Cotidiano
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Operário em
refinaria da australiana Caltex, em Kurnell; preço do petróleo voltou a cair
#COMENTÁRIO
No meio do alvoroçado mar de notícias
ruins no Brasil, quando surge uma boa é como se acendesse no céu uma nova
estrela... Pois é, parece que por hora, não há motivos para subir o preço do
petróleo no Brasil. Isso é muito bom por que, pode se dizer que é um motivo a
menos para que os preços se elevem por “estas bandas”... Em razão da alta
produção de barris de petróleo, o preço caiu no mercado internacional e isso
desonera nossos compromissos de compra desses barris.
Bom para a economia nacional onde o
governo federal desembolsa menos valores de nossa reserva e economizando, não
tem porque efetuar o aumento dos preços internos como já se pronunciava em
rumores.
Bom para nós que deixaremos de ver os
preços das mercadorias “in natura” e industrializadas se elevando corroendo
nosso “rico dinheirinho”.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
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RAQUEL LANDIM - DE SÃO
PAULO
VALDO CRUZ - DE
BRASÍLIA
15/10/2014
A queda forte do preço do petróleo zerou a
defasagem entre os preços da gasolina e do diesel praticados no Brasil e no
exterior. A notícia é um alívio para a situação financeira da Petrobras e o
governo já cogita não reajustar os combustíveis este ano. "Não faz o menor
sentido, num cenário como o atual, aumentar não só a gasolina como o
diesel", disse um assessor do governo à Folha. Ele pondera, no entanto,
que a decisão final será tomada após as eleições pela presidente Dilma. O
barril de petróleo tipo Brent caiu 4,3% ontem para US$ 85,04 em Londres, o
menor patamar em quatro anos. Desde o fim de 2013, a queda já chega a 23,5%,
derrubando também as cotações dos produtos derivados. A defasagem entre os
preços dos combustíveis no Brasil e no golfo do México, que chegou a 20% em
fevereiro, desapareceu. Cálculo do Itaú BBA aponta que a gasolina está hoje 5%
mais cara que no exterior e o diesel 1%. Esses porcentuais não levam em
consideração o frete, que onera o combustível importado em cerca de 10%. Se
incluído esse custo, a defasagem na gasolina ainda estaria próxima de 7%.
Sem reajustes
"No cenário atual, não há razão para reajuste
dos combustíveis", disse Paula Kowarsky, analista do Itaú BBA. "Um
reajuste seria malvisto, porque vai elevar a inflação à toa", disse Fábio
Silveira, economista da GO Associados.
Segundo assessores da presidente Dilma, a queda do
preço do petróleo é uma notícia positiva para o governo diante do risco de a
inflação estourar o teto da meta. A Petrobras vinha sofrendo muito com essa
diferença de preços local e externo, porque o governo optou por segurar
repasses para não pressionar a inflação. Até agora, a estatal era obrigada a
importar combustível caro e vender com prejuízo. Segundo o CBIE
(Centro Brasileiro de Infraestrutura), a Petrobras perdeu R$ 2,7
bilhões com essas operações desde novembro de 2013, quando ocorreu o último
reajuste da gasolina.
Segundo analistas, a forte queda do preço do
petróleo é consequência da maior produção do produto nos Estados Unidos e da
menor expansão da demanda global desde 2009. A Opep, que reúne os países
produtores de petróleo, resiste em cortar a produção, apesar dos pedidos da
Venezuela. A Arábia Saudita e outros países creem que a queda dos preços é
passageira. Além disso, os investidores estão se antecipando ao aumento de
juros nos EUA e saindo das commodities.
MINÉRIO DE FERRO
Os preços do minério de ferro também recuaram. A
tonelada saiu de US$ 120 no início do ano para US$ 80. Segundo José Carlos
Martins, diretor-executivo de ferrosos da Vale, houve um forte aumento de
produção dos concorrentes na Austrália. Ele diz que as cotações devem se
recuperar, mas não voltarão ao patamar anterior. É uma má notícia para a
balança comercial. "A única saída para o Brasil não perder divisas é
desengavetar projetos, que estão travados por restrições ambientais", diz
Martins.
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