Cotidiano
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#COMENTÁRIO
A relação motorista/pedestre sempre foi
muito tumultuada. Há desrespeito de ambos os lados e um vive culpando o outro
por erros. É muito comum se ver veículos parados sobre faixas de pedestres,
impedindo–os de atravessarem a rua em segurança, ao mesmo tempo, vemos
frequentemente, pedestres atravessando o leito carroçável em meio a carros em movimento
arriscando suas vidas.
Os consequentes acidentes ocasionados
pelas transgressões de ambos os lados geram sequelas temporárias ou permanentes
que criam ônus para as famílias e para o estado. Quando não há óbitos, muitos
se transformam em pesos para suas famílias, o mercado de trabalho perde
elementos e ainda o estado tem que arcar com grandes responsabilidades em sua
recuperação e depois com a previdência.
A formação do motorista no Brasil não é
muito bem aferida, as autoescolas seguem padrões pré-determinados, porém não há
uma amostragem do aprendizado do aluno, pode-se dizer ainda que se soma à essa
problemática toda, a transformação que existe ao sentar-se atrás de um volante
ou montar uma motocicleta. Um cavaleiro medieval incorpora-se nesse instante e
os egos são inflados, passando por cima de regras básicas de convívio, que não
estariam presentes se estivessem a pé.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
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ANDRÉ MONTEIRO - DE SÃO
PAULO - 24/10/2014
Os motoristas estão plenamente preparados para
dirigir com segurança?
A julgar pelos resultados de uma pesquisa inédita
da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), a resposta é negativa.
Para identificar quais erros são mais comuns ao
volante, a entidade submeteu 222 condutores a um simulador de direção e
analisou o comportamento deles em oito situações de risco, como a presença de
pedestres na via ou uma ultrapassagem em estrada.
Em nenhuma situação o índice de acertos foi total.
Os melhores desempenhos foram nos exercícios de entrada em uma rodovia. Os
piores, nos testes que mediram o respeito aos pedestres.
Os condutores também responderam a dez perguntas
sobre atitudes no trânsito, como o uso do celular. Novamente, ficaram devendo
no respeito à faixa de pedestres.
"Os resultados são representativos do que
vemos nas ruas", diz Luiz Carlos Néspoli, superintendente da ANTP.
Os pedestres são as maiores vítimas do trânsito. Na
cidade de São Paulo, eles representaram 45% das mortes no ano passado, conforme
a CET.
Segundo Néspoli, a pesquisa mostra também que os
motoristas tendem a errar menos quando eles próprios correm risco. "Quando
o risco é para o outro, que é o caso do pedestre, a atitude é diferente."
A socióloga Cristina Borges, que coordenou o
estudo, aponta ainda que os condutores foram melhor no questionário do que no
simulador, e que motoristas com mais tempo de habilitação erraram menos.
"Ou seja, o discurso foi melhor que a prática e a experiência faz
diferença."
A pesquisa foi feita na capital em parceria com as
empresas Porto Seguro e Lander.
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