#COMENTÁRIO
Quantas
vezes estive pensando sobre qual maneira o povo brasileiro reagiria a um
fracasso no futebol, na Copa do Mundo aqui no Brasil... E aí está...
Poderia-se
considerar normal que um povo de baixo nível cultural, alienado e desinteressado
confundisse futebol, política, relações sociais e direitos, fazendo disso tudo
uma salada com terríveis respostas à sociedade.
Nunca foi
feito nada, em tempo nenhum, em governo nenhum para se precaver da possibilidade
de um acontecimento desastroso como o que passamos agora com relação ao fervor
nacional estimulado e muito estimulado – o futebol, a Seleção Nacional de
Futebol... a Copa do Mundo no Brasil... Tudo isso era esperado.
O que não
cabe em um raciocínio lógico é que governantes da alta cúpula, da Corte,
estejam tão desorientados como o povo... Que vivem em um Brasil existente em
outra dimensão isso é claro, e as coisas que acontecem no Brasil deles não são
as mesmas que ocorrem a nós pobres mortais, já diriam os deuses...
Agora,
essa estratégia de adoçar o mau humor do povo com frases de efeito e de carinho
para com os jogadores, com a única e visível finalidade de blindar a presença e
os pronunciamentos da Senhora Presidente no estádio do Maracanã, é simplesmente, vil.
Não há
qualquer preocupação para com o bem estar do povo, há apenas o intuito de
minimizar a estragada imagem da Corte inevitavelmente vaiada em coro pelo povo,
junto às demais nações pelo mundo.
É
senhores (políticos), não plantamos nada de bom, colhemos apenas capim gordura
e barba de bode, como se diz aqui, no Brasil de cá...
#Disse
Carlos Leonardo
Veja a Postagem Original: Folha de São Paulo
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TAI NALON - VALDO CRUZ - 10/07/2014
Um dia depois da derrota histórica da
seleção brasileira contra a Alemanha, a presidente Dilma Rousseff disse
compartilhar da dor dos torcedores, mas tentou dissipar nesta quarta-feira (9)
o pessimismo resultante da partida.
Em entrevista à rede norte-americana
CNN no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que "reagir à derrota é a marca
de uma grande nação", numa linha traçada pelo governo para se contrapor ao
clima negativo gerado pelo desempenho brasileiro.
A presidente disse que "nem em seu
pior pesadelo" imaginava que veria uma derrota como a sofrida pelo Brasil
na última terça-feira, mas ponderou: "Sei que somos um país que tem uma
característica bastante peculiar: nós crescemos na adversidade". A
conversa faz parte de uma ofensiva traçada antes da derrota da seleção, que
amargou um placar de 7 a 1 contra os alemães no Mineirão, em Belo Horizonte. Depois
de iniciada a Copa e do aumento da aprovação popular ao torneio, a presidente
passou a falar mais sobre o evento e criticar os que previam um fracasso.
Agora, Dilma e os estrategistas de sua
campanha tentam avaliar o impacto, na campanha eleitoral, do vexame em campo. E
discutem como reagir a ele.
Parte da entrevista exclusiva,
concedida à correspondente-chefe da CNN para assuntos internacionais,
Christiane Amanpour, foi ao ar nesta quarta à tarde. Outra metade, dedicada a
assuntos internacionais e políticos, será transmitida nesta quinta, às 15h, na
CNN International.
"As pessoas devem entender que,
apesar de todas as adversidades, o fato é que o Brasil organizou e sediou uma
Copa considerada por mim uma das melhores Copas. E isso é sobre tudo por conta
da habilidade do povo brasileiro de ser hospitaleiro", disse Dilma. O
governo sabe que a derrota humilhante da seleção brasileira criará um mau humor
no país, mas avalia que ele não recairá somente sobre a presidente, mas será
dividido com todos os políticos.
MARACANÃ
Para minimizar este efeito negativo,
Dilma e seus auxiliares buscaram, logo depois da derrota, fazer manifestações
de apoio à equipe brasileira. "Não podemos ficar crucificando nossos
jogadores", diz um assessor presidencial.
Além disso, a estratégia palaciana será
seguir mostrando que a Copa, na visão do governo, foi, sim, um sucesso. O
fracasso aventado pela oposição na logística da Copa não aconteceu. O evento
ganhou apoio da população e dos torcedores estrangeiros.
A presidente já vinha insistindo nessa
linha ao longo das últimas semanas, quando afirmou que "os pessimistas
perderam".
Na última segunda, amparada pelo seu
crescimento no Datafolha (em junho, ela foi de 34% para 38% nas intenções de
voto) e na reprovação de eleitores às vaias dirigidas a ela no Itaquerão,
durante a abertura da Copa, Dilma anunciou que irá à final, no Maracanã,
entregar a taça. O plano, segundo assessores, está mantido, apesar do clima de
decepção que tomou conta do país com a derrota de terça-feira.
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