Na Côrte
|
Aumento de impostos e luz mais cara devem pressionar a inflação
Getty
Images
#COMENTÁRIO
Já tem cara o novo pacote de bondades do
governo federal. Na reportagem abaixo, o autor trás uma visão muito boa e muito
realista de o que poderá nos ocorrer a partir de agora. Ele, faz uma análise muito realista de
todos os benefícios fiscais e tributários, a que estamos submissos após o
decreto federal.
Muito embora o governo não tenha cortado
sequer uma fatia de sua pele em prol dos benefícios à população, isto é, sempre
é o cidadão que paga todas as despesas da ingerência governamental, sempre foi
assim e provavelmente sempre o será. O mais preocupante é a inflação que está
por vir, os salários não acompanham a escalada inflacionária e já se pode ver
que ele está sendo corroído.
Leia um pouco a reportagem abaixo, tome
conhecimento dos prováveis problemas que muito provavelmente passaremos, por
essas dificuldades... Vamos lá, não é Brasil...
#Disse
Carlos Leonardo
Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:
#CONVITEAPROSA
Aos esquerdistas de plantão eu pergunto: - Realmente vamos ter quatro
anos de um bom governo?
|
Dê sua opinião (clique no título da
matéria para comentar ou na cartinha, para enviar a alguém).
Levy anunciou nesta semana aumento de imposto e da gasolina
Wilson
Dias/19.01.2015/Agência Brasil
Ano de
2015 começa com mais imposto, mais inflação e conta de luz mais cara
O
primeiro mês de 2015 já passou da metade e a nova equipe econômica — liderada
pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy — trabalha a todo vapor para melhorar as
contas públicas e, por tabela, a vida da população. Mas o que efetivamente vai
mudar na vida do brasileiro?
O ano
começou com notícias que vão pesar no bolso do consumidor, a começar pelos
impostos mais altos, a escalada da inflação e conta de energia mais cara. A
nova equipe econômica de Dilma Rousseff já deixou claro que a prioridade é
equilibrar as contas públicas. Mas, para ajustar o orçamento, o corte de R$ 1,9
bilhão nos gastos mensais do governo, anunciado no início deste mês, não será
suficiente. Por isso, é necessário também aumentar a arrecadação. O pacote de
elevação de tributos foi anunciado pelo ministro Levy na última segunda-feira (19) e
deve aumentar a receita do governo em R$ 20 bilhões no ano de 2015.
O aumento
mais significativo virá dos impostos dos combustíveis. O governo aumentou a
Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e o Pis/Cofins da
gasolina e do diesel. Somando os dois impostos, a gasolina vai ficar R$ 0,22
mais cara e o diesel pode vai subir R$ 0,15. Esse aumento vai impactar
diretamente as refinarias de petróleo, mas a Petrobras já avisou que repassar
os impostos para as distribuidoras. Isso significa que, nas bombas, a gasolina
e o diesel também devem ficar mais caros.
Energia
elétrica
Outra
conta a ficar mais cara em 2015 deve ser a de luz. Empresas de consultoria
procuradas pelo R7 estimam que o aumento total na conta de
energia neste ano deve ser de, em média, 40%. Isso porque, o governo cortou do
orçamento os R$ 9 bilhões que estavam previstos para subsidiar as
concessionárias de energia este ano.
Com isso,
as empresas vão ter de rever as contas. Em reunião na última terça-feira (20),
a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) concluiu que vai precisar de
um reajuste no
valor de R$ 23 bilhões em 2015 – valor que deve ser cobrado do consumidor. Além
disso, será incluído o dinheiro para pagar o empréstimo feito no ano passado,
usado para financiar o desconto concedido por Dilma Rousseff em 2013. O
presidente da Trade Energy, Walfrido Ávila, avalia ainda que o acionamento das
termelétricas é outro fator que vai encarecer a conta de luz.
— Nós
vamos pagar mensalmente uma parte dos empréstimos feitos pelas concessionárias
ano passado, que deixou de ser cobrada, e a geração térmica deste ano, que deve
ser paga. Por isso esse aumento grande.
Com um
aumento de 40% na conta, quem paga hoje R$ 50 pelo consumo de energia, vai ver
a despesa pular para R$ 70. Esse aumento será sentido ao longo do ano.
No
entanto, de acordo com a projeção da Consultoria PSR, já em fevereiro os
consumidores devem ter de pagar pelo menos 14% a mais pela energia. Isso
porque, a Aneel deve autorizar, ainda em janeiro, um reajuste extraordinário
das tarifas.
Inflação
e juros
Com
gasolina e energia mais caras, os preços dos produtos também vão ficar
pressionados. A previsão do mercado financeiro é de que a inflação deste ano
deve ser maior que a de 2014 – que ficou em 6,4%. De acordo com as projeções, o
brasileiro deve perder 6,6% do poder de compra ao longo de 2015 – um percentual
maior que o teto da metade do governo, que é de 6,5%.
Nesse
cenário, um trabalhador que ganha R$ 1 mil de salário, teria um poder de compra
de R$ 934 – R$ 66 da remuneração seriam engolidos pela inflação acumulada, sem
considerar os reajustes salariais concedidos às categorias de trabalhadores
durante o ano.
O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já admitiu que em janeiro a inflação vai
subir. Segundo ele, gastos extras com material escolar e os reajustes das
passagens de ônibus são alguns dos fatores que vão pressionar os preços.
— Em
janeiro realmente a inflação deve ser um pouco mais alta do que em alguns meses
do ano passado. Em parte é porque janeiro e fevereiro são meses em que, todo
ano, tem mais reajustes, como de escola, IPTU, ônibus, etc. Além disso, para a
economia voltar a crescer, temos que fazer algumas arrumações e isso pode mexer
em alguns preços.
Para
controlar a inflação, a taxa de juros cobrada pelo bancos, que é estabelecida
pelo Banco Central, também deve subir 0,75 ponto percentual ao longo de 2015. A
previsão do mercado financeiro, feita em janeiro, é de que a Selic passe dos
atuais 11,75% para 12,50% até o fim do ano.
De acordo
com cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade), se a previsão se confirmar, uma geladeira de R$
1.500 financiada em 12 meses, por exemplo, vai ficar R$ 7 mais cara no valor
final. Já um carro popular de R$ 25 mil financiado em 60 meses pode ter um
acréscimo de R$ 617 no valor final.
Fim das
isenções
Outra
medida adota pela equipe econômica do segundo mandato de Dilma, que vai
refletir no aumento do preço dos produtos, é o fim das isenções de impostos.
Para
incentivar o consumo e manter a economia aquecida, Dilma vinha concedendo,
desde 2012, diversas desonerações, aliviando os impostos para baratear os
custos e possibilitar a queda nos preços. Mas, como agora o governo precisa
aumentar a arrecadação, quer os impostos de volta.
O governo
já aumentou, por exemplo, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos
cosméticos, alegando que precisa equiparar o tributo que é cobrado na indústria
com a taxa vigente no setor de atacado dos produtos.
O IPI de
automóveis zero quilômetro chegou a 3% na época do pacote de bondades. Com o
fim da desoneração, passa para 7% no caso dos carros populares.
Na
avaliação do professor do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade de
Campinas) André Biancarelli, a política de desonerações não funcionou e agora o
governo terá de voltar atrás para recuperar a receita que deixou de ganhar nos
últimos dois anos.
— É uma
boa hora para rediscutir as isenções porque isso custou muito caro para o
Brasil. No ano passado as estimativas apontam para um custo de R$ 80 bilhões e
claramente isso não deu o resultado esperado, seja do ponto de vista da
produção industrial, seja do ponto de vista do investimento. É uma política que
não deu certo.
O
PIS/Cofins de produtos importados é outra alíquota que vai ficar mais cara
em 2015. Se hoje a importação de produtos é tributada a uma taxa de 9,25%, a
partir da publicação do decreto do governo o imposto vai passar para 11,75%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual a sua opinião sobre isso?