Cotidiano
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#COMENTÁRIO
Está aí uma briga que pode render
prejuízos para muita gente. Um joguetezinho de troca de papéis, solicitações
não solicitadas, no prazo ou fora de prazo e outras “cositas mas”... Nesse blá
blá muito comum para nós brasileiros, a concessão de licença para duas
operadoras de telefonia celular podem ir para o espaço e aí quem “dança” é a
população com chips da Oi e da Tim em seus aparelhos telefônicos.
Muito provavelmente as coisas se
ajeitarão para tudo continue ao normal, porém, temos que fazer primeiro um
circozinho para depois tudo continuar como está... Isto é bem brasileiro...
Vivemos num circo, cheio de circozinhos em seu interior.
Brincadeiras à parte, e é bom deixar as
“barbas de molho”, tudo pode acontecer, vá que resolvem retesar as posições em
discussão, então seus créditos irão “para o espaço” e quem perderá, será
somente você.
Fique esperto e acompanhe o desenrolar
dos acontecimentos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você tem celular com chips Tim ou Oi,
cuide-se.
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
JULIO WIZIACK - SÃO PAULO
- 18/10/2014
Cerca de 100 milhões de clientes de celular do país
que só usam o serviço 2G - um terço dos assinantes de telefonia do país -
correm o risco de ficar sem atendimento caso a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) não se entenda com a TIM e a Oi.
A situação coloca ainda em risco as negociações
entre as duas empresas, que, segundo apurou a Folha, avançam rumo a uma fusão.
As duas teles prestam o 2G (precursor do 3G) pela
faixa de frequência de 1,9 GHz. Frequências são avenidas no ar por onde as
teles fazem trafegar seus sinais. Para usá-las, é preciso uma licença da Anatel
que possui validade.
Antes de vencer esse prazo, a tele é obrigada a
entrar com um pedido de renovação da licença na agência caso tenha interesse em
continuar explorando o serviço.
A Anatel afirma que as duas empresas perderam esse
prazo, um atraso de menos de uma semana. As teles dizem que o cálculo usado
pela agência não está correto e que valeria a data em que entraram com o
pedido.
Resultado: a Anatel decidiu-se por retirar as
licenças das empresas e abrir um chamamento público para possíveis
interessadas.
O problema é que, segundo apurou a Folha, não
haveria tempo hábil para que os clientes das duas operadoras fossem atendidos
por outra empresa até que os procedimentos legais de um chamamento público
fossem seguidos pela agência. As empresas interessadas são, justamente, TIM e
Oi.
Tem saída?
Recomendados pela Procuradoria Especializada, braço
da Advocacia-Geral da União dentro da agência, parte do conselho diretor da
Anatel apoia a retirada das licenças. A preocupação desses conselheiros é que,
eventualmente, o TCU (Tribunal de Contas da União) questione a Anatel caso
aceite os pedidos de renovação.
Para outros, TIM e Oi não agiram de má-fé. Tanto
que entregaram os pedidos de renovação. Portanto, seria melhor aceitar os
pedidos.
Além disso, o TCU também poderia questionar o
chamamento público. Pela legislação, o correto seria abrir nova licitação. E,
nesse caso, o processo seria demorado e não haveria tempo para que os clientes
fossem atendidos por outra empresa.
TIRO
Essa saia justa ficou ainda mais apertada para os
conselheiros porque a Oi, em comunicado ao mercado, informou que não
participaria do leilão do 4G. Disse que já tem frequências que, eventualmente,
poderiam ser usadas para esse serviço. Essa frequência é, justamente, a de 1,9
GHz que, agora, ela corre o risco de perder.
Sem essa frequência, a Oi não só teria a estratégia
de 4G comprometida como perderia valor, ficando enfraquecida nas negociações
com a Telecom Italia, dona da TIM. As duas empresas discutem uma parceria que,
até o momento, avança rumo a uma fusão.
Diante dessa situação, o assunto foi retirado da
pauta de votação da Anatel na semana passada, até que os conselheiros encontrem
uma saída menos dolorosa para as empresas e consumidores.
As empresas não quiseram comentar. A Anatel não
respondeu até o fechamento desta edição.
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