Sociedade
|
#COMENTÁRIO
Estamos vendo uma reedição das marchas
de protesto de junho de dois mil e treze, onde o objetivo inicial era um e
transformou-se posteriormente em outra coisa ao seu final?
Novamente se vê a pluralidade de reivindicações em pauta nos gritos de ordem e
nas entrevistas dos participantes. Vê-se também a presença de bandeiras usadas
na campanha eleitoral, conforme o tipo de reivindicação, uma bandeira é
apresentada. Diferentemente da Marcha dos Vinte Centavos, não se sente a
presença dos fatídicos Mascarados Black Blocs e aparentemente os manifestantes
são pacíficos, sem destruírem bens públicos. Por enquanto não houve conflitos
com a polícia.
O fato mais marcante é o total
desinteresse pelas mídias faladas e televisivas, havendo somente ampla
cobertura e divulgação através das redes sociais, que possivelmente tenham sido
o veículo de união e aceleração do processo em andamento.
Como ainda tudo é muito confuso,
devemos aguardar as próximas manifestações, se elas ocorrerem, para podermos
definir os reais motivos e objetivos dessas manifestações, se elas tomarão corpo
e passarão a ser um ato reivindicatório expressivo ou se transformarão em
apenas atos isolados e sem gerência, que se esvaziam pela falta de objetividade
como aconteceu em junho de dois mil e treze.
#Disse
Carlos Leonardo
#CONVITE
Como você vê este novo movimento
reivindicatório que está acontecendo?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
GUSTAVO URIBE - DE SÃO
PAULO - 01/11/2014
"Boa tarde, reaças", cumprimentou ao
microfone o empresário Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo
PSC neste ano no Paraná. "É inegável que o PT constrói uma ditadura no país",
acrescentou, sob fortes aplausos.
Ele discursava a favor do impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT) em ato convocado por meio das redes sociais e que teve
adesão, na internet, de 100 mil pessoas. A caminhada teve início em frente ao
MASP (Museu de Arte de São Paulo), por volta das 14h, e chegou a reunir 2.500
manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar.
Por volta das 16h30, os manifestantes já haviam
deixado a avenida Paulista e tomado a avenida Brigadeiro Luís Antônio, pela
qual caminharam em direção ao parque Ibirapuera.
Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o
cantor Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou
que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país.
"Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone.
A caminhada é marcada também por provocações entre
simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores
de prédios da região estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeira da
campanha à reeleição da presidente.
"Vai para Cuba", gritaram os
manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida.
No evento, além de pedirem a saída da petista,
parte dos manifestantes defende um novo golpe militar no país.
"É necessário a volta do militarismo. O que
vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o
investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido
"SOS Forças Armadas".
Com cartazes e faixas, os indignados acusaram o
resultado das eleições deste ano de ser a "maior fraude da história"
e o PT de ser "o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela
[presidente], o Brasil não é a Venezuela", gritaram.
"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
José Dias Toffoli, é um estagiário do PT", acusou Paulo Martins.
Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo
Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi
apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito
pelo Brasil".
Em discurso, o parlamentar disse que se seu pai
fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente.
Segundo ele, Jair Bolsonaro será candidato em 2018 "mesmo que tenha de
mudar de partido".
"Eu voto no Marcola, mas não voto na Dilma,
porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em referência a Marcos
Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da facção criminosa PCC.
A manifestação é acompanhada pela Polícia Militar e
pela chamada "Tropa do Braço", escalada para eventos de rua.
Entre as bandeiras carregadas no protesto, estão a
do Brasil, a do Estado de São Paulo e da campanha do candidato derrotado do
PSDB à Presidência, Aécio Neves.
CONTRA ALCKMIN
Também neste sábado, manifestantes realizaram protestos
no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, contra a crise de
água no Estado.
Cerca de 300 pessoas se reúnem em uma manifestação
contra a crise de água no Estado. Neste momento, estão na rua Sumidouro, onde
protestam em frente à Sabesp.
O ato "Alckmin, cadê a água?" começou por
volta das 15 h com cerca de 200 pessoas que se concentraram ao lado da entrada
da estação Faria Lima, da linha 4-amarela do metrô.
Os manifestantes começaram a marcha ocupando a
avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido Pinheiros.
O ato reúne jovens e integrantes de movimentos de
esquerda como o Juntos, do PSOL, militantes do PSTU, do Território Livre, do
Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da Anel (Assembleia Nacional de
Estudantes-Livre), entre outros.
Eles criticam a postura do governo de Geraldo
Alckmin em relação à gestão da crise da água no Estado.
"Alckmin privatizou a Sabesp e acabou com a
nossa água. Viemos aqui na Sabesp dar um recado: se a água acabar, SP vai
parar. Vamos devolver o volume morto pra eles e pressionar a Dilma [Pena,
presidente da Sabesp] tucana a entregar nossa água" disse Thiago Aguiar,
do Juntos, movimento estudantil ligado ao PSOL.
Os manifestantes carregam cartazes e bandeiras. Uma
das faixas diz: "Alckmin molhou a mão do banqueiro e secou a
Cantareira". Em outras, defendem a estatização da Sabesp. Também cantam
versos de protesto, como "a Sabesp só dá lucro pro patrão e falta água na
casa do peão".
"Esse ato é da juventude e dos trabalhadores
unidos que não se conformam com a falsa polarização de PT e PSDB. As mentiras
de Alckmin são tão sórdidas quanto as de Dilma", disse um manifestante que
não quis se identificar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual a sua opinião sobre isso?