#COMENTÁRIO
Este acontecimento que já
está esquentando cabeças no governo do estado e município de São Paulo, não
deixa de ser o exemplo típico do desinteresse de nossos governantes,
independentes de suas ligações partidárias. Entram governos, saem governos e não
se aprende a projetar investimentos futuros de saneamento básico, saúde ou
trabalho. Ninguém para, para pensar que a população cresce, se desloca, os
espaços livres vão sendo ocupados e a infraestrutura vai ficando cada vez mais
deficiente.
O problema é que às vezes
projetos podem ultrapassar os mandatos e como o interesse-mor não é em absoluto
a priorização de melhorias à coletividade e sim prioriza-se o superlativismo do
mandato, as obras e os projetos têm obrigatoriamente que nascer e finalizar no
período do mandato.
Enquanto nossa cultura
política seguir esses caminhos, nada se fará de grande monta neste País, por
que ainda disfarçadamente existe a métrica de desfazer o que o antecessor fez,
se ele for adversário político.
#Disse
Carlos Leonardo
________________________________________________________________
FOLHA DE SÃO PAULO - 07/07/2014
Sem chuva à vista, o sistema Cantareira
já opera com menos de 20% da capacidade desde sexta-feira (4). A medição
considera o "volume morto" – reserva do fundo dos reservatórios,
usado desde maio. O sistema Cantareira é o responsável por atender 8,8 milhões de
pessoas na Grande São Paulo, praticamente metade da população da região
metropolitana. Desde que o "volume morto" foi adotado na captação, o
sistema perdeu 7,3% de sua capacidade. Em 16 de maio, seu nível registrava
26,7%. Nos últimos dez dias, o volume do reservatório esvaziou 1,7 ponto
percentual.
Neste domingo, operava com 19,4% da
capacidade. Em 27 de junho, o índice era de 21,1%. Internamente, para garantir
água até março de 2015, a Sabesp projetava uma redução média de até 1,5 ponto
percentual a cada dez dias, além da elevação do volume de chuva nos próximos
meses do ano.
Estudo da Somar Meteorologia mostra que
existe um aquecimento das águas do Oceano Pacífico atuando sobre o Brasil. Esse
fenômeno, conhecido como El Niño, deve fazer com que as frentes frias fiquem bloqueadas mais ao Sul
do país, provocando muita chuva por lá, como ocorreu na semana retrasada. A
previsão da Somar Meteorologia para a região do sistema Cantareira indica falta
de chuva até ao menos setembro. Ainda não é possível fazer uma previsão
confiável sobre as chuvas do fim deste ano.
PERDA
Se o ritmo da saída de água for mantido
e o clima sem chuva continuar, os reservatórios só garantiriam abastecimento
até, no máximo, novembro. A Sabesp diz que continua com ações para retardar a
perda de reserva, como bônus a quem reduzir o consumo e o uso de outros sistemas
para abastecer bairros antes atendidos pelo Cantareira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual a sua opinião sobre isso?