quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Especialista aponta despreparo de médicos e desconhecimento por parte da população


Saúde



Fumacê. Funcionários da PBH aplicaram produto para combater mosquito em casas do Santa Efigênia 


#COMENTÁRIO

Essa é a grande preocupação da população de um modo geral. Devemos incluir nesse despreparo dos profissionais da saúde, o relaxamento natural pela espera, já tão habitual em nós brasileiros. Quanto à população ao contrair a doença, devemos levar em consideração uma mania muito perigosa já incutida nas pessoas que é a automedicação e o achar que podemos resolver por nós mesmos. É de conhecimento de todos que estão já atentos ao problema que a automedicação pode levar a óbitos, principalmente por se tratar de infecção do chikungunya.
Já tivemos exemplos catastróficos de conhecimento público quando da instalação da epidemia de dengue em nossas cidades, principalmente no interior dos estados. Temos que ter em mente que o mesmo mosquito transmissor da dengue, também transmite a febre chikungunya aliado ao seu primo pobre o aedes albopictus.

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte: O Tempo

Leia também:

Estado anuncia força-tarefa para combater mosquito transmissor da febre chikungunya



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#CONVITE

Não acha que devemos nos informar urgentemente sobre este novo problema que está vindo para o próximo verão?

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PUBLICADO EM 15/10/14
ALINE DINIZ
CINTHIA RAMALHO

Despreparo dos profissionais da saúde e desconhecimento por parte da população são alguns dos empecilhos na luta contra a febre chikungunya, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue. A afirmação é do infectologista e coordenador do Comitê de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Eurico Arruda Neto. Nessa segunda, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou o primeiro caso da doença em Minas e admitiu o risco de surto no Estado. Já Neto acredita que os médicos brasileiros ainda não estão preparados para diagnosticar a febre. “Médicos que se formaram há dez anos e trabalham no interior do país nunca ouviram falar em febre chikungunya”, disse.

No Estado, o primeiro caso confirmado é de uma moradora de Matozinhos, na região metropolitana, de 48 anos. Outras cinco suspeitas estão sendo analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), e os resultados dos exames devem sair até o fim desta semana.
A mulher precisou passar por quatro médicos até receber o diagnóstico. O primeiro resultado, dado na rede pública, foi o de uma virose. A paciente chegou a ser medicada com dipirona. A mulher também procurou dois médicos da rede particular. Com muitas dores, ela foi se consultar para conseguir um atestado e somente nesta última tentativa é que um médico da rede pública desconfiou do problema e avisou as autoridades. O infectologista Eurico Neto explica que, como os sintomas são parecidos, a febre pode ser confundida com dengue, e vice-versa. Para pacientes que já têm problemas como artrite reumatoide, o diagnóstico errado pode trazer complicações. A chikungunya também causa dores nas articulações. Se o paciente tiver dengue e o diagnóstico for de chikungunya, o equívoco pode acarretar danos, como o desconhecimento do maior risco de dengue hemorrágica em caso de uma segunda infecção.
O infectologista ainda não concorda com a decisão do Ministério da Saúde de adotar exame clínico e a proximidade com doentes para confirmar um novo caso. O teste laboratorial só será feito onde ainda não há casos originários da doença. A reportagem de O TEMPO esteve em Matozinhos, anteontem, e a maioria dos moradores entrevistados desconhece a febre chikungunya. Apenas funcionários de farmácias e das unidades de saúde sabiam da doença.
A paciente que teve o diagnóstico confirmado pediu para não ser identificada porque teme o modo como será tratada na cidade. “Estou com medo da reação das pessoas, porque elas não estão informadas”, disse. A mulher já quase não sente os sintomas da doença. Segundo ela, restaram apenas dores leves nas articulações.

Histórico

 Apesar de novo no Brasil, o vírus já está presente em outros países como República Dominicana, Haiti, Venezuela, entre outros. Em 2010, os primeiros casos foram identificados no Brasil. O especialista Eurico Neto acredita que quatro anos seriam tempo suficiente para a preparação da rede de saúde. “Acho que toda a rede de laboratórios públicos deveria fornecer o exame”. 

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