sábado, 15 de novembro de 2014

Estupro comprovado terá punição, afirma diretor de faculdade da USP


Sociedade



#COMENTÁRIO

E a FMUSP outra vez. Desta vez nas palavras de seu Diretor, Sr. José Otávio, que se pronunciou afirmando que todos os casos (de estupro) que chegaram oficialmente, serão apurados com promessas de punição aos agressores e apoio às vítimas. Ora já existe um inquérito policial, um processo tramitando na justiça e ele ainda vai fazer uma terceira apuração para se chegar à conclusão que deve punir os envolvidos?
O mundo está desabando à sua volta, a universidade, que é sua responsabilidade está passando ao mundo uma imagem de bordel estudantil, onde tudo vale, inclusive até vidas são ceifadas em suas farras, onde um grupo de veteranos em nome de uma sociedade secreta faz e desfaz nas suas cercanias.
Completamente alienada a tudo o que acontece à sua volta, a administração da universidade mostra-se completamente perdida e sem reação, neste instante em que acontecimentos estão florescendo na mídia. A sociedade está se revoltando com os acontecimentos da Faculdade de Medicina, já não é possível ficar apresentando justificativas e soluções paliativas e de pouca força administrativa.
Com a oficialização dos números da expressiva presença de alunos de classe média alta em seu contingente e a consequente assimilação do custeio público da universidade pública, leva a sociedade a apertar o cerco de acompanhamento de como as coisas andam em seus domínios. Precisa-se urgente de ações drásticas para conter essa onde de desmandos e desorganização da universidade.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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NATÁLIA CANCIAN - CLÁUDIA COLLUCCI - DE SÃO PAULO - 15/11/2014

Em meio a denúncias de estupro em festas na Faculdade de Medicina da USP, o diretor da instituição, José Otávio Costa Auler Jr., disse que todos os casos que "chegaram oficialmente" à unidade serão apurados e prometeu medidas de apoio às vítimas e punição aos agressores. "Fazemos questão que tudo seja apurado e os culpados, punidos. Estamos abertos a receber cada uma das vítimas e apoiá-las", afirmou à Folha -ele aceitou dar entrevista somente por e-mail. É a primeira vez que Auler Jr. concede entrevista após três alunas relatarem, na Assembleia Legislativa, terem sido vítimas de estupros em festas dentro do campus. Elas também disseram que sofreram pressão para "não manchar a imagem da instituição". Auler Jr. nega que as denúncias tenham sido abafadas e diz que a faculdade, "em nenhum momento, procurou ocultar qualquer problema". "Proteger as vítimas é nossa prioridade. Se alguma coisa mancha a imagem da instituição é que casos de violência ocorram no campus." O diretor disse que espera a conclusão de sindicâncias antes de tomar medidas. "Até que isso aconteça, não podemos realizar nenhuma punição. Mas, se ficar comprovado que algum aluno abusou, estuprou ou cometeu alguma outra falha grave, será punido. Em último caso poderá até ser expulso."
Em um dos casos, uma aluna alega ter sido estuprada por um funcionário terceirizado numa festa em 2011. Uma sindicância sobre o caso foi aberta só em 2013. Questionado, Auler Jr. negou demora na apuração e disse que a direção não tinha sido informada oficialmente. "Todos os casos que chegaram ao nosso conhecimento foram objeto de apuração. O ritual das sindicâncias leva mesmo alguns meses, como em investigações normais, umas vez que todas as partes precisam ser ouvidas. Mas ficamos impossibilitados de apurar casos que não chegaram a nós por nenhum dos mecanismos existentes." O número de casos investigados não foi informado. Para combater o problema, o diretor afirma que a faculdade planeja instalar mais câmeras e adotar regras para o consumo de bebidas alcoólicas em festas no campus, além de realizar campanhas de conscientização. Outra aposta é um centro de apoio às vítimas, anunciado na quarta (12). A previsão é que o espaço comece a funcionar em até 40 dias. Para Auler, a medida "dará agilidade" às investigações. "Ele é pioneiro e acreditamos que possa ser adotado em outras faculdades no país. Sabemos que este não é um problema restrito à faculdade."

Os abusos geraram reações na USP. Funcionários iniciaram campanha com cartazes de repúdio. Nesta sexta (14), profissionais do Departamento de Medicina Preventiva divulgaram nota de indignação. Na quinta (13), o professor Paulo Saldiva, presidente de uma comissão que apura os casos, anunciou seu afastamento da instituição por estar "cansado de engolir sapo". 

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