segunda-feira, 7 de julho de 2014

Com “volume morto”, nível do Cantareira chega a 19,4%



#COMENTÁRIO

Este acontecimento que já está esquentando cabeças no governo do estado e município de São Paulo, não deixa de ser o exemplo típico do desinteresse de nossos governantes, independentes de suas ligações partidárias. Entram governos, saem governos e não se aprende a projetar investimentos futuros de saneamento básico, saúde ou trabalho. Ninguém para, para pensar que a população cresce, se desloca, os espaços livres vão sendo ocupados e a infraestrutura vai ficando cada vez mais deficiente.

O problema é que às vezes projetos podem ultrapassar os mandatos e como o interesse-mor não é em absoluto a priorização de melhorias à coletividade e sim prioriza-se o superlativismo do mandato, as obras e os projetos têm obrigatoriamente que nascer e finalizar no período do mandato.

Enquanto nossa cultura política seguir esses caminhos, nada se fará de grande monta neste País, por que ainda disfarçadamente existe a métrica de desfazer o que o antecessor fez, se ele for adversário político.

#Disse

Carlos Leonardo



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FOLHA DE SÃO PAULO - 07/07/2014  

Sem chuva à vista, o sistema Cantareira já opera com menos de 20% da capacidade desde sexta-feira (4). A medição considera o "volume morto" – reserva do fundo dos reservatórios, usado desde maio. O sistema Cantareira é o responsável por atender 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, praticamente metade da população da região metropolitana. Desde que o "volume morto" foi adotado na captação, o sistema perdeu 7,3% de sua capacidade. Em 16 de maio, seu nível registrava 26,7%. Nos últimos dez dias, o volume do reservatório esvaziou 1,7 ponto percentual.

Neste domingo, operava com 19,4% da capacidade. Em 27 de junho, o índice era de 21,1%. Internamente, para garantir água até março de 2015, a Sabesp projetava uma redução média de até 1,5 ponto percentual a cada dez dias, além da elevação do volume de chuva nos próximos meses do ano.

Estudo da Somar Meteorologia mostra que existe um aquecimento das águas do Oceano Pacífico atuando sobre o Brasil. Esse fenômeno, conhecido como El Niño, deve fazer com que  as frentes frias fiquem bloqueadas mais ao Sul do país, provocando muita chuva por lá, como ocorreu na semana retrasada. A previsão da Somar Meteorologia para a região do sistema Cantareira indica falta de chuva até ao menos setembro. Ainda não é possível fazer uma previsão confiável sobre as chuvas do fim deste ano.

PERDA

Se o ritmo da saída de água for mantido e o clima sem chuva continuar, os reservatórios só garantiriam abastecimento até, no máximo, novembro. A Sabesp diz que continua com ações para retardar a perda de reserva, como bônus a quem reduzir o consumo e o uso de outros sistemas para abastecer bairros antes atendidos pelo Cantareira. 

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