#COMENTÁRIO
Admito que este é um comentário leigo, mas não me entra à cabeça o
porquê de desenvolver um vírus tão letal para depois ter-mos a desculpa de
criar um anticorpo extremamente forte que acabe com este e outros vírus
menores... Por acaso não se mede os riscos de um vazamento acidental ou
criminoso de elemento tão perigoso como este?
Aonde se encontram os gestores dos comitês regulamentadores de desenvolvimento
da ciência que não vêm o perigo de um cientista desse quilate, analisado pelo
seu histórico de risco, estar à vontade para fazer o bem quiser. Por que não se
utilizar desse arsenal todo de recursos que dispõe este cientista em tantas
outras necessidades mais prementes na medicina?
#Disse
Carlos
Leonardo
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De acordo
com o The Independent, Yoshiro
Kawaoka, um pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison,
nos EUA, desenvolveu uma nova cepa do vírus da gripe capaz de passar
completamente despercebida pelo sistema imunológico dos seres humanos. Baseado
no H1N1, que matou cerca de meio milhão de pessoas há poucos anos,
o novo vírus poderia potencialmente aniquilar a população do planeta.
Segundo Kawaoka — que realizou os trabalhos em um laboratório classificado com
um modesto “nível 2” de biossegurança —, a nova cepa foi desenvolvida
durante uma pesquisa na qual o cientista pretendia converter o H1N1 até seu
estado pré-pandêmico. A intenção era analisar e monitorar as mutações
sofridas pelo vírus e, então, depois de entender os processos genéticos
envolvidos, trabalhar na criação de melhores vacinas.
Cientista
maluco?
O
pesquisador foi selecionando mutações específicas do H1H1 capazes de escapar da
ação neutralizadora dos anticorpos do sistema imunológico, repetindo esse
processo até conseguir criar um vírus contra o qual os seres humanos são
completamente indefesos. Atualmente, a maioria das pessoas desenvolveu certo
grau de imunidade contra o H1N1, o terrível agente que provocou a morte de
milhares de doentes em 2009. Isso significa que hoje a gripe provocada pelo
H1N1 já pode ser tratada como uma doença menos perigosa. No entanto, apesar de
o objetivo da pesquisa ser o desenvolvimento de melhores vacinas, depois da
divulgação da notícia sobre e estudo realizado por Kawaoka, alguns cientistas
conscientes das suas implicações estão aterrorizados. Segundo o The Independent,
a preocupação está no fato de Kawaoka ter recebido permissão para remover a
única defesa que temos contra um vírus que já demonstrou sua capacidade de
provocar pandemias mortais. Os detalhes sobre a pesquisa ainda não foram
divulgados, mas o cientista informou que os estudos já foram finalizados e
estão prontos para serem enviados para aprovação e posterior publicação em um
periódico científico.
Brincando
com o perigo
Aliás,
esta não é a primeira vez que Kawaoka choca a comunidade científica com seus estudos.
Em trabalhos anteriores, o pesquisador tentou recriar o vírus de 1918 que
provocou a Gripe Espanhola — que infectou meio milhão de pessoas e matou um
número estimado entre 50 e 100 milhões — e trabalhou em um projeto para
aumentar a transmissibilidade de uma cepa altamente mortal da gripe aviária. Desta
vez, Kawaoka basicamente utilizou um vírus capaz de provocar pandemias e o
tornou resistente a qualquer tipo de vacina. Portanto, se os trabalhos
anteriores do cientista eram perigosos, a pesquisa atual vem sendo considerada
pela comunidade científica com maluca. Isso sem falar que o estudo foi
conduzido em um laboratório cujo nível de biossegurança não é o mais alto. A
Universidade de Wisconsin-Madison garantiu que o risco de que o vírus escape
acidentalmente é extremamente baixo, mas integrantes do comitê de biossegurança
da instituição já demonstraram preocupação, visto que quando a pesquisa de
Kawaoka foi aprovada, os membros supostamente não teriam sido informados sobre
alguns detalhes importantes do estudo.
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