domingo, 27 de julho de 2014

Na Câmara, 8 em cada 10 tentam a reeleição


#COMENTÁRIO

É dando um tiro no ninho que se mata os "mafaguifos pestilentos", enquanto os bons voam. Pois é, se quisermos mudar alguma coisa na política brasileira, é por aí que devemos começar.
Ninhos contaminados como a Câmara e o Senado por políticos ilegítimos e corruptos tem obrigatoriamente que serem limpos, para que a política nacional tenha oportunidade de renascer, trazendo consigo políticos de sangue brasileiro nas veias, políticos que estejam comprometidos com a ideia de mudar o País para melhor, melhor para nós brasileiros e não para seus interesses particulares.
Cabe a nós ter um instante de lucidez na hora em que estivermos a sós diante da urna. Deixemos nossos interesses políticos particulares de lado e vamos pensar: que Brasil vamos deixar para os nossos?
Temos que ter sempre em mente que no Brasil não há partidos políticos reais, existem siglas criadas ao “bel prazer” por onde políticos entram e saem conforme a dança lhes interessa. E nós pobre plebe, ficamos cá discutindo o nome de fulano ou sicrano como melhor por que usa nossa etiqueta preferida...

#Disse

Carlos Leonardo







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MARIANA HAUBERT - GABRIELA GUERREIRO - AGUIRRE TALENTO - 27/07/2014  

Com benefícios que incluem salário de R$ 26,7 mil, apartamento e gastos ilimitados com telefone celular, 84,5% dos deputados federais que vão disputar as eleições de outubro querem permanecer na Câmara.
No total, 474 dos 513 deputados federais disputarão algum cargo eletivo –número equivalente a 92% dos atuais parlamentares que serão candidatos–, sendo que 401 vão tentar a reeleição.
Nesse cenário de campanha, o ritmo de trabalho, que já havia caído em junho devido à Copa do Mundo, vai diminuir ainda mais nos próximos meses. Em agosto e setembro, a previsão é que os deputados federais trabalhem apenas duas semanas, com quatro dias de votação. Em relação a 2010, houve uma queda no número de deputados que tentam a reeleição. No pleito daquele ano, foram 426 candidatos ao mesmo cargo, 25 a mais do que o número desta eleição. Um dos parlamentares mais antigos que tentarão se manter na Câmara é o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ), atualmente em seu décimo mandato. Ele diz que o Legislativo precisa de políticos dispostos a "manter a luta" em defesa do país. "Estamos num momento em que a política foi desqualificada pelos próprios políticos. Por isso, precisamos organizar grupos que façam da Câmara um poder efetivamente de respeito ao povo brasileiro", afirmou.

MUDANÇA
Nesta eleição, 50 deputados tentarão concorrer a outros cargos eletivos: 10 disputarão governos estaduais, 21 postulam o cargo de vice-governador e 21 tentarão uma vaga no Senado Federal. Uma das ausências na corrida eleitoral para a próxima legislatura será a do atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Deputado desde 1971, ele disputará o governo do Rio Grande do Norte. O deputado Renan Filho (PMDB) também deixará a Câmara para disputar o governo de Alagoas. Já Márcio França (PSB) será candidato a vice na chapa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição.
Outros 15 deputados preferiram voltar para as suas bases eleitorais. Eles tentarão uma vaga em Assembleias
Legislativas. É o caso da parlamentar Manuela D'Ávila (PC do B-RS), que pretende concorrer a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul.

DESISTENTES
Dos 513 deputados, 39 desistiram de se candidatar nesta eleição. O PMDB é o partido com o maior número de desistentes: nove. É seguido pelo PSD, que tem seis deputados fora do pleito de outubro. Inocêncio Oliveira (PR-PE) é um dos que desistiram da vida pública, depois de quatro décadas na Câmara dos Deputados.
Aos 75 anos e com problemas de saúde, ele disse a interlocutores estar "cansado" da função parlamentar e que está disposto a se dedicar à família. Assim como Inocêncio, o deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ) também desistiu de concorrer neste ano, depois que o PSB se coligou com o PT no Rio de Janeiro. Crítico do governo Dilma Rousseff, o deputado disse não ter "condições políticas" para permanecer na vida pública. "Era uma incoerência aparecer me beneficiando de uma coligação com o PT", argumentou. 

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