segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ato em São Paulo pede impeachment de Dilma e intervenção militar


Sociedade
  




#COMENTÁRIO

Estamos vendo uma reedição das marchas de protesto de junho de dois mil e treze, onde o objetivo inicial era um e transformou-se posteriormente em outra coisa ao seu final? Novamente se vê a pluralidade de reivindicações em pauta nos gritos de ordem e nas entrevistas dos participantes. Vê-se também a presença de bandeiras usadas na campanha eleitoral, conforme o tipo de reivindicação, uma bandeira é apresentada. Diferentemente da Marcha dos Vinte Centavos, não se sente a presença dos fatídicos Mascarados Black Blocs e aparentemente os manifestantes são pacíficos, sem destruírem bens públicos. Por enquanto não houve conflitos com a polícia.
O fato mais marcante é o total desinteresse pelas mídias faladas e televisivas, havendo somente ampla cobertura e divulgação através das redes sociais, que possivelmente tenham sido o veículo de união e aceleração do processo em andamento.
Como ainda tudo é muito confuso, devemos aguardar as próximas manifestações, se elas ocorrerem, para podermos definir os reais motivos e objetivos dessas manifestações, se elas tomarão corpo e passarão a ser um ato reivindicatório expressivo ou se transformarão em apenas atos isolados e sem gerência, que se esvaziam pela falta de objetividade como aconteceu em junho de dois mil e treze.

#Disse

Carlos Leonardo


#CONVITE

Como você vê este novo movimento reivindicatório que está acontecendo?

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 Protesto contra crise da água reúne manifestantes em Pinheiros



GUSTAVO URIBE - DE SÃO PAULO - 01/11/2014  

"Boa tarde, reaças", cumprimentou ao microfone o empresário Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo PSC neste ano no Paraná. "É inegável que o PT constrói uma ditadura no país", acrescentou, sob fortes aplausos.
Ele discursava a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em ato convocado por meio das redes sociais e que teve adesão, na internet, de 100 mil pessoas. A caminhada teve início em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), por volta das 14h, e chegou a reunir 2.500 manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar.
Por volta das 16h30, os manifestantes já haviam deixado a avenida Paulista e tomado a avenida Brigadeiro Luís Antônio, pela qual caminharam em direção ao parque Ibirapuera.
Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone.
A caminhada é marcada também por provocações entre simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores de prédios da região estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeira da campanha à reeleição da presidente.
"Vai para Cuba", gritaram os manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida.
No evento, além de pedirem a saída da petista, parte dos manifestantes defende um novo golpe militar no país.
"É necessário a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido "SOS Forças Armadas".
Com cartazes e faixas, os indignados acusaram o resultado das eleições deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser "o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil não é a Venezuela", gritaram.
"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Dias Toffoli, é um estagiário do PT", acusou Paulo Martins.
Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".
Em discurso, o parlamentar disse que se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente. Segundo ele, Jair Bolsonaro será candidato em 2018 "mesmo que tenha de mudar de partido".
"Eu voto no Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em referência a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da facção criminosa PCC.
A manifestação é acompanhada pela Polícia Militar e pela chamada "Tropa do Braço", escalada para eventos de rua.
Entre as bandeiras carregadas no protesto, estão a do Brasil, a do Estado de São Paulo e da campanha do candidato derrotado do PSDB à Presidência, Aécio Neves.

CONTRA ALCKMIN
Também neste sábado, manifestantes realizaram protestos no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, contra a crise de água no Estado.
Cerca de 300 pessoas se reúnem em uma manifestação contra a crise de água no Estado. Neste momento, estão na rua Sumidouro, onde protestam em frente à Sabesp.
O ato "Alckmin, cadê a água?" começou por volta das 15 h com cerca de 200 pessoas que se concentraram ao lado da entrada da estação Faria Lima, da linha 4-amarela do metrô.
Os manifestantes começaram a marcha ocupando a avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido Pinheiros.
O ato reúne jovens e integrantes de movimentos de esquerda como o Juntos, do PSOL, militantes do PSTU, do Território Livre, do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da Anel (Assembleia Nacional de Estudantes-Livre), entre outros.
Eles criticam a postura do governo de Geraldo Alckmin em relação à gestão da crise da água no Estado.
"Alckmin privatizou a Sabesp e acabou com a nossa água. Viemos aqui na Sabesp dar um recado: se a água acabar, SP vai parar. Vamos devolver o volume morto pra eles e pressionar a Dilma [Pena, presidente da Sabesp] tucana a entregar nossa água" disse Thiago Aguiar, do Juntos, movimento estudantil ligado ao PSOL.
Os manifestantes carregam cartazes e bandeiras. Uma das faixas diz: "Alckmin molhou a mão do banqueiro e secou a Cantareira". Em outras, defendem a estatização da Sabesp. Também cantam versos de protesto, como "a Sabesp só dá lucro pro patrão e falta água na casa do peão".
"Esse ato é da juventude e dos trabalhadores unidos que não se conformam com a falsa polarização de PT e PSDB. As mentiras de Alckmin são tão sórdidas quanto as de Dilma", disse um manifestante que não quis se identificar. 


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