quarta-feira, 23 de julho de 2014

Nova conta eleva em R$ 2 bilhões repasse para a tarifa de energia



#COMENTÁRIO

Preciso deixar bem clara aqui, minha posição apartidária, não sou adepto político de partido algum, portanto não estou fazendo campanha pró ou contra ninguém. Dito isso, preciso acalmar minha indignação ao ler a matéria abaixo, exposta pela Folha de São Paulo em sua edição de 23/07/14.

Que levou nossa digníssima Presidente (insisto ainda em falar Presidente e não Presidenta – embora me provassem ser correto??????) Dilma Roussef a alterar as regras no setor elétrico. E isso não pode ser questionado pelos petistas de plantão que dizem ser atacados por todos os lados pelos antipetistas. Em qualquer relação empresa/cliente independentemente se da área privada ou pública, o cliente compra o produto e a empresa o fornece. A responsabilidade da qualidade do produto ofertado é e será sempre de responsabilidade do fornecedor (empresa). Ora, por que razão nossa Presidente transferiu essa responsabilidade para nós pobre povo? Ainda bem que por hora não foi oficiado a cobrança nas contas de luz. Mas se o for e é grande a possibilidade de ser, uma coisa não está sendo levado em consideração é que podemos ter que pagar essa fortuna em quatro anos às fornecedoras de energia, mas o que mais nos preocupa é que a necessidade de fornecimento de energia continuará durante esses próximos quatro anos... Não há qualquer plano de contenção da carência de fornecimento de energia. E aí? Começamos uma bola de neve de dívida? Ninguém pensou nisso?

#Disse

Carlos Leonardo







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JULIA BORBA - DE BRASÍLIA - 23/07/2014 

Mais um gasto bilionário do setor elétrico, ainda não levado em conta nas medidas de socorro adotadas pelo governo ao setor, irá provocar novo aumento nas tarifas dos consumidores a partir do ano que vem.
Pelo menos R$ 2 bilhões terão de ser repassados aos preços para cobrir gastos das distribuidoras com a compra de energia mais cara nos casos em que a empresa geradora não consegue entregar o volume com o qual havia se comprometido em contrato.
Até a mudança das regras do setor elétrico adotada pelo governo Dilma Rousseff, no final de 2011, se a produção de uma hidrelétrica fosse menor do que a prevista em contrato, após um período de seca, a usina geradora tinha de comprar energia de outro produtor e assumir esse prejuízo. O governo transferiu essa responsabilidade para o consumidor.
Agora, a diferença é repassada às contas de luz por meio de aumentos das tarifas. Mas, em um primeiro momento, o gasto é coberto pelas distribuidoras. O caixa dessas empresas já está sob pressão neste ano por causa de outros gastos bilionários com a compra de energia térmica, mais cara. 
Em 2013, assim como neste ano, o atraso no período de chuvas reduziu o nível do reservatório das hidrelétricas e, por consequência, intensificou o uso das usinas termelétricas e fez disparar os gastos com energia.
O reajuste de tarifas ao consumidor no ano que vem já terá que levar em conta o impacto de quase R$ 10 bilhões em despesas das distribuidoras com o uso de térmicas em 2013.
A conta terá de ser repassada aos consumidores até 2018, mas até agora nenhuma parte foi paga.
A esse valor de 2013 deverá ser somado um repasse de R$ 1,2 bilhão feito pelo Tesouro e mais R$ 11,2 bilhões de um primeiro financiamento bancário para as distribuidoras, intermediado pelo governo nos últimos meses.
As duas operações foram realizadas no primeiro semestre deste ano para cobrir as despesas extras com compra de energia.
Na conta do consumidor a partir do ano que vem entrarão, ainda, mais R$ 6,5 bilhões de um novo empréstimo que deverá ser oferecido ao setor por diversas instituições bancárias, incluindo o BNDES.

No total, quase R$ 31 bilhões devem ser repassados às tarifas nos próximos quatro anos. O impacto sobre os preços não foi estimado ainda pelo governo, mas consultorias estimam que ele possa chegar a até 25% em 2015.
ANEEL Nesta terça-feira (22), o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, confirmou a nova operação "tapa-buraco" do setor elétrico que promete fechar a conta do setor com compra de energia. Segundo ele, o novo empréstimo de R$ 6,5 bilhões será repassado às tarifas nos próximos dois processos de reajuste tarifário, com reflexos nas contas de luz de 2015 a 2017.
Segundo ele, a quantia será suficiente "a princípio" para cobrir despesas com compra de energia do ano.
O mercado, porém, estima que essa necessidade de recursos será ainda maior, de R$ 8 bilhões.
Essa nova operação trará alívio também às empresas de geração de energia. Enquanto busca uma solução para injetar dinheiro no setor, o governo já adiou por duas vezes a data de pagamento pelas distribuidoras das despesas com compra de energia. 

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