terça-feira, 27 de janeiro de 2015

SP não pode aceitar todo mundo, diz movimento separatista


Sociedade
  

 Movimento São Paulo Independente (MSPI) marcou visita ao obelisco do Ibirapuera neste domingo, mas encontrou portões fechados
Foto: Débora Melo / Terra



#COMENTÁRIO

Às vezes eu me pego aqui pensando, o que será que passa pela cabeça dessas pessoas que em detrimento ao calor da contenda e das ameaças que passa esse País, resolve levantar um problema de separação do estado, estranho não é? Eu até fui tempos atrás simpatizante da ideia separatista, hoje mais velho, com um sentimento de brasilidade mais acurado, não me autorizo de forma alguma a pensar em São Paulo separado. Essa ideia pode até ser válida, mas o momento não é o certo. O momento é de união no País e não de um Brasil com ideias separatistas, isso só iria piorar a situação da Nação e é possível que adeptos radicais dessa ideia estejam se aproveitando dos problemas de energia elétrica, de falta de água, e acham como solução a separação do estado. Não vejo com bons olhos isto não.
Os argumentos que apresentam dá uma sensação de xenofobia sim, a somatória de todos pontos defendidos é muito fraca, não tem poder de convencimento para um ato tão grande. As justificativas deixam segundas intenções por trás disso tudo que é dito e por mais que se tente falar que a ação não tenha intenção nenhuma de repudio, a mensagem transmitida não corrobora com a intenção, os demais argumentos são muito fracos.

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte: Terra

Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:

Júlio César Bueno, 24 anos, é presidente do MSPI e diz ter certeza de que São Paulo será independente um dia. "Não posso prever uma data, mas tenho essa convicção"

Foto: Débora Melo / Terra


#CONVITEAPROSA
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A aposentada Ligia Beatriz Abrão Jana, 59 anos, apoia o movimento. "A imigração está fora de controle. Nossos mananciais foram tomados. Mas ninguém quer expulsar ninguém"
Foto: Débora Melo / Terra




Grupo que pede a independência de São Paulo diz que repudia xenofobia, mas propõe controle rígido da entrada de pessoas; para movimento, governo Alckmin é “frouxo”
Débora Melo - São Paulo - 25 JAN2015

 “O Estado está inchado em população. Como vamos resolver isso? Expulsando as pessoas? Não. Mas precisamos procurar meios para que a população cresça de forma controlada. Temos um território relativamente pequeno e podemos ter cada vez mais crises de falta de água e de energia”. A declaração é do professor de história Júlio César Bueno, 24 anos, presidente do Movimento São Paulo Independente (MSPI), que defende a separação do Estado do restante do País e foi criado em 1992. O grupo, que tem cerca de 50 membros, havia marcado uma visita ao obelisco do Ibirapuera neste domingo, aniversário de São Paulo, mas encontrou os portões do monumento fechados – policiais informaram que a interdição era uma medida de segurança diante da “manifestação” convocada pelo grupo. Cerca de 20 pessoas compareceram ao ato. De acordo com Bueno, o movimento “repudia” xenofobia, mas entende que é preciso controlar a entrada de pessoas no Estado. “Muita gente tende a nos relacionar com xenofobia, racismo, preconceito. Isso não bate com a realidade. Temos pessoas descendentes de nordestinos, de fé das mais variadas, homens e mulheres. Não tem discriminação”, diz.

 “Não é um movimento de segregação, mas um movimento de liberdade, de melhoria e inclusão social. Mas a gente não pode aceitar todo mundo em São Paulo. Temos um território limitado e precisamos controlar a entrada de pessoas., com uma lei baseada em critérios bastante objetivos. Não dá para entrar todo mundo em São Paulo”, continua o líder do MSPI. Bueno diz ter “convicção” de que, com a independência, São Paulo teria condições de resolver todos os seus problemas. “O governo federal serve para produzir subdesenvolvimento. A gente sabe que o dinheiro que sai do Estado que paga mais impostos não vai para os Estados mais pobres. Esse dinheiro acaba se perdendo em corrupção”, afirma.

Crise da água
Apesar das críticas ao governo federal, Bueno diz que São Paulo poderia ser ainda mais próspero se os últimos governos não fossem “frouxos”. O Estado é governado pelo PSDB há mais de 20 anos.
“Faço críticas ao governador (Geraldo Alckmin), ao partido dele e a todos que o antecederam. É um governo frouxo. Os governantes paulistas poderiam ter resolvido a crise da água, mas eles não têm nenhum interesse em governar o Estado. Todos eles têm o objetivo final de chegar a Brasília, à Presidência da República. É assim com o Alckmin, foi assim com o Serra, com o Quércia, com o Franco Montoro, com o Maluf”, diz.
Questionado sobre o que São Paulo independente poderia fazer caso ficasse sem água, Bueno foi direto. “Nós não precisamos entrar em conflito com os demais Estados. A gente simplesmente compraria água. Nós temos dinheiro.”




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