segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Ganhos extras de fim de ano permitem fazer faxina nas dívidas


Cotidiano




#COMENTÁRIO

Uma das coisas que provavelmente os mais novos desconhecem e alguns de maiores idades já esqueceram é que em época de inflação monetária existe uma premente necessidade de liquidar com dívidas, que não há aplicação alguma que suplante os custos de se manter dívidas pendentes. Quem dispõe de verbas extras de final de ano, como décimo terceiro salário, devolução de imposto de renda e ainda tem dívidas remanescentes do decorrer do ano, quite-a. A descarga de más notícias no mercado das finanças logo após um período eleitoral para reeleição de presidente, são muito grandes. Voltado exclusivamente à sua campanha, o candidato a ser reeleito, seja ele de que partido for, simplesmente deixa de lado medidas de controle que possam ser mal vistas à sua campanha e que desabrocham de uma vez só logo após o pleito.
Considerando tudo isso mais as despesas normais é melhor usar a “sobrinha” em nossas mãos para liquidar algumas pendências que vínhamos empurrando... E depois ver o que sobra...

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Em tempos de inflação, que medidas deveríamos tomar?

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DANIELLE BRANT - DE SÃO PAULO - 20/10/2014  

Começou o período de tensão orçamentária. O comércio tenta convencer os brasileiros a gastar mais para as festas de final de ano, as escolas já cobram matrículas e o governo espera pelo pagamento de impostos - IPVA (veículos) e IPTU (predial).
É hora de uma faxina geral nas finanças para evitar que o ano que vem seja amargo.
Ou para que você descubra que existirá espaço para usar parte dos ganhos extras comuns desta época - o 13º salário, comissões e até a restituição do Imposto de Renda - em presentes de Natal. Ou na compra "daquele" pacote de viagem, caso saia em férias.
"O ideal é já provisionar parte desses rendimentos extras para os gastos de início de ano", diz a planejadora financeira Angela Azevedo.
Mas só a faxina apontará as alternativas. Essa tarefa é fundamental para quem tem dívida, especialmente as parceladas com incidência de juros. O primeiro passo é um raio-X de suas finanças. Levante quanto tem no caixa. Depois, detalhe suas dívidas.
Como o pagamento das despesas fixas, particularmente os impostos, é inadiável, a recomendação dos consultores é tentar quitá-los à vista. "Ao pagar tudo de uma vez, há a possibilidade de conseguir desconto", diz Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Corretora.
Segundo ele, as pessoas se acostumaram a parcelar esses tributos, mas há um custo na operação. "E nenhuma aplicação rende, no curto prazo, o desconto oferecido."
Em São Paulo, o IPVA à vista tem desconto de 3%. A poupança, por exemplo, rende 0,5% ao mês mais a TR (Taxa Referencial), bem abaixo desse percentual.

RENEGOCIAR
Essa seria uma forma de manter mais recursos no caixa no longo prazo. Outra seria renegociar dívidas ou quitá-las. "Dê a si mesmo de presente o fim das dívidas", diz Thiago Alvarez, sócio-fundador do GuiaBolso, site de finanças pessoais. "O que faz sentido nesta época é aproveitar a renda extra e quitar parcelamentos."
Quem tem mais de uma dívida deve priorizar aquelas com juros maiores, como cheque especial e cartão.
"Os juros do rotativo do cartão de crédito giram em torno de 10% ao mês. Se o consumidor não conseguir pagar mais que o mínimo do cartão, nunca mais sairá da dívida", diz Angela Azevedo.
Se não for possível quitá-las de uma só vez, a recomendação é tomar um crédito com juros menores para pagá-las, como o empréstimo pessoal ou o consignado.
"Quem tem esse tipo de dívida precisa tapar o buraco rapidamente. E isso justifica sacrificar coisas a que as pessoas dão importância, como a festa de Natal", diz o consultor André Massaro.
Se a faxina financeira for bem feita, pode ser que sobre dinheiro. Mas os consultores alertam: tente manter uma parte da sobra para começar uma reserva, reforçada ao longo dos meses para o pagamento dos impostos do ano seguinte. Se isso ocorrer, aí, sim, o Natal poderá ser farto. 



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