sexta-feira, 18 de julho de 2014

Metrô readmite dois funcionários demitidos após greve em São Paulo


#COMENTÁRIO

Não cabe aqui o mérito do ato da readmissão dos dois funcionários por motivos óbvios, desconhecimento. Mas são por ações tomadas assim sem bases sólidas que denigrem a imagem do empresariado e dos políticos brasileiros. Podemos afirmar com todas as letras que não podia existir uma base sólida na demissão desses funcionários uma vez que depois de mais de um mês readmitem dois deles. Ora, se na época foram demitidos por ações que prejudicaram usuários do metrô em São Paulo ou comprometeram a empresa do metropolitano paulista, acredita-se que tal ação foi tomada com bases sólidas do ato. Então porque razão volta-se atrás e readmite? Não tem um cheiro de algo errado no ar nessa tomada de decisão? Se, se alegar que ambos não tinham participação na balbúrdia toda, porque será que não foi detalhada a investigação dos arruaceiros na época.
Esta ação mal pensada poderá dar mais motivos aos grevistas de plantão que só esperam um motivo plausível ou não, para parar de trabalhar e começar a atrapalhar a vida de quem trabalha, não acham?

#Disse

Carlos Leonardo






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O Metrô informou na tarde desta quinta-feira (17) que readmitiu dois dos 42 funcionários demitidos após a greve dos metroviários, ocorrida em junho. As demissões foram criticadas e chegaram a render uma multa à empresa por parte do Ministério do Trabalho.
Em nota, o Metrô afirmou nesta quinta que "assegurou a todos o direito de ampla defesa em respeito às garantias individuais e apreço a classe dos metroviários. (...) E que a reintegração dos dois funcionários é prova da correção e senso de justiça que balizam a relação do Metrô com seus funcionários."
Na época das demissões, o Metrô havia dito que as demissões "não se baseavam no ato de greve, mas em razão de abusos cometidos durante o período de greve". A empresa apontava a participação deles em arrombamentos em estações, forçaram a saída de passageiros de vagões e usaram aviso sonoro das estações de forma indevida, promovendo a greve. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) havia julgado a greve ilegal um dia antes das demissões. A Justiça também estabeleceu multa de R$ 900 mil ao sindicato por não manter 100% da frota operando no horário de pico e 70% nos demais horários, como havia sido determinado.

GREVE

A greve dos metroviários começou em 5 de junho e durou até a noite do dia 9. Durante os cinco dias de paralisação, apenas as linhas 4-amarela e 5-lilás operaram normalmente. As outras três funcionaram parcialmente devido ao deslocamento de outros funcionários, como supervisores. Com esse deslocamento de trabalhadores, houve casos de piquetes de grevistas para tentar impedir o trabalho. O reajuste dado à categoria foi de 8,7%, após determinação da Justiça. O percentual é o mesmo proposto pelo Metrô –os metroviários pediam 12,2%. O último reajuste da categoria foi de 8% ante INPC de 7,2%, em 2013. O piso atual é de R$ 1.323,55. Sem acordo, os trabalhadores decidiram encerrar a greve, mas fizeram algumas manifestações para que as demissões por justa causa fossem reavaliadas. 

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