#COMENTÁRIO
Não é possível se ver o fundo do posso.
Quando achamos um descalabro aquilo que estamos ouvindo do Brasil, eis que
surge uma nova explosão.
Agora vamos pagar o mico
internacionalmente sobre desvios de verbas doadas da Cruz Vermelha.
Me pego pensando que, independente do
ato que denigre nossa integridade como nação, será que a máquina que se esconde
por trás dessas denúncias à mídia, dando ênfase especial à notícia, tem
finalidade eleitoreira e não vê que estamos fazendo mais mal ao País já tão
abatido?
Coisas desse tipo deveriam ser tratadas
nos meios policiais e em sigilo absoluto. Não há interesse algum que sejam
levadas a público. Tal atitude só abala a imagem do Brasil aqui em nosso meio e
principalmente no exterior. Se, estamos querendo passar uma imagem de sérios,
de direitos, de corretos que somos nós, não é expondo nossas podridões que
conseguiremos fazer isso!
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: A Folha de São Paulo
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REYNALDO TUROLLO JR. - 25/07/2014
A Cruz Vermelha Brasileira desviou
dinheiro arrecadado em campanhas humanitárias, afirma auditoria encomendada
pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, órgão com sede em
Genebra (Suíça).
Segundo a investigação, foram desviadas
doações feitas para socorrer vítimas de conflitos na Somália, do tsunami no Japão
e das enchentes na região serrana do Rio. Os valores –R$ 212 mil nas duas
primeiras campanhas e R$ 1,6 milhão, na última– foram repassados a uma ONG que
pertence à mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha à época em que as
transferências foram feitas, Anderson Marcelo Choucino. Outra parcela das
doações, R$ 523 mil, foi parar em fundos de aplicação e, depois, teve destino
desconhecido. A auditoria na Cruz Vermelha Brasileira foi feita pela empresa
Moore Stephens, consultoria independente com sede em Londres.
No Brasil, a instituição divide-se em
Cruz Vermelha nacional (órgão central) e dezenas de filiais estaduais e
municipais.
Pelo estatuto, cada filial tem
autonomia gerencial em relação ao órgão central, e este em relação à federação
internacional. Todas as unidades, porém, fazem parte do mesmo guarda-chuva, por
compartilharem uma marca internacional. O Instituto Humanus fica em São Luís
(MA) e está registrado em nome de Alzira Quirino da Silva, mãe do ex-vice-presidente
do órgão central. Segundo a auditoria, o Humanus recebeu R$ 15,8 milhões da
Cruz Vermelha de 2010 a 2012, sem comprovação de que tenha prestado os serviços
correspondentes.
Por falta de documentos nas filiais
analisadas – dez, em todo o país–, a auditoria não especificou a origem de todo
o montante transferido para o Instituto Humanus. A maior parte das verbas
administradas pelas várias filiais no país advém de contratos com o poder
público para gerenciar unidades de saúde.
Em 2012, a Folha revelou que R$ 100 mil recebidos pela filial no Rio
Grande do Sul tinham sido transferidos para o Humanus. O dinheiro deveria ter
sido empregado em um hospital em Balneário Camboriú (SC). Após a reportagem,
foi iniciada a auditoria, concluída em abril. As transações bancárias de
recursos provenientes das doações humanitárias eram feitas com a assinatura
eletrônica de Carmen Serra, ex-presidente da filial da Cruz Vermelha no
Maranhão.
Carmen é irmã de Walmir Serra Jr., presidente
da Cruz Vermelha nacional durante o período auditado.
Em sua defesa, no âmbito da auditoria,
Carmen afirmou que a filial maranhense emprestou suas contas bancárias para a
Cruz Vermelha nacional fazer campanhas humanitárias porque o órgão central tem
dívidas trabalhistas.
Isso levaria a Justiça a confiscar o
dinheiro das doações.
Carmen disse ainda que
"desconhecidos" usaram sua senha bancária, porque a filial maranhense
nunca contratou o Instituto Humanus. Em 2012, porém, os sites do Humanus e da
Cruz Vermelha - MA tinham o mesmo número de telefone para contato.
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