Sociedade
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Suzane assumiu ter planejado por meses em companhia
do namorado Daniel Cravinhos, e, em menor participação, do cunhado Christian a
morte dos pais
#COMENTÁRIO
Relutei muito a comentar esta reportagem,
por que em minha opinião, essa menina se trata de uma assassina dos próprios
pais, que se mostra com muita candura à sociedade. Acredito que a mídia dá um
valor excessivo à uma bandida, a uma assassina. A intenção deste comentário não é tratar de Suzane von Richthofen, para ela há a Justiça que a julga, mas
sim dos meios que a mídia se utiliza para conseguir a atenção da população e
como a população recebe esse tipo de reportagem, de noticiário. Os âncoras dos
programas de noticiário, de variedades no rádio e na tv e na própria mídia
escrita, parecem valorizar suas vozes e suas imagens em destaques negativos, destaques
antisociais, bandidos da pior espécie, ladrões, corruptos e corruptores,
desgraças e desastres que ocorrem no Brasil e por aí afora. Isso dá uma
pontuação no Ibope muito grande para eles e é por isso eles esquecem ou não se
interessam por notícias sobre coisas boas, coisas alvissareiras, coisas que
elevem o bem estar social. Parece-me que o mundo da mídia em geral está mais
preocupado em transmitir coisas que lhe dêm maiores retornos monetários somente.
Por outro lado, a sociedade uma maneira geral, independentemente de suas
classes econômicas, parece sorver com muito êxtase a leitura e a descoberta
dessas notícias, dessas entrevistas com maus elementos, a sociedade parece amar
esse tipo de informação, parece necessitar disso. Todos os valores, morais e no
mínimo religiosos, a cada dia que se passa, se esvai...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: UOL.com.br
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na matéria:
#CONVITEAPROSA
Não estamos valorizando os heróis errados? Não estamos invertendo os
valores?
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Do UOL, em São Paulo - 25/02/2015
A ré confessa pela morte dos pais Suzane von
Richthofen, 31, condenada a 39 anos de prisão, admitiu em entrevista que foi ao
ar nesta quarta-feira (25) ter planejado o crime por meses, junto com o
então namorado, Daniel Cravinhos, e o cunhado, Christian Cravinhos.
Suzane afirmou ainda ter sido ela e Daniel os
principais mentores dos assassinatos, ocorridos em 2002, em São Paulo. As declarações foram dadas ao apresentador Gugu, que estreou seu
programa na Record.
Em entrevistas anteriores, Suzane havia apontado os
irmãos Cravinhos como idealizadores da morte dos seus pais, embora o Ministério
Público sempre tenha defendido que ela era a mentora do crime.
Desta vez, Suzane disse estar arrependida de
ter conhecido o então namorado e o cunhado. "Se eu não tivesse conhecido
os Cravinhos, minha vida seria muito diferente. Mas não culpo apenas eles; onde
um não quer, dois não fazem."
Ela também contou que dentro do sistema prisional
há pessoas que não toleram crime cometido contra os pais e que, por isso, pediu para permanecer em regime fechado no
presídio 1 de Tremembé em vez de ser transferida para outro presídio
onde poderia cumprir regime semi-fechado, ao qual tem direito e abriu mão.
A Justiça acolheu o pedido da presa, que pôde
continuar trabalhando na oficina de confecções da Funap (Fundação de
Amparo ao Preso) e ter direito à progressão da pena. A unidade do presídio de
Tremembé deve ter uma ala de regime semi-fechado ainda em 2015.
Em setembro de 2014, Suzane casou-se com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro e
morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP). O relacionamento também é
apontado como motivo para o pedido de permanência no regime fechado.
Meses antes, no começo do ano passado, Sandra havia
se casado com Elize Matsunaga, 32, presa pela morte e esquartejamento do marido
e executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, crime que também teve grande
repercussão na imprensa.
Perguntada se teria sido pivô da separação, Suzane
disse que Sandrão, como a mulher é conhecida, deveria responder.
Considerada por outras presas e funcionárias
do presídio como 'muito atraente',
Suzane conta que, há cinco anos, um promotor de Justiça a chamou em seu
escritório no Ministério Público e fez declarações de amor a ela: "Ele
disse que conheceu uma menina com a qual sonhava; e na próxima vez, disse que
eu era esta menina". Ela conta que o denunciou e que esteve em contato com
o promotor apenas para ser transferida ao presídio de Tremembé.
O promotor foi punido pelo Ministério Público por
comportamento inadequado --ele nega o suposto assédio.
Família
Richthofen diz que não vê o irmão Andreas desde
2006, quando aconteceu seu julgamento. Segundo ela, ele visitava-a quando ainda
estava presa em São Paulo, mas que as visitas, um dia, cessaram. "Eu sei
que meu irmão sofreu muito, mas como ele passou estes anos, eu não sei. Se eu
sofri aqui dentro [no presídio de Tremembé, onde está há sete anos], imagino
ele lá fora. Quando ele diz o sobrenome, qualquer um reconhece, e ele terá que
carregar isto pra sempre".
De acordo com ela, Andreas não queria se afastar da
irmã após a confissão do crime: "Na época, ele me disse: 'Su, eu perdi meu
pai, minha mãe. Eu não quero perder minha irmã. Eu te perdoo e vou ficar com
você'", disse ela ao apresentador. Ela acredita que um dos motivos do
afastamento pode ter sido a herança, da qual abriu mão em 2014.
Na entrevista, ela afirmou não ter consciência do valor do
dinheiro do qual abriu mão: "Este
dinheiro nunca foi meu. Era dos meus pais e hoje pertence ao meu irmão",
disse. O espólio é avaliado em mais de R$ 3 milhões.
Ainda sobre a família, Suzane diz sentir falta da
mãe. "Eu tenho certeza que ela me visitaria aqui, como tantas outras mães
fazem aos domingos", contou a Gugu. Segundo ela, o diálogo era aberto com
Marísia von Richthofen, que seria uma pessoa carinhosa.
Ao "Programa Gugu", a presa contou que
foi a própria mãe quem lhe apresentou Daniel. Na época, ele era instrutor de
aeromodelismo de Andreas. Ela disse, no entanto, que a mãe não aprovava o
relacionamento da filha. "Depois que ele começou a passar mais tempo em
casa, quando ficamos sérios, ela passou a conhecê-lo e não gostava dele".
Suzane conta que, na prisão, trabalha em costura
para uma empresa que fabrica uniformes para guardas e presidiárias e ganha
cerca de um salário mínimo: "Eu ganho 700 e poucos reais", afirma.
Com este dinheiro, compra alimentos e cosméticos por meio de um fundo dentro da
cadeia. Ela ainda contou que pretende estudar administração de empresas e
montar uma empresa de tecelagem.
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