#COMENTÁRIO
Eis aí um
daqueles casos policiais que chega-nos aos ouvidos e soam como encrencas mal
solucionadas. Quatro pessoas são mortas com tiros de um canhão nas mãos de uma
criança que, segundo os parentes e amigos da família, uma dócil criança tem um
surto de maldade e insanidade e depois se mata também com o canhão.
Desconhecemos
as provas e não nos interessam também conhecê-las, mas é muito estranho o fato de
que quatro pessoas são assassinadas por um menor armado e ninguém toma qualquer
atitude para impedi-lo. Temos que levar em conta que eram familiares.
E agora
aparece essa estória da página na rede social Facebook. Estranho, não é?
Não
deveriam ser reabertas essas investigações? Não tenho nada a ver com isso, mas
essa estória não gera um desconforto em nossa cabeça?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Jornal A Folha de São Paulo
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ROGÉRIO PAGNAN - FOLHA DE
SÃO PAULO - 14/07/2014
A família do garoto Marcelo Pesseghini,
suspeito de matar os pais, vai tentar utilizar uma página do Facebook como
evidência de que o crime foi cometido por outra pessoa. O objetivo é fazer com
que a Justiça determine a retomada das investigações. O pedido de reabertura
será apresentado nesta segunda (14). A página é considerada uma evidência pela
família porque ela foi criada para homenagear a memória do sargento da Rota
Luis Marcelo Pesseghini, 40, pai do garoto, antes mesmo de os corpos terem sido
encontrados, em 5 de agosto de 2013, segundo os registros da rede social. De
acordo com a versão oficial, todos os cinco corpos só foram localizados na casa
da família após as 18h, por um familiar e um policial militar amigo dos
Pesseghini.
INDÍCIOS
A página, pelas informações do
Facebook, foi criada às 16h48 do 5, mais de uma hora antes de testemunhas terem
contato com os corpos. Para a advogada Roselle Soglio, contratada pelos avós
paternos de Marcelinho para acompanhar as investigações, uma possibilidade
seria que o garoto tivesse criado o site antes de cometer suicídio.
Os laudos periciais apontam,
entretanto, que o computador da casa foi utilizado pela última vez às 18h03 do
dia anterior, dia 4, quando a família ainda estaria viva. Além disso, fotos da
família foram postadas depois que todos já haviam sido encontrados mortos,
entre 20h50 e 21h34. A página foi atualizada até, pelo menos, 17 de agosto de
2013, inclusive com foto dos corpos. Em uma das postagens, há uma foto com a
legenda: "Você acredita na versão da polícia para as mortes dos PMs e de
toda a família em SP?". Na rede social, visitantes da página questionam,
sem resposta, sua criação antes da notícia do crime. A Folha também tentou contato com o
criador da página, mas não teve retorno.
INVESTIGAÇÕES
Soglio diz acreditar que que o
verdadeiro assassino criou o site no Facebook com o objetivo de desafiar a
polícia. "Tinha certeza da impunidade. Isso só mostra que esse caso não
foi investigado como deveria." A Secretaria da Segurança Pública não soube
explicar o fato. Diz, porém, que a explicação deve ser dada agora pela Justiça.
De acordo com a pasta, para saber como
o conteúdo foi gerado, seria necessário rastrear o IP (espécie de endereço do
computador) do usuário que o inseriu na rede social. "O inquérito
policial, no entanto, já foi
relatado, cabendo ao Poder Judiciário qualquer manifestação relativa ao caso", diz a secretaria. O Ministério Público informou que o promotor Daniel Tosta Freitas, responsável pelo pedido de arquivamento das investigações, está em férias, e um novo promotor ainda não havia sido designado. O pedido de arquivamento se baseia na investigação da Polícia Civil que concluiu, em maio, que o garoto matou a família depois se suicidou. De acordo com a polícia, todas as provas obtidas e testemunhas ouvidas no inquérito apontam para o menino como o autor da morte dos parentes e da própria morte. A família, desde o início, diz nunca ter acreditado nessa versão. Diz que Marcelo seria incapaz desse crime, até porque amava a família.
relatado, cabendo ao Poder Judiciário qualquer manifestação relativa ao caso", diz a secretaria. O Ministério Público informou que o promotor Daniel Tosta Freitas, responsável pelo pedido de arquivamento das investigações, está em férias, e um novo promotor ainda não havia sido designado. O pedido de arquivamento se baseia na investigação da Polícia Civil que concluiu, em maio, que o garoto matou a família depois se suicidou. De acordo com a polícia, todas as provas obtidas e testemunhas ouvidas no inquérito apontam para o menino como o autor da morte dos parentes e da própria morte. A família, desde o início, diz nunca ter acreditado nessa versão. Diz que Marcelo seria incapaz desse crime, até porque amava a família.
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