Política
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Bloco dá ênfase a questões políticas mas Brasil quer levar discussão
econômica a cúpula
#COMENTÁRIO
Alguns ditados populares se encaixam
muito bem nesses acontecimentos políticos, como por exemplo: “o lobo perde o pelo,
mas não perde o jeito”, “o roto gosta de arrotar poderes”, é mais ou menos o
que acontecendo com o Brasil. Nós não conseguimos ter uma unanimidade aqui
dentro e saímos por aí a fora mostrando-nos como um País a ser tomado como
exemplo pela América Latina toda, querendo modificar regras de encontros
internacionais... Antes de qualquer coisa, antes de sairmos por aí
fazendo barulho pela América afora, não deveríamos nós ter primeiro que cuidar
de nosso quintal? Usar essa euforia toda com os empresários nacionais, afinal
de contas o comércio e indústria no Brasil apresentam problemas muito grandes a
serem transpostos nos próximos meses e talvez anos seguintes. Não deveríamos
estar acertando a casa primeiro, para depois, partindo de uma base mais sólida,
se colocar como parâmetro sul americano; há muita coisa a ser feita aqui. Há
muitos acordos a serem costurados entre a indústria, o comércio e o governo;
nossas empresas estão parando, nossas indústrias estão prevendo um futuro muito
perigoso e complicado com a inflação tomando corpo cada dia mais e mais. Temos
que cuidar do nosso quintal.
Logicamente nós não podemos esquecer as
questões internacionais, o nosso relacionamento exterior, mas nesse instante
isso não pode ser uma prioridade. Afinal de contas para o Brasil, a prioridade
são os brasileiros, é o bem estar do brasileiro, é o bem estar da economia
brasileira. O governo deveria estar preocupado, realmente preocupado com isso,
não fazendo “oba obas” em reuniões mundo afora, posando-se de autosuficiente,
competente, infelizmente isso é visto como uma piada por aí por a fora e os
políticos não enxergam isso. Complicado.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: BBC
Brasil
Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:
#CONVITEAPROSA
Não acha você que o instante é de se baixar um pouco a bola e
voltar a olhar para dentro do nosso umbigo um pouco?
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Dilma afirmou que embargo dos Estados Unidos a Cuba deve "ser superado"
após anúncio de reaproximação dos países
João Fellet - Enviado especial da BBC Brasil a San
Jose (Costa Rica)
A presidente Dilma
Rousseff propôs nesta quarta-feira em San Jose, capital da Costa Rica, que a
Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) amplie suas atribuições
e busque incrementar o comércio entre seus países membros para defender a
região de turbulências econômicas externas.
Em discurso diante dos outros chefes de Estado do
bloco, Dilma defendeu criar um fórum de empresários da Celac, com a presença de
governos e empresas da região.
"Seu objetivo será desenvolver o comércio,
aproveitando as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem, e
estimular a integração produtiva no espaço Celac, promovendo nossas relações
com o mundo", afirmou.
Dilma disse que a proposta busca enfrentar
"uma conjuntura econômica mundial complexa", que atribuiu à
"lenta recuperação da economia americana" e à estagnação na Europa e
no Japão, além da desaceleração do crescimento na China.
"Diante desse quadro, torna-se urgente nossa
cooperação, priorizando o comércio intrarregional e ao mesmo tempo estimulando
o desenvolvimento e a integração de nossas cadeias produtivas."
A presidente afirmou ainda que "os países da
Celac devem unir-se para enfrentar os problemas da economia mundial e retomar o
crescimento robusto".
Desde sua fundação, há três anos, a Celac é um
fórum voltado principalmente a temas políticos e, diferentemente de outros
blocos regionais, como o Mercosul e a Aliança do Pacífico, dá pouca ênfase a
questões econômicas e comerciais.
O bloco já vem, no entanto, expandindo sua atuação
para outros temas e regiões. No início do mês, os chanceleres de seus países
membros participaram pela primeira vez do fórum Celac-China, em Pequim.
A parceria busca atrair mais investimentos chineses
para a região e definir diretrizes para as relações da China com os países da
Celac.
Ao negociar com latino-americanos e caribenhos, a
China traz como bagagem sua grande expansão recente na África, onde na última
década difundiu com sucesso um modelo pelo qual financia e executa obras de
infraestrutura em troca de matérias-primas.
A Celac em breve também fará sua primeira reunião
com a União Europeia, em junho. Segundo Dilma, no encontro serão debatidas
"oportunidades de investimento e de comércio".
A proposta de Dilma sobre o fórum de empresários da
Celac se alinha com sua defesa por uma "diplomacia de resultados",
que priorize ganhos econômicos. A visão norteia outras iniciativas externas de
seu governo, entre as quais os planos anunciados de usar a Agência Brasileira
de Cooperação para estimular a exportação de produtos brasileiros.
Transcendência histórica
Em seu discurso, Dilma também tratou do anúncio da
normalização das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, ocorrido em
dezembro e que ela chamou de "um fato de transcendência histórica".
Segundo ela, com o anúncio, "começa a se
retirar de cena o último resquício de Guerra Fria em nossa região".
"Os dois chefes de Estado (Barack Obama e Raúl
Castro) merecem nosso reconhecimento pela decisão que tomaram – benéfica para
cubanos e norte-americanos, mas, sobretudo, para todo o continente."
A presidente ponderou, no entanto, que o embargo
econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos a Cuba continua em vigor.
"Essa medida coercitiva, sem amparo no direito
internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o
desenvolvimento do país, deve também ser superada."
Dilma afirmou que o financiamento do Brasil à
reforma do porto de Mariel, em Cuba, simboliza o compromisso do país com
"uma integração abrangente" no hemisfério.
A obra, financiada pelo Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi executada pela empreiteira
brasileira Odebrecht.
Dilma permanece em San José até esta quinta-feira,
quando participará de uma reunião fechada com os demais membros da Celac.
Há a previsão de que ela aproveite o evento para se
encontrar em privado com os presidentes do Panamá, Juan Carlos Vilela, e da
Colômbia, Juan Manuel Santos.
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