#COMENTÁRIO
Não cabe aqui o mérito do ato da
readmissão dos dois funcionários por motivos óbvios, desconhecimento. Mas são
por ações tomadas assim sem bases sólidas que denigrem a imagem do empresariado
e dos políticos brasileiros. Podemos afirmar com todas as letras que não podia
existir uma base sólida na demissão desses funcionários uma vez que depois de
mais de um mês readmitem dois deles. Ora, se na época foram demitidos por ações
que prejudicaram usuários do metrô em São Paulo ou comprometeram a empresa do
metropolitano paulista, acredita-se que tal ação foi tomada com bases sólidas
do ato. Então porque razão volta-se atrás e readmite? Não tem um cheiro de algo
errado no ar nessa tomada de decisão? Se, se alegar que ambos não tinham
participação na balbúrdia toda, porque será que não foi detalhada a
investigação dos arruaceiros na época.
Esta ação mal pensada poderá dar mais
motivos aos grevistas de plantão que só esperam um motivo plausível ou não,
para parar de trabalhar e começar a atrapalhar a vida de quem trabalha, não
acham?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Jornal A Folha de São Paulo
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O Metrô informou na tarde desta
quinta-feira (17) que readmitiu dois dos 42 funcionários demitidos após a greve
dos metroviários, ocorrida em junho. As demissões foram criticadas e chegaram a
render uma multa à empresa por parte do Ministério do Trabalho.
Em nota, o Metrô afirmou nesta quinta
que "assegurou a todos o direito de ampla defesa em respeito às garantias
individuais e apreço a classe dos metroviários. (...) E que a reintegração dos
dois funcionários é prova da correção e senso de justiça que balizam a relação
do Metrô com seus funcionários."
Na época das demissões, o Metrô havia
dito que as demissões "não se baseavam no ato de greve, mas em razão de
abusos cometidos durante o período de greve". A empresa apontava a
participação deles em arrombamentos em estações, forçaram a saída de
passageiros de vagões e usaram aviso sonoro das estações de forma indevida,
promovendo a greve. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) havia julgado a greve
ilegal um dia antes das demissões. A Justiça também estabeleceu multa de R$ 900 mil ao sindicato por não manter 100% da frota operando
no horário de pico e 70% nos demais horários, como havia sido determinado.
GREVE
A greve dos metroviários começou em 5
de junho e durou até a noite do dia 9. Durante os cinco dias de paralisação,
apenas as linhas 4-amarela e 5-lilás operaram normalmente. As outras três
funcionaram parcialmente devido ao deslocamento de outros funcionários, como
supervisores. Com esse deslocamento de trabalhadores, houve casos de piquetes
de grevistas para tentar impedir o trabalho. O reajuste dado à categoria foi de
8,7%, após determinação da Justiça. O percentual é o mesmo proposto pelo Metrô
–os metroviários pediam 12,2%. O último reajuste da categoria foi de 8% ante
INPC de 7,2%, em 2013. O piso atual é de R$ 1.323,55. Sem acordo, os
trabalhadores decidiram encerrar a greve, mas fizeram algumas manifestações
para que as demissões por justa causa fossem reavaliadas.
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