluindo diversas espécies de mosquitos, como o pernilongo,
sem risco para a saúde humana ou o ambiente. É uma bactéria intracelular,
transmitida de mãe para filho no processo de reprodução dos mosquitos e não
durante a picada do Aedes em um ser humano.
Dois anos de preparação
Desde 2012 a Fiocruz trabalha no bairro para mapear
os mosquitos. Neste processo, são realizados contatos regulares com moradores,
lideranças e associações. “Os dados coletados foram fundamentais para planejar
os estudos de campo”, explica Moreira.
Durante o mapeamento, armadilhas para capturar e
estudar os mosquitos da região foram instaladas na casa de dezenas de moradores
– são os chamados ‘anfitriões’ do projeto. “Somos extremamente gratos a essas
pessoas que recebem toda semana nossas equipes em suas casas, contribuindo para
um projeto que busca o benefício coletivo”, afirma.
Para reduzir o incômodo dos moradores do bairro e
não alterar o número de mosquitos no bairro após a liberação dos mutantes, os
criadouros de Aedes aegypti no local foram destruídos.
Outras três localidades estão sendo monitoradas
para futuras liberações de mosquitos: Urca, na zona sul; Vila Valqueire, na
zona norte e Jurujuba, em Niterói, região metropolitana.
“São áreas que têm a presença do mosquito o ano
todo, casos de dengue: umas muito populosas, outras pouco, umas com muita
vegetação e outras com pouca vegetação. Estamos trabalhando com as pessoas que
vivem nessas localidades, respondendo às perguntas, explicando sobre o projeto
para termos apoio”, disse o pesquisador da Fiocruz. Durante o mapeamento da
população de mosquitos, foram instaladas armadilhas para capturar e estudar os
insetos na casa de dezenas de moradores.
Estudos de larga escala previstos para 2016 em
outras localidades do Rio de Janeiro poderão avaliar o efeito desta estratégia
em reduzir a incidência de dengue. Se os resultados forem positivos, o
Ministério da Saúde pretende expandir o projeto para outras áreas do Brasil,
explicou.
Moreira participou do início do projeto na
Austrália em 2009, quando descobriu com outros pesquisadores a capacidade da
Wolbachia de reduzir a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito. Durante
cinco anos, membros da equipe do programa de lá alimentaram uma colônia de
mosquitos com Wolbachia usando, voluntariamente, os próprios braços. Isso
resultou em centenas de milhares de picadas de mosquitos sem que reações à
bactéria fossem detectadas.
Os testes de campo no Brasil foram aprovados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa (Conep) após rigorosa avaliação sobre a segurança para a saúde e
para o meio ambiente.
Além do financiamento da Fiocruz, pelo Ministério
da Saúde, o projeto brasileiro também recebe verbas do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação e do CNPq. As secretarias municipais de Saúde de Niterói
e do Rio atuam como parceiras locais na implantação do projeto.
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