#COMENTÁRIO
Nova cara do Brasil dos últimos tempos:
contestação, reclamações e protestos. Há ainda um agravante para tudo isso –
repassarmos responsabilidades para terceiros. Vou me detalhar...
Considerando as informações na
reportagem abaixo, podemos dizer que o governo brasileiro contestou os dados do
IDH divulgados pelo PNUD isso se passaria por ato corriqueiro do governo
brasileiro se não estivéssemos reclamando do fato de estarmos em 79º lugar no
ranking em vez de estarmos em 67º. Ora, ora, meu velho e findo pai já dizia: - “O
segundo qualificado é apenas o melhor dos piores...” e nós estamos brigando pela
67ª posição?????
Não deveríamos estar preocupados em
melhorar a cada dia mais e mais esse tal Índice de Desenvolvimento Humano aqui
no Brasil em vez de ficarmos transferindo responsabilidades por nossa 79ª
colocação no mundo, acusando as Nações Unidas de erro nas bases de cálculo? Não
seria de estranhar se essas informações em que basearam o Pnad (2009 e 2010)
não fossem de responsabilidade brasileira. E isso é bem possível, levando em
consideração a maneira como se realizam pesquisas por aqui...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Último Segundo
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Para compor o índice, foram usadas informações
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009 e 2010
O governo brasileiro contestou hoje
(24) os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), em que o país aparece como 79º no ranking do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) de 2013 e informou que os dados usados pelo órgão das Nações
Unidas (ONU) são desatualizados. Para compor o índice, foram usadas informações
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009 e 2010 e de um
relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
de 2012.
De acordo com um cálculo feito pelo
governo, se fosse usadas as informações disponíveis atualizadas - Pnad de 2012
e 2013 e indicadores da OCDE de 2013 -, o Brasil ficaria em 67º lugar noranking
de 187 países. Segundo relatório do Pnud, o Brasil ficou com IDH 0,744, o que
classifica o país como de alto desenvolvimento humano por registrar nota acima
de 0,7. O índice varia de 0 a 1, que é o grau máximo. Ainda assim, a ministra
do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, considera que o índice divulgado
pelo Pnud não reflete os avanços dos últimos quatro anos. De acordo com ela,
essa avaliação desatualizada tem ocorrido nos últimos três anos e fez com que o
Brasil entrasse em contato com o órgão, na tentativa de evitar que isso se
repita. “Continuaremos discutindo [com o Pnud] para que sejamos avaliados por
dados que reflitam os resultados das políticas públicas no Brasil”, disse
Tereza.
Segundo a ministra, o IDH de outros
países foi calculado de acordo com dados estatísticos mais atualizados, o que
deveria ter sido feito também com o Brasil.
Conforme o cálculo apresentado pelo
governo, em dois dos três critérios usados pelo Pnud para medir o IDH há
diferenças estatísticas. Em relação à esperança de vida ao nascer, o dado usado
pelo órgão da ONU foi 73,4 anos. O mais atual seria 74,8 anos. Em relação à
expectativa de anos de estudos e à média de anos de estudo da população adulta,
foram considerados 15,2 anos e 7,2 anos, respectivamente. As informações
atualizadas seriam 16,3 anos e 7,6 anos, respectivamente. Em relação à renda
nacional bruta per capita, foram mantidos os US$ 14.275.
A ministra Tereza Campello avaliou
ainda que o IDH mede a redução da desigualdade, mas não é capaz de captar
detalhes do processo. “Sabe-se que a renda de todos cresceu, mas a renda que
mais cresceu foi a dos mais pobres. Outro ponto é o combate à pobreza extrema,
que não é medida só por meio de renda, mas por medidas multidimensionais”,
explicou. Para o ministro da Educação, Henrique Paim, a condicionalidade de
frequência escolar imposta pelo Bolsa Família e as políticas de ação afirmativa
foram os principais responsáveis pelos avanços verificados na educação. “O que
ocorreu foi uma grande evolução nesse processo. O posicionamento em relação ao
Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e à América do Sul é
avançado. O processo de inclusão é reconhecido nesse relatório e a combinação
de políticas é o segredo para que possamos avançar”, disse Paim.
De acordo com o ministro da Saúde,
Arthur Chioro, o ganho de 11,2 anos em relação à expectativa de vida do
brasileiro entre 1980 e 2013 é extremamente favorável. Outros pontos considerados
positivos por ele foram a redução da mortalidade infantil, a redução nos casos
de mortes por doenças crônicas não transmissíveis e o declínio de mortes em
acidentes de trânsito. “Foi um resultado positivo em relação à evolução do
indicador. Essa expectativa de vida não é acaso, mas uma combinação de
elementos extremamente importantes”, informou Chioro.
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