Mundo
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Obama: o presidente
prometeu nesta quarta uma resposta muito mais agressiva nos EUA à ameaça
#COMENTÁRIO
São essas reações radicais de vínhamos
falando à tempos atrás. Muitas vozes podem se tornar contrárias por atentarem
ao direito de ir e vir das pessoas e por desrespeitar pessoas que talvez não estivessem
dentro do círculo de riscos. Mas lamentavelmente, situações radicais só se revertem
com atitudes radicais. Quer queiram ou não, a situação é séria e os países
ainda não tomaram consciência do tamanho do problema, consequentemente, não
tomaram providências de proteção de sua população.
É cruel a tomada de decisão de
isolamento, porém ela é necessária e a prova disso são os pequenos vazamentos
de pessoas que se envolveram direta ou indiretamente com a infecção e os
problemas que criaram para a sociedade à sua volta. De casos isolados para
evolução do quadro de infectados é um instante, e então as coisas podem sair do
suposto controle das nações.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Revista
Exame
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#CONVITE
Como você vê a tomada de medidas radicais
para contenção do ebola?
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Larry Downing/Reuters
Washington
O presidente da Câmara de Representantes e outros
legisladores dos Estados Unidos pediram nesta quarta-feira ao governo de Barack Obama que feche o
território americano aos cidadãos dos três países africanos mais afetados pela
epidemia de Ebola.
"Proibir temporariamente que estas pessoas
entrem nos Estados Unidos é algo que o presidente deveria analisar, assim como
outras medidas" que permitam afastar as "dúvidas crescentes"
sobre a segurança dos sistemas de transporte do país, disse o representante
republicano John Boehner.
"Pedimos que considere a suspensão temporária
dos vistos para cidadãos de Libéria, Guiné e Serra Leoa até que esta epidemia
seja controlada", escreveram o presidente da comissão de Segurança
Interna, Michael McCaul, e os cinco presidentes de suas subcomissões, todos
republicanos, em carta dirigida aos secretários de Estado e de Segurança
Interna.
Os legisladores afirmam que a suspensão de parte
dos 13.500 vistos em curso permitiria restabelecer a confiança dos cidadãos no
sistema de saúde americano, debilitada após a contaminação de duas enfermeiras
que trataram do liberiano Thomas Eric Duncan, em um hospital de Dallas.
Obama anulou as viagens que faria nesta
quinta-feira, como ocorreu na véspera, para se dedicar à crise provocada pela
contaminação das enfermeiras nos EUA.
"Os deslocamentos do presidente para Rhode
Island e Nova York foram cancelados", anunciou a Casa Branca.
O presidente prometeu nesta quarta uma resposta
"muito mais agressiva" nos Estados Unidos à ameaça do Ebola e
insistiu em que o risco de uma epidemia séria da febre hemorrágica em solo
americano é baixo.
Depois de uma reunião de crise com altos assessores
na Casa Branca, Obama reforçou a importância de ajudar países africanos a
conter a disseminação do vírus, referindo-se a essa ajuda como "um
investimento em nossa própria saúde pública".
"Se nós não respondermos internacionalmente de
forma eficaz, então poderemos ter problemas".
Participaram da reunião o vice-presidente Joe
Biden, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, a secretária de Saúde e Serviços
Humanos, Sylvia Burwell, e o secretário de Segurança Interna, Jen Johnson,
entre outros membros do alto escalão.
"Essa não é uma situação em que, como no caso
da gripe, os riscos de uma rápida disseminação da doença são iminentes",
frisou Obama, acrescentando ter "apertado as mãos, abraçado e
beijado" enfermeiras que trataram do paciente com Ebola no hospital da
Universidade de Emory, em Atlanta.
"Eles seguiram os protocolos. Sabiam o que
estavam fazendo, e eu me senti totalmente seguro fazendo isso", declarou.
"Estou absolutamente confiante em que nós
podemos evitar uma epidemia séria da doença nos Estados Unidos. A chave para
compreender essa doença é que estes protocolos funcionam", prosseguiu.
Até agora, a epidemia de Ebola matou 4.493 pessoas
de um total de 8.997 casos registrados, sobretudo, na África Ocidental.
Desde o anúncio, no mês passado, de que os Estados
Unidos enviariam pelo menos 3.000 militares ao oeste da África para ajudar a
combater a epidemia, Obama tem criticado repetidas vezes a resposta
internacional à crise sanitária, considerando-a insuficiente.
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