Sociedade
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#COMENTÁRIO
Está muito feio, está desagradável de
se ver o que está acontecendo. Pessoas que nunca se viram na vida, outros que
foram amigos de muito tempo, se digladiam e rasgam contratos de amizades por
discussão política infundada. Somos um País que não tem nenhum vínculo ideológico
político, no Brasil, políticos são profissionais que passam de um partido para
outro ou criam novos partidos num piscar de olhos, onde o vento levar, onde
houver maiores interesses outros.
As pessoas, o povo de uma maneira geral
está se atirando de cabeça em uma batalha sem saber exatamente o porquê, em sua
maioria não conhecem pessoalmente os candidatos, seus feitos bons ou maus, o
porquê desses feitos e o pior desconhecem por completo as supostas e a quase
sempre inexistente ideologia do partido que defende.
Assistindo ao filme/documentário “JUNHO O mês que abalou o Brasil”, vê-se
claramente o que passa pela cabeça da maioria das pessoas que discutem, partem
para agressões e fazem questão de mostrar desagrado por “não sei o quê”.
Mas a lamentar mesmo, acima de tudo, é
essa guerra aberta a granel, que aceita qualquer que queira falar qualquer
bobagem para como diria “ver o circo pegar fogo” e sair por aí rindo, deixando
para trás uma sensação de frustração e de uma possível amizade perdida... Ah...
Brasil...
"Se fala tanto em democracia com o Facebook,
mas não tem democracia nenhuma. A turma de todos os lados PT e PSDB é da
pesada nas redes sociais",Ronaldo Fraga - Um dos principais nomes da moda
brasileira conta ter passado por um "apedrejamento" virtual
"Caço posts de pessoas contrárias à minha
ideologia para argumentar, esse é meu passatempo. Mas não busco convencer
ninguém a votar no meu candidato",Fabricio Azambuja - O publicitário foi excluído do
círculo de amigos de uma pessoa nas redes sociais devido às mensagens que
publicava
"Ele xinga o tempo todo o Fernando Henrique
Cardoso, nós tucanos. Aí dei umas duras nele. Agora, ele está tentando falar
comigo, mas só depois da eleição", Lulu Librandi - A produtora cultural tucana se
desentendeu até com um afilhado de casamento por causa de suas manifestações
nas redes sociais
Veja também:
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
#CONVITE
Não acha que essas brigas virtuais idiotas
deveriam se encerrar logo?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
LIGIA MESQUITA - DE SÃO
PAULO - 17/10/2014
"Mais uma amiga me bloqueou no Facebook por
causa de política. Mas eu sou tão lightzinha...".
O desabafo feito pela editora de livros Alessandra
Blocker, 48, em uma rede social na última terça-feira (14) foi
"curtido" e comentado por 46 amigos. Um deles relatou ter passado
pela mesma situação: "você ganhou mais uma inimiga em comum".
O atrito no círculo social da eleitora do
presidenciável tucano Aécio Neves é mais um entre os casos de briga entre
amigos e patrulhamento político, que gera guerras virtuais entre militantes que
nem sequer se conhecem.
"Acho interessante porque está todo mundo
discutindo política, mas acontece que a maioria quer se mostrar mais certa do
que o outro, e isso está chato", afirma Alessandra. Ela diz evitar o
bate-boca e que só contesta coisas que acha "muito absurdas".
Fabricio Azambuja, 29, também já coleciona
desentendimentos nas redes sociais por causa da eleição.
O eleitor da presidente Dilma Rousseff se assume um
"guerrilheiro do Facebook". "Caço posts de pessoas contrárias à
minha ideologia para argumentar. Esse é meu passatempo. Mas não busco convencer
ninguém a votar no meu candidato", diz ele, que trabalha com marketing. Depois
de uma discussão, Azambuja descobriu que havia sido excluído do círculo de
amizades de uma pessoa nas redes sociais e a procurou para tirar satisfação. "A
pessoa respondeu me ofendendo, dizendo que eu era ignorante, que não tinha
estudo. Fiquei mal", disse.
MOMENTO INFELIZ
Já a apresentadora da Band Marina Mantega, 32,
decidiu fechar sua página no Facebook para quem não conhece e diz que bloqueará
os amigos que falam "besteiras" ou "mentiras" em tom
agressivo. "Se não sabem debater, melhor bloquear ou não falar de
política", afirma Marina, que é eleitora militante, que posta notícias
sobre o governo Dilma e a disputa presidencial com frequência. O telhado
virtual da apresentadora é de vidro, por ser filha do ministro da Fazenda,
Guido Mantega. Tudo o que escreve ganha repercussão e é alvo de críticas
pesadas. Na semana passada, Marina publicou o endereço de um texto ofensivo a
Aécio e, na sequência, deletou a postagem. Já era tarde e ele havia se
espalhado. Ela afirma que se arrependeu do momento "infeliz", mas se
queixa do patrulhamento ideológico e da intolerância de amigos.
O estilista Ronaldo Fraga, um dos principais nomes
da moda brasileira, diz ter sofrido "apedrejamento virtual" ao
declarar voto em Aécio. "Se fala tanto em democracia com o Facebook, mas
não tem democracia nenhuma. A turma de todos os lados, PT e PSDB é da pesada
nas redes sociais", diz o mineiro, que optou por Dilma em 2010.
Para ele, que defende o posicionamento político de
formadores de opinião, o mais "triste" é que as pessoas não querem
trocar ideias, defender argumentos, "apenas fazer agressões".
DEPOIS DA ELEIÇÃO
A produtora cultural Lulu Librandi, eleitora do
PSDB, conta que se desentendeu até com um afilhado de casamento. "Ele
xinga o tempo todo o FHC, nós tucanos. Aí dei umas duras nele. Agora, ele está
tentando falar comigo, mas só depois da eleição."
O também tucano Pedro Zahran Turqueto, 29, diz que
chegou a ter sua conta bloqueada em uma rede social por causa de denúncias
falsas de um "amigo" que divergia de seus comentários políticos.
Fotos suas foram marcadas como sendo de conteúdo impróprio, e ele ficou
temporariamente sem acesso à rede. Advogado e cineasta, ele diz não bloquear
ninguém por causa de política. "E também não apago comentários. O cara que
te agride, ou baixa o nível, está se expondo mais do que você." O clima de
guerra eleitoral na internet levou o Ministério da Justiça a lançar neste mês
uma campanha nas redes sociais para conscientizar os militantes virtuais.
"Não confunda discurso de ódio com liberdade de expressão", diz um
cartaz.
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