quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sem-teto fizeram protestos 30 dias desde o início do ano em São Paulo

Cerca de 300 manifestantes do MTST ocuparam a entrada do edifício da construtora Even, na zona sul de São Paulo

#COMENTÁRIO

MTST... MST... não deveriam também serem chamados de MSS ( Movimentos dos Sem Serviço )? Fico-me perguntando porque esse pessoal reivindicador ativo, e como são ativos, não reivindicam mais trabalhos para que orgulhosamente eles próprios pudessem ter todas essas conquistas que tanto almejam... Muito mais que nós pobres trabalhadores, que de nossos suores retiram-se contribuições para manter esses ativos reivindicantes.
Nossos governantes, independentemente das siglas suspensas no peito (que chamam partidos políticos), dão uma atenção toda especial a essa cria do Partido dos Trabalhadores que já criou tanta desordem ao Brasil e até se virou contra o criador.
O que me espanta é não haver represália alguma por parte da cúpula do poder no Pais, somos reféns de uma malfadada ideia lá no passado e que hoje são atos incontroláveis.
Que vamos fazer, não é? Há ainda quem os defenda... Lamentável!

#Disse

Carlos Leonardo







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HELOISA BRENHA e REYNALDO TUROLO JR. - DE SÃO PAULO - 17/07/2014

Se ocorressem em dias consecutivos, as manifestações do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) em São Paulo já teriam durado um mês inteiro só neste ano.
Em seis meses e meio, a cidade teve ao menos 30 dias com atos do grupo, sem considerar que um deles durou uma semana – quando centenas de sem-teto acamparam em frente à Câmara pela aprovação do Plano Diretor.
Em quase todos houve bloqueios totais ou parciais de vias – nesta quarta (16), ocuparam a av. Giovanni Gronchi, no Morumbi, por exemplo. E, além de serem recebidos pela presidente Dilma Rousseff (PT), pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), conseguiram a aprovação do Plano Diretor na Câmara – que prevê mais áreas para habitação popular.
Alguns dias tiveram inclusive mais de uma manifestação – como ontem, quando o grupo protestou, de manhã, contra a má qualidade da telefonia móvel e, de tarde, contra a reintegração de posse de área invadida na zona oeste.
Neste ano, o grupo também integrou manifestações em apoio ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e às greves dos metroviários e de funcionários da USP.
O coordenador do MTST Guilherme Boulos nega que a diversificação de pautas mude o foco. "Sempre defendemos reforma urbana, serviços de qualidade e ampliação de direitos sociais."
Sociólogos ouvidos pela Folha avaliam que o movimento concentrou bandeiras das manifestações de junho de 2013 e que concorre para ser um tipo de MST urbano.
"O MTST caminha para uma estrutura organizativa forte como a dos sem-terra, englobando demandas gerais da sociedade, como o acesso aos serviços", diz o professor da Unesp Antonio Mazzeo.
Lucio Flavio de Almeida, docente da PUC-SP, também vê semelhanças entre os movimentos. "Como no Brasil os serviços funcionam de modo precário, é compreensível que os trabalhadores ampliem seu leque de lutas. Sem celular, até a mobilização fica difícil."

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