Sociedade
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Movimento São Paulo
Independente (MSPI) marcou visita ao obelisco do Ibirapuera neste domingo, mas
encontrou portões fechados
Foto: Débora Melo /
Terra
#COMENTÁRIO
Às vezes eu me pego aqui pensando, o que
será que passa pela cabeça dessas pessoas que em detrimento ao calor da
contenda e das ameaças que passa esse País, resolve levantar um problema de
separação do estado, estranho não é? Eu até fui tempos atrás simpatizante da
ideia separatista, hoje mais velho, com um sentimento de brasilidade mais
acurado, não me autorizo de forma alguma a pensar em São Paulo separado. Essa
ideia pode até ser válida, mas o momento não é o certo. O momento é de união no
País e não de um Brasil com ideias separatistas, isso só iria piorar a situação
da Nação e é possível que adeptos radicais dessa ideia estejam se aproveitando
dos problemas de energia elétrica, de falta de água, e acham como solução a
separação do estado. Não vejo com bons olhos isto não.
Os argumentos que apresentam dá uma
sensação de xenofobia sim, a somatória de todos pontos defendidos é muito fraca,
não tem poder de convencimento para um ato tão grande. As justificativas deixam
segundas intenções por trás disso tudo que é dito e por mais que se tente falar
que a ação não tenha intenção nenhuma de repudio, a mensagem transmitida não
corrobora com a intenção, os demais argumentos são muito fracos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Terra
Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:
Júlio César Bueno, 24
anos, é presidente do MSPI e diz ter certeza de que São Paulo será independente
um dia. "Não posso prever uma data, mas tenho essa convicção"
Foto: Débora Melo /
Terra
#CONVITEAPROSA
Você gostaria de ver São Paulo separado do resto do Brasil? Qual sua
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A aposentada Ligia
Beatriz Abrão Jana, 59 anos, apoia o movimento. "A imigração está fora de
controle. Nossos mananciais foram tomados. Mas ninguém quer expulsar
ninguém"
Foto: Débora Melo /
Terra
Grupo que pede a
independência de São Paulo diz que repudia xenofobia, mas propõe controle
rígido da entrada de pessoas; para movimento, governo Alckmin é “frouxo”
Débora Melo - São Paulo - 25
JAN2015
“O Estado
está inchado em população. Como vamos resolver isso? Expulsando as pessoas?
Não. Mas precisamos procurar meios para que a população cresça de forma
controlada. Temos um território relativamente pequeno e podemos ter cada vez
mais crises de falta de água e de energia”. A declaração é do professor de
história Júlio César Bueno, 24 anos, presidente do
Movimento São Paulo Independente (MSPI), que defende a
separação do Estado do restante do País e foi criado em 1992. O grupo, que tem
cerca de 50 membros, havia marcado uma visita ao obelisco do
Ibirapuera neste domingo, aniversário de São Paulo, mas encontrou os portões do
monumento fechados – policiais informaram que a interdição era uma medida de
segurança diante da “manifestação” convocada pelo grupo. Cerca de 20 pessoas
compareceram ao ato. De acordo com Bueno, o movimento “repudia” xenofobia, mas
entende que é preciso controlar a entrada de pessoas no Estado. “Muita gente
tende a nos relacionar com xenofobia, racismo, preconceito. Isso não bate com a
realidade. Temos pessoas descendentes de nordestinos, de fé das mais variadas,
homens e mulheres. Não tem discriminação”, diz.
“Não é um
movimento de segregação, mas um movimento de liberdade, de melhoria e inclusão
social. Mas a gente não pode aceitar todo mundo em São Paulo. Temos um
território limitado e precisamos controlar a entrada de pessoas., com uma lei
baseada em critérios bastante objetivos. Não dá para entrar todo mundo em São
Paulo”, continua o líder do MSPI. Bueno diz ter “convicção” de que, com a
independência, São Paulo teria condições de resolver todos os seus problemas.
“O governo federal serve para produzir subdesenvolvimento. A gente sabe que o
dinheiro que sai do Estado que paga mais impostos não vai para os Estados mais
pobres. Esse dinheiro acaba se perdendo em corrupção”, afirma.
Crise da água
Apesar das críticas ao governo federal, Bueno diz
que São Paulo poderia ser ainda mais próspero se os últimos governos não fossem
“frouxos”. O Estado é governado pelo PSDB há mais de 20 anos.
“Faço críticas ao governador (Geraldo Alckmin),
ao partido dele e a todos que o antecederam. É um governo frouxo. Os
governantes paulistas poderiam ter resolvido a crise da água, mas eles não têm
nenhum interesse em governar o Estado. Todos eles têm o objetivo final de
chegar a Brasília, à Presidência da República. É assim com o Alckmin, foi assim
com o Serra, com o Quércia, com o Franco Montoro, com o Maluf”, diz.
Questionado sobre o que São Paulo independente
poderia fazer caso ficasse sem água, Bueno foi direto. “Nós não precisamos
entrar em conflito com os demais Estados. A gente simplesmente compraria água.
Nós temos dinheiro.”
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