Política
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MPF pede que cubanos do Mais Médicos recebam seus
salários diretamente do governo brasileiro
#COMENTÁRIO
Nada mais que justa essa tomada de
posição do MPF, apesar de questionável, a presença dos médicos cubanos no
Brasil, trouxe muitos benefícios à população que se via alijada de atendimentos
por causa de atitudes mercenárias de médicos brasileiros não convertidos à
promessa de atender aos necessitados. Na outra ponta da estória, está a forma
de pagamento desses médicos cubanos; fala-se e ninguém tem certeza disso, que
as remunerações desses médicos pela prestação de serviços é de uma parte em
mãos para sua manutenção e outra depositada em nome do mesmo, como uma
poupança, mas lá em Cuba. Desses Dez mil reais pagos a cada médico, ninguém
sabe os percentuais repassados, uma vez que nesse meio participam a OPAS e o
próprio governo cubano.
O MPF posiciona-se a favor do pagamento
direto aos médicos e isso é muito justo. Se eles se dispuseram a fazer o
serviço que médicos brasileiros se recusam a fazer, irem a lugares extremamente
pobres que não enriquece ninguém, atender pacientes de graça à troca de
galinhas e cestas de verduras... Sim, eles merecem receber integralmente seus
salários contratados! O Brasil não pode e não quer fazer o que eles fazem pelo
Brasil!
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: O
Globo
#CONVITE
O pagamento desses médicos não deveriam
serem feitos diretamente?
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Maior parte do valor é retida pelo governo cubano,
o que pode levar a prejuízos incalculáveis, diz ministério
ANDRÉ
DE SOUZA - 03/11/2014
BRASÍLIA — O Ministério Público Federal (MPF) quer
que os profissionais cubanos participantes do programa Mais Médicos recebam
diretamente, sem intermediação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ou
do governo de Cuba, os R$ 10 mil mensais a que têm direito. O pedido foi feito
pela Procuradoria da República no Distrito Federal em dois pareceres
encaminhados à Justiça Federal. Hoje, o governo cubano retém a maior parte
desse valor e, por isso, os médicos da ilha ganham menos do que os
profissionais de outros países. O MPF entende também que o acordo “arrisca o
erário a prejuízos até então incalculáveis”, uma vez que o governo brasileiro
não sabe como os recursos são efetivamente gastos depois de repassá-los à OPAS.
Os pareceres são de outubro, mas seu teor foi
divulgado apenas nesta segunda-feira. Um deles se refere a uma ação civil
pública movida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), um dos maiores
opositores ao programa. A ação do CFM é mais ampla, e contesta, entre outros
pontos, a falta de garantias trabalhistas e a forma como o convênio com Cuba,
intermediado pela OPAS, foi feito. Mas a procuradora Luciana Loureiro entende
que, nessa ação, cabe apenas questionar a forma como os valores são repassados
para os médicos cubanos. Ela inclusive defende os benefícios que a vinda desses
médicos pode trazer ao Brasil. A procuradora destaca que correm no Supremo
Tribunal Federal (STF) outras ações questionando a constitucionalidade do
programa.
O MPF destaca que cerca de R$ 510 milhões foram
gastos para trazer médicos de Cuba apenas em 2013. Mas o próprio governo, em
documentos encaminhados à Justiça, admitiu não saber os termos do acordo entre
a OPAS e o governo cubano, e entre o governo cubano e os seus médicos. Haveria
assim, na opinião da procuradora, um descontrole sobre o que é feito com o
dinheiro público. Segundo ela, quando questionado sobre isso na Justiça, o
governo informou ter solicitado tais documentos à OPAS, mas a organização teria
se recusado a repassá-los, alegando cláusula de confidencialidade.
“Malgrado a importância da motivação e das
finalidades do Programa Mais Médicos para o Brasil, além das inegáveis
contribuições que os médicos da ilha de Cuba podem trazer para o
desenvolvimento e o aprimoramento das ações do Sistema Único de Saúde, entendemos
que a viabilização da vinda de tais profissionais cubanos, nos termos em que
pactuados com a OPAS, se mostra francamente ilegal e arrisca o erário a
prejuízos até então incalculáveis, exatamente por não se conhecer o destino
efetivo dos recursos públicos brasileiros empregados no citado acordo”, diz a
procuradora no parecer da ação movida pelo CFM.
O outro parecer, também da procuradora Luciana
Loureiro, diz respeito a uma ação popular movida pelo advogado Plínio Gustavo
Prado Garcia e tem teor semelhante. O parecer é do dia 14 de outubro, mas, oito
dias depois, o juiz deu sentença extinguindo o processo.
O programa Mais Médicos trouxe 14.462 profissionais
ao Brasil, dos quais quase 80% são cubanos. Segundo o Ministério da Saúde, eles
atendem 50 milhões de pessoas em 3.750 municípios.
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