Sociedade
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#COMENTÁRIO
Tive a oportunidade de trabalhar com
esse pessoal há tempos atrás, logo no início dessa avalanche de haitianos no
Brasil, em uma empresa. Trata-se realmente de um pessoal muito trabalhador,
falam aos cotovelos, como diriam, riem por qualquer motivo e falam dialetos
rápidos e estranhos. Por essas características, interagem com a maior
facilidade com os brasileiros e são rapidamente aceitos na sociedade à sua
volta. A se lamentar é o não aproveitamento de suas especializações técnicas
ações burocráticas brasileira obrigando a eles a trabalhos de baixa qualificação
e de muito pouca remuneração.
Por se tratar de elementos gabaritados,
disciplinados e de grande disposição para o trabalho, o governo brasileiro
deveria instalar alguns meios para facilitar a habilitação desse pessoal
técnico e superiores formados.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Uma vez que os recebemos, não deveríamos
habilitá-los à trabalhos superiores?
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INGRID FAGUNDEZ - DOUGLAS
GAVRAS - DE SÃO
PAULO - 12/10/2014
Os haitianos se tornaram, no ano passado, o grupo
de imigrantes com maior presença no mercado de trabalho formal brasileiro.
Dados do Ministério do Trabalho obtidos pela Folha
mostram que o número de pessoas dessa nacionalidade no país cresceu 18 vezes
entre 2011 e 2013, chegando a 14,6 mil registrados, ante 12,6 mil portugueses,
o segundo grupo mais representativo.
Com outros estrangeiros, com destaque para cidadãos
de países africanos, formam uma nova geração de imigrantes no Brasil para a
qual o país volta a ser uma "terra da oportunidade".
As chegadas ao país aumentaram após a crise
econômica de 2009, que atingiu os EUA e países da Europa.
Pouco afetado então, o mercado brasileiro surgiu
como uma saída para estrangeiros em busca de emprego. O terremoto de 2010 no
Haiti incrementou esse movimento.
FORMAÇÃO E OCUPAÇÃO
Os haitianos e africanos – grupos que mais
cresceram no Brasil – têm em geral formação inferior à de muitos europeus, mas
não é difícil encontrar entre eles pessoas com cursos técnicos, graduação e
pós-graduação.
Para sair de seus países, eles precisaram pagar
caro por documentos e transporte, o que torna difícil para a classe mais baixa
emigrar.
"Não é qualquer um que tem US$ 3.000 só para
chegar. É caro", diz a camaronesa Mirabel Bejacha, 32.
Formada em antropologia e sociologia, ela tem
pós-graduação em marketing e hoje trabalha como assistente de cozinha em um
bufê.
Como validar os diplomas pode levar anos e custar
milhares de reais em trâmites, imigrantes qualificados como Bejacha acabam em
postos de baixa remuneração.
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor que mais
contrata haitianos é o industrial, seguido pelo de serviços.
O padre Paolo Parise dirige o Centro de Estudos
Migratórios, parte da Missão Paz de São Paulo, que ajuda imigrantes a
conseguirem vagas. Ele diz que, só em agosto, 500 postos foram oferecidos.
"Gostam dos trabalhadores porque são
disciplinados. As pessoas veem potencial."
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