#COMENTÁRIO
Longe de ser a favor da idéia de
importação de médicos porque particularmente acho que existem sim muitos, mais
muitos mesmo, médicos brasileiros comprimidos em grandes cidades e desesperados
por conseguir melhores rendas, mas esta não é a questão, estava apenas
divagando sobre a notícia...
Fato é que buscaram desentulhar
milhares de médicos na ilha de Cuba que formados, não tinham onde trabalhar.
Louvável, nesse ponto de vista. Porém nunca pensamos e não estamos pensando ainda ( governo atual ) que
já contamos com milhares de médicos
recém formados, oriundos de famílias mais abastadas e que não se sujeitam a
trabalhar nos recantos mais sombrios do Brasil, onde são mais necessários... Há
ainda o agravante de que as universidades estão vomitando a cada ano mais e
mais médicos nas mesmas condições...
E aí, vamos exportá-los para um
novo país em desenvolvimento que mantenha uma estrela vermelha pendente sobre o
láparo?
Mas continuo divagando... O que
importa na notícia do cabeçalho é o provável acontecimento que está por vir.
Não bastavam os arruaceiros de plantão que criamos e são extremamente ativos no
Brasil, agora poderemos ter um novo grupo internacional.
E o pior de tudo é que a causa
disso é a famosa e imutável mania petista de governar: - as regras são mudadas
constantemente no meio do jogo.
Ora, uma vez que trouxeram todo
esse pessoal “para ajudar” e as condições de estadia dos mesmos já tinham sido
acordadas, “a Inês é morta”... como se diz no interior. Por que políticos iriam
querer mudar esse acordo no meio do contrato? Não previram os custos da
operação?
#Disse
Carlos Leonardo
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Postado por: Folhapolitica.org em Política 15/07
Prefeitura da cidade do interior de São Paulo
não teria pago auxílios de moradia e alimentação a 22 profissionais do programa
federal
ARAÇATUBA – Vinte e dois médicos cubanos do
Programa Mais Médicos ameaçam abandonar suas atividades em Araçatuba, no
interior de São Paulo, porque a prefeitura da cidade – administrada pelo PT –
não pagou os auxílios de moradia e alimentação devidos a eles. Além de não
pagá-los, segundo eles, a prefeitura também os constrange ao cobrar notas
fiscais e comprovantes dos gastos com os auxílios.
Os médicos também acusam a prefeitura de se
negar a fazer os repasses individuais a eles – conforme determina a lei –
quando o médico é casado com outro profissional do mesmo programa. Para piorar,
a prefeitura anunciou que reduzirá em 32% o valor do auxílio-moradia aos
profissionais cubanos.
Pela portaria interministerial 1.369, de 8 de
julho de 2013, que regulamenta o Programa Mais Médicos, o pagamento dos
auxílios é uma obrigação que cabe a cada município incluído no programa. Os
municípios são obrigados a arcar com o fornecimento de moradia, alimentação,
água e transporte dos profissionais, enquanto o salário é pago pelo governo
federal.
Por causa da situação, os médicos dizem que
querem deixar a cidade e procurar “outros municípios, onde seremos mais
respeitados”. Cada médico recebe R$ 2,5 mil de auxílio moradia e R$ 500,00 de
auxílio alimentação. Esses benefícios deveriam ter sido pagos no dia 1° deste
mês.
“Com o atraso não temos dinheiro para pagar o
aluguel e as outras despesas com energia elétrica, gás, condomínio e água”,
contou um casal de médicos cubanos que pediu para não ser identificado. O casal
disse que a Prefeitura também não quer pagar os auxílios individuais para cada
um. “Eles querem que a gente receba somente um auxílio para cada casal,
pensamos que isso não é legal”, afirmou o casal.
Nesta terça-feira, 15, a prefeitura, além de
não pagar os médicos, anunciou que reduzirá o valor do auxílio-moradia. Os
auxílios foram instituídos por lei municipal, de 30 de dezembro de 2013, que
estabeleceu o valor máximo de até R$ 2,5 mil para auxílio-moradia e R$ 500 para
auxílio-alimentação.
A prefeitura alega que, como o valor foi
definido como teto, pode legalmente reduzi-lo e, por isso, pagará somente R$
1,7 mil como auxílio-moradia a cada médico. No entanto, como já iniciou o
programa pagando o teto, advogados dizem que ela não poderia reduzir os
valores. Sobre o pagamento atrasado, a prefeitura informou, por meio de nota,
que vai colocá-lo em dia a partir de sexta-feira, 18.
O secretário de Saúde de Araçatuba, José
Carlos Teixeira, disse em nota que a redução do valor do auxílio foi
estabelecida em acordo com os médicos, que de agora em diante não precisarão
mais prestar contas dos seus gastos. Segundo Teixeira, a Secretaria de Saúde de
Araçatuba teve cuidado de verificar em outros sete municípios a maneira como os
auxílios são pagos e chegou à conclusão de que o valor de R$ 1,7 mil é
suficiente para cobrir os gastos dos médicos.
No entanto, o presidente do diretório do PT
de Araçatuba, Fernando Zahr, disse que a cobrança de comprovantes de gastos
pela prefeitura é uma atitude constrangedora para o município e para seu
partido. Segundo ele, os médicos cubanos foram bem recebidos e estão prestando
um excelente serviço, mudando a forma de atendimento nas unidades de saúde do
município. Desde maio, quando iniciaram os trabalhos, os médicos cubanos
fizeram 6.574 consultas nas unidades da cidade.
Mesmo assim, a prefeitura também insiste em
cobrar gastos que os médicos tiveram com alimentação, quando, por força de
adaptação do programa, tiveram de passar os primeiros dias em hotéis da cidade
até que conseguissem alugar imóveis ou pensões. Cada médico gastou cerca de R$
300,00 a R$ 400,00 de alimentação, que agora é cobrado pela prefeitura. “Nós
procuramos imóveis baratos, simples, para que pudéssemos fazer uma economia,
mas parece que o município não compreendeu isso”, disse outro médico.
Decepcionados com a situação, alguns médicos
disseram estão procurando o Ministério da Saúde para tentar se transferir de
cidade. “A gente até gostou da cidade e temos de cumprir nossas tarefas, mas
também precisamos ser respeitados”, disse um dos médicos.
CHICO SIQUEIRA – ESPECIAL PARA O ESTADO
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