#COMENTÁRIO
Como já comentávamos em 12 de junho em postagem chamada Pausa para um cafezinho?, prevíamos o esvaziamento dos atos reivindicatórios por razões muito óbvias. Não haviam consistências nas reivindicações, não haviam lideranças populares expressivas e ainda a onda de barbáries aliadas aos grupos protestantes, não davam sustento às necessidades (?) buscadas.
Infelizmente (para a sociedade), só sobraram os pequenos grupos de baderneiros que ainda acham desculpa para saírem depredando propriedades alheias, criando caos por onde andam sob uma fajuta bandeira negra de protesto contra sabe-se lá o que. Hoje, pouco interessam as razões, o que importa é se reunirem (esse grupo de vândalos) e promoveram a desordem num País já quase sem controle e também sem liderança interessada em defender os direitos das pessoas que produzem, que trabalham de alguma forma para o crescimento do Brasil.
Há que se louvar o acontecimento da “Copa do Mundo”, que está se desenrolando até de forma tranquila e muito melhor do temíamos, por desviar o foco das mídias de uma maneira geral, tirando o que mais queriam esses baderneiros de carteirinha, oriundos de classes sociais que não sofrem nem um pouco das reais necessidades da abandonada, desinteressada e passiva plebe.
#Falei!
Carlos Leonardo
CRISTINA CAMARGO - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - 25/06/2014
A bola rolou, e o número de
manifestações caiu 39% nos 12 primeiros dias de Copa do Mundo em comparação com
os 12 dias que antecederam o início do Mundial. Nas dez principais cidades das
maiores regiões metropolitanas do país, foram 43 protestos nesse período, ante
71 no intervalo anterior. O levantamento aparece no "protestômetro",
ferramenta atualizada diariamente no site da Folha a partir de informações da polícia, órgãos de trânsito,
movimentos sociais, sindicatos e da imprensa. O volume caiu, e a motivação
mudou: a maioria dos protestos por reajustes salariais e melhorias nas
condições de trabalho deu lugar a manifestações contra a Copa. Para o cientista
político João Feres Júnior, professor do Instituto de Estudos Sociais e
Políticos da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), fracassaram as
tentativas de alguns grupos de repetir as grandes manifestações de junho de 2013.
Mesmo antes da Copa, diz, os
protestos não tiveram forte adesão, com exceções de atos dos sem-teto. "Os
brasileiros gostam muito de futebol." Segundo Miguel Torres, presidente da
Força Sindical, a queda já era esperada. "Algumas categorias com data-base
em maio já negociaram. Outras estão em andamento, mas em ritmo um pouco mais
lento em função dos jogos." Com o fim do torneio, as categorias cujas
negociações salariais ocorrem no segundo semestre (caso dos metalúrgicos) podem
ir às ruas. Os trabalhadores da construção civil de Fortaleza fazem parte das
poucas categorias paradas durante a Copa. Em greve, reuniram cerca de 3.000
pessoas em ato na segunda (23) e prometem continuar. Mas param os protestos nos
jogos do Brasil. "Não somos contra os jogos", diz Tadeu Souza de
Araújo, um dos diretores do sindicato dos trabalhadores. "Mas queremos
padrão Fifa também para os hospitais, escolas e transporte público."
Em Brasília, os grupos que
organizam manifestações têm estratégia parecida. No dia de Brasil x Camarões, o
ato contra gastos do Mundial terminou antes do jogo, após manifestantes
queimarem uma réplica da taça da Copa. Thiago Ávila, do Comitê Popular da Copa
em Brasília, admite que a população quer ver os jogos e afirma que os
manifestantes não são contra isso. Ao mesmo tempo, diz, as mobilizações
continuam para exigir melhorias. Também na segunda, no Rio, um ato de
movimentos populares acabou quando o Brasil entrou em campo.
Colaborou CLAUDIA ROLLI, de São Paulo
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