#COMENTÁRIO
Está aí um novo alento a muitas pessoas com paralisia nos membros
inferiores. Uma versão mais simplificada e não menos importante do exoesqueleto
do brasileiro Miguel Nicoletis, foi colocado no mercado por uma empresa
americana. Seu preço pode ser considerado algo astronômico e se não houver incidência
muito grande de impostos, poderá ser arcado por muitos brasileiros. O constante
aumento de paraplégicos, causado por acidentes automotivos no Brasil, poderá
ser amenizado o sofrimento dessas pessoas com o uso de equipamento como esse.
Enquanto aguardamos o fortalecimento de melhorias e produção do
exoesqueleto robótico desenvolvido pelo brasileiro, que perdeu a oportunidade de
publicidade por razões desconhecidas, poderia o governo federal estudar
maneiras de se colocar à disposição do brasileiro, este equipamento americano
que atende a grande maioria de necessitados paraplégicos.
#Disse
Carlos
Leonardo
*Veja o filme sobre o equipamento:
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A FDA,
órgão que regulamenta produtos de saúde nos EUA, liberou a venda do ReWalk,
exoesqueleto robótico que permite que paraplégicos fiquem em pé e caminhem
A empresa
Argo Medical Technologies começa a vender um exoesqueleto robótico para paraplégicos nos
Estados
Unidos. Chamado ReWalk, ele permite que a pessoa fique em pé e caminhe de forma
independente – um sonho para quem está preso a uma cadeira de rodas.
O ReWalk
já era vendido na Europa desde 2012. Nos Estados Unidos, porém, ele ainda
estava sob avaliação da Food and Drug Administration (FDA), a agência federal
que regulamenta produtos de saúde. Só podia ser usado em centros de
reabilitação.
Ontem, a
FDA liberou a venda para pacientes. O ReWalk custa o equivalente a 160 mil
reais. Ele possui um conjunto de motores que movimentam as articulações do
joelho e dos quadris, além de uma estrutura que suporta o peso da pessoa.
Usado em
conjunto com um par de muletas, o exoesqueleto permite que uma pessoa
paraplégica fique em pé, vire-se, suba e desça escadas. Para comandá-lo, um
conjunto de sensores fornece informações a um computador de controle, que fica numa mochila.
Quando a
pessoa desloca seu peso para a frente ou para um dos lados, o computador aciona
os motores para que ela dê um passo na direção desejada.
Um
conjunto de baterias fornece, segundo o fabricante, energia para um dia inteiro
de uso. A ideia é que as baterias sejam recarregadas durante a noite.
O ReWalk
é resultado da obstinação do israelense Amit Goffer. Ele ficou quadriplégico
por causa de um acidente. Em 2001, fundou a Argo Medical Technologies para desenvolver
soluções que lhe permitissem andar novamente.
O ReWalk
é seu primeiro produto. Sendo quadriplégico, Goffer não pode usar esse
exoesqueleto, que exige que a pessoa tenha braços e a parte superior do tronco
funcionais. Mas a empresa continua desenvolvendo outras soluções.
Centenas
de paraplégicos já testaram o ReWalk. Em 2012, a inglesa Claire Lomas andou
todo o percurso da maratona de Londres usando o exoesqueleto. Ela completou o
trajeto em 17 dias, dividindo-o em muitos trechos.
O sistema
de controle do ReWalk é mais simples do que aquele que foi exibido pelo
neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis e pelo voluntário Juliano Pinto na
abertura da Copa do Mundo.
Num dos
momentos mais esperados da cerimônia de abertura, Juliano, que é paraplégico,
usou um exoesqueleto robótico para dar um pontapé inicial simbólico numa bola,
depois de percorrer alguns poucos passos sobre um tapete.
O
exoesqueleto criado por Nicolelis e sua equipe emprega uma interface
cérebro-máquina que requer a colocação de sensores em torno da cabeça. Por
isso, Juliano usava uma espécie de capacete.
O ReWalk
não exige isso e é usado com roupa comum. Requer apenas um treinamento prévio
para que a pessoa aprenda a controlá-lo e fortaleça os músculos envolvidos no
processo.
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