#COMENTÁRIO
Este é realmente um país contraditório.
Há dias atrás a indústria e comércio estavam lamuriando-se por haver impostos
muito altos, energia elétrica cara, tributação altíssima sobre salários que
oneram muito a Folha de Pagamentos dos funcionários, em suma, o custo de
produção e venda é muito alto no Brasil.
E o pior disso tudo, eles têm razão
sobre isso...
Agora vem outra vez essa notícia sobre
a arrecadação de verbas pelos políticos. Uma enormidade! A projeção de
levantamento e capital por eles é absurdamente grande, os números são descabidamente
irreal aos padrões Brasil.
Então a pergunta que não se cala há
muito tempo, mas que é sempre esquecida pelo povo brasileiro, de onde vem tanto
dinheiro?
Como as empresas conseguem levantar toda
essa dinheirama se estão elas com os caixas baixos? Não é isso que reclamam?
Poxa, o Ministério Público não teria
que investigar a fonte desse derrame de verbas que ocorre nesta época pré-eleitoral?
E depois somem...
A existência dessa disponibilidade de
lastro não é fator de tributação do famigerado Leão?
Acho que não interesse que isso ocorra,
não é?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: A Folha de São Paulo
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DANIELA LIMA - MARINA DIAS - DE SÃO PAULO
ANDRÉIA SADI - NATUZA NERY - RANIER BRAGON - VALDO CRUZ - DE BRASÍLIA
ANDRÉIA SADI - NATUZA NERY - RANIER BRAGON - VALDO CRUZ - DE BRASÍLIA
01/08/2014
O candidato do PSDB à Presidência da
República, senador Aécio Neves (MG), arrecadou em julho mais do que o dobro da
quantia levantada no mesmo período pelo ex-governador paulista José Serra, o
candidato dos tucanos nas eleições presidenciais de 2010. O ex-ministro José
Gregori, coordenador do comitê financeiro de Aécio, disse que vai declarar
nesta sexta (1º) à Justiça Eleitoral ter arrecadado algo entre R$ 10 milhões e
R$ 12 milhões em doações na largada da campanha. No mesmo período da eleição de
2010, a campanha de José Serra havia arrecadado R$ 4,1 milhões, o equivalente a
R$ 5,2 milhões, em valores corrigidos pela inflação.
"Estamos fechando as contas, mas
teremos mais do que R$ 10 milhões e menos do que R$ 12 milhões,
certamente", afirmou Gregori. Os candidatos devem entregar até esta sexta
à Justiça relatórios sobre a movimentação financeira de suas campanhas e as
doações recebidas até agora. Os números do PSDB sugerem que a disputa com o PT
por apoio no meio empresarial é mais equilibrada desta vez do que nas eleições
de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) se elegeu. O comitê financeiro
da campanha de Dilma à reeleição não quis antecipar os valores que serão
declarados à Justiça Eleitoral, mas levantamento feito até quarta (30) indicava
o recolhimento de R$ 9 milhões em doações. Procurados nesta quinta (31),
integrantes da campanha de Dilma disseram que o valor arrecadado estaria em
torno de R$ 10 milhões, mas que receitas de última hora ainda estavam entrando
e esse número poderia mudar.
Em 2010, na mesma época, Dilma havia
arrecadado R$ 11,6 milhões, o equivalente a R$ 14,7 milhões, em valores
atualizados, quase duas vezes mais do que o PSDB.
Na avaliação da equipe de Aécio, os
resultados mostram que o mineiro se consolidou aos olhos dos empresários como
principal alternativa da oposição nas eleições deste ano, desbancando o
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que concorre pelo PSB e tem como
vice a ex-senadora Marina Silva, a terceira colocada da eleição presidencial de
2010. A campanha de Campos vai informar à Justiça ter arrecadado pelo menos R$
7 milhões. Em 2010, quando Marina concorreu pelo PV, seu comitê declarou ter
arrecadado R$ 8,9 milhões no primeiro mês, em valores corrigidos. Embora Campos
tenha arrecadado menos do que Aécio e Dilma, seus aliados consideram o
desempenho melhor do que o esperado. O candidato do PSB está em terceiro lugar
nas pesquisas. Segundo o levantamento mais recente do Datafolha, a presidente
Dilma tem 36% das intenções de voto, Aécio está com 20% e Campos tem 8%.
APOSTAS
Insatisfeitos com a política econômica
do governo Dilma, muitos empresários viam Campos com potencial no ano passado,
mas passaram a apostar fichas em Aécio ao observar sua evolução nas pesquisas e
a forma como ele uniu o PSDB em torno da sua candidatura presidencial.
Os valores apurados pela Folha nas
principais campanhas representam uma fração inferior a 5% do que Dilma, Aécio e
Campos fixaram como limite para seus gastos nesta eleição. Dilma prevê gastos
de até R$ 298 milhões, Aécio projeta R$ 290 milhões e Campos, R$ 150 milhões.
Em eleições anteriores, a maior parte
dos recursos arrecadados pelos candidatos entrou nos seus cofres na reta final
da campanha. A legislação determina que eles apresentem ao longo da disputa
duas prestações de contas parciais, além dos relatórios finais após as
eleições.
Os dados apresentados à Justiça
Eleitoral nesta sexta serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral na
próxima semana.
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