quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Dilma defende que Celac inclua comércio em sua pauta


Política


Bloco dá ênfase a questões políticas mas Brasil quer levar discussão econômica a cúpula 



#COMENTÁRIO

Alguns ditados populares se encaixam muito bem nesses acontecimentos políticos, como por exemplo: “o lobo perde o pelo, mas não perde o jeito”, “o roto gosta de arrotar poderes”, é mais ou menos o que acontecendo com o Brasil. Nós não conseguimos ter uma unanimidade aqui dentro e saímos por aí a fora mostrando-nos como um País a ser tomado como exemplo pela América Latina toda, querendo modificar regras de encontros internacionais... Antes de qualquer coisa, antes de sairmos por aí fazendo barulho pela América afora, não deveríamos nós ter primeiro que cuidar de nosso quintal? Usar essa euforia toda com os empresários nacionais, afinal de contas o comércio e indústria no Brasil apresentam problemas muito grandes a serem transpostos nos próximos meses e talvez anos seguintes. Não deveríamos estar acertando a casa primeiro, para depois, partindo de uma base mais sólida, se colocar como parâmetro sul americano; há muita coisa a ser feita aqui. Há muitos acordos a serem costurados entre a indústria, o comércio e o governo; nossas empresas estão parando, nossas indústrias estão prevendo um futuro muito perigoso e complicado com a inflação tomando corpo cada dia mais e mais. Temos que cuidar do nosso quintal.
Logicamente nós não podemos esquecer as questões internacionais, o nosso relacionamento exterior, mas nesse instante isso não pode ser uma prioridade. Afinal de contas para o Brasil, a prioridade são os brasileiros, é o bem estar do brasileiro, é o bem estar da economia brasileira. O governo deveria estar preocupado, realmente preocupado com isso, não fazendo “oba obas” em reuniões mundo afora, posando-se de autosuficiente, competente, infelizmente isso é visto como uma piada por aí por a fora e os políticos não enxergam isso. Complicado.

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte: BBC Brasil



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#CONVITEAPROSA
Não acha você que o instante é de se baixar um pouco a bola e voltar a olhar para dentro do nosso umbigo um pouco?

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Dilma afirmou que embargo dos Estados Unidos a Cuba deve "ser superado" após anúncio de reaproximação dos países








João Fellet - Enviado especial da BBC Brasil a San Jose (Costa Rica)

A presidente Dilma Rousseff propôs nesta quarta-feira em San Jose, capital da Costa Rica, que a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) amplie suas atribuições e busque incrementar o comércio entre seus países membros para defender a região de turbulências econômicas externas.

Em discurso diante dos outros chefes de Estado do bloco, Dilma defendeu criar um fórum de empresários da Celac, com a presença de governos e empresas da região.
"Seu objetivo será desenvolver o comércio, aproveitando as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem, e estimular a integração produtiva no espaço Celac, promovendo nossas relações com o mundo", afirmou.
Dilma disse que a proposta busca enfrentar "uma conjuntura econômica mundial complexa", que atribuiu à "lenta recuperação da economia americana" e à estagnação na Europa e no Japão, além da desaceleração do crescimento na China.
"Diante desse quadro, torna-se urgente nossa cooperação, priorizando o comércio intrarregional e ao mesmo tempo estimulando o desenvolvimento e a integração de nossas cadeias produtivas."
A presidente afirmou ainda que "os países da Celac devem unir-se para enfrentar os problemas da economia mundial e retomar o crescimento robusto".
Desde sua fundação, há três anos, a Celac é um fórum voltado principalmente a temas políticos e, diferentemente de outros blocos regionais, como o Mercosul e a Aliança do Pacífico, dá pouca ênfase a questões econômicas e comerciais.
O bloco já vem, no entanto, expandindo sua atuação para outros temas e regiões. No início do mês, os chanceleres de seus países membros participaram pela primeira vez do fórum Celac-China, em Pequim.
A parceria busca atrair mais investimentos chineses para a região e definir diretrizes para as relações da China com os países da Celac.
Ao negociar com latino-americanos e caribenhos, a China traz como bagagem sua grande expansão recente na África, onde na última década difundiu com sucesso um modelo pelo qual financia e executa obras de infraestrutura em troca de matérias-primas.
A Celac em breve também fará sua primeira reunião com a União Europeia, em junho. Segundo Dilma, no encontro serão debatidas "oportunidades de investimento e de comércio".
A proposta de Dilma sobre o fórum de empresários da Celac se alinha com sua defesa por uma "diplomacia de resultados", que priorize ganhos econômicos. A visão norteia outras iniciativas externas de seu governo, entre as quais os planos anunciados de usar a Agência Brasileira de Cooperação para estimular a exportação de produtos brasileiros.

Transcendência histórica
Em seu discurso, Dilma também tratou do anúncio da normalização das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, ocorrido em dezembro e que ela chamou de "um fato de transcendência histórica".
Segundo ela, com o anúncio, "começa a se retirar de cena o último resquício de Guerra Fria em nossa região".
"Os dois chefes de Estado (Barack Obama e Raúl Castro) merecem nosso reconhecimento pela decisão que tomaram – benéfica para cubanos e norte-americanos, mas, sobretudo, para todo o continente."
A presidente ponderou, no entanto, que o embargo econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos a Cuba continua em vigor.
"Essa medida coercitiva, sem amparo no direito internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país, deve também ser superada."
Dilma afirmou que o financiamento do Brasil à reforma do porto de Mariel, em Cuba, simboliza o compromisso do país com "uma integração abrangente" no hemisfério.
A obra, financiada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi executada pela empreiteira brasileira Odebrecht.
Dilma permanece em San José até esta quinta-feira, quando participará de uma reunião fechada com os demais membros da Celac.
Há a previsão de que ela aproveite o evento para se encontrar em privado com os presidentes do Panamá, Juan Carlos Vilela, e da Colômbia, Juan Manuel Santos.


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