Sociedade
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#COMENTÁRIO
E a FMUSP outra vez. Desta vez nas
palavras de seu Diretor, Sr. José Otávio, que se pronunciou afirmando que todos
os casos (de estupro) que chegaram oficialmente, serão apurados com promessas
de punição aos agressores e apoio às vítimas. Ora já existe um inquérito
policial, um processo tramitando na justiça e ele ainda vai fazer uma terceira
apuração para se chegar à conclusão que deve punir os envolvidos?
O mundo está desabando à sua volta, a
universidade, que é sua responsabilidade está passando ao mundo uma imagem de bordel
estudantil, onde tudo vale, inclusive até vidas são ceifadas em suas farras,
onde um grupo de veteranos em nome de uma sociedade secreta faz e desfaz nas suas
cercanias.
Completamente alienada a tudo o que
acontece à sua volta, a administração da universidade mostra-se completamente
perdida e sem reação, neste instante em que acontecimentos estão florescendo na
mídia. A sociedade está se revoltando com os acontecimentos da Faculdade de
Medicina, já não é possível ficar apresentando justificativas e soluções
paliativas e de pouca força administrativa.
Com a oficialização dos números da expressiva
presença de alunos de classe média alta em seu contingente e a consequente
assimilação do custeio público da universidade pública, leva a sociedade a
apertar o cerco de acompanhamento de como as coisas andam em seus domínios.
Precisa-se urgente de ações drásticas para conter essa onde de desmandos e
desorganização da universidade.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
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NATÁLIA CANCIAN - CLÁUDIA
COLLUCCI - DE SÃO PAULO - 15/11/2014
Em meio a denúncias de estupro em festas na
Faculdade de Medicina da USP, o diretor da instituição, José Otávio Costa Auler
Jr., disse que todos os casos que "chegaram oficialmente" à unidade
serão apurados e prometeu medidas de apoio às vítimas e punição aos agressores.
"Fazemos questão que tudo seja apurado e os culpados, punidos. Estamos
abertos a receber cada uma das vítimas e apoiá-las", afirmou à Folha -ele
aceitou dar entrevista somente por e-mail. É a primeira vez que Auler Jr.
concede entrevista após três alunas relatarem, na Assembleia Legislativa, terem
sido vítimas de estupros em festas dentro do campus. Elas também disseram que
sofreram pressão para "não manchar a imagem da instituição". Auler
Jr. nega que as denúncias tenham sido abafadas e diz que a faculdade, "em
nenhum momento, procurou ocultar qualquer problema". "Proteger as
vítimas é nossa prioridade. Se alguma coisa mancha a imagem da instituição é
que casos de violência ocorram no campus." O diretor disse que espera a
conclusão de sindicâncias antes de tomar medidas. "Até que isso aconteça,
não podemos realizar nenhuma punição. Mas, se ficar comprovado que algum aluno
abusou, estuprou ou cometeu alguma outra falha grave, será punido. Em último
caso poderá até ser expulso."
Em um dos casos, uma aluna alega ter sido estuprada
por um funcionário terceirizado numa festa em 2011. Uma sindicância sobre o
caso foi aberta só em 2013. Questionado, Auler Jr. negou demora na apuração e
disse que a direção não tinha sido informada oficialmente. "Todos os casos
que chegaram ao nosso conhecimento foram objeto de apuração. O ritual das
sindicâncias leva mesmo alguns meses, como em investigações normais, umas vez
que todas as partes precisam ser ouvidas. Mas ficamos impossibilitados de
apurar casos que não chegaram a nós por nenhum dos mecanismos existentes."
O número de casos investigados não foi informado. Para combater o problema, o
diretor afirma que a faculdade planeja instalar mais câmeras e adotar regras
para o consumo de bebidas alcoólicas em festas no campus, além de realizar
campanhas de conscientização. Outra aposta é um centro de apoio às vítimas,
anunciado na quarta (12). A previsão é que o espaço comece a funcionar em até
40 dias. Para Auler, a medida "dará agilidade" às investigações. "Ele
é pioneiro e acreditamos que possa ser adotado em outras faculdades no país.
Sabemos que este não é um problema restrito à faculdade."
Os abusos geraram reações na USP. Funcionários
iniciaram campanha com cartazes de repúdio. Nesta sexta (14), profissionais do
Departamento de Medicina Preventiva divulgaram nota de indignação. Na quinta
(13), o professor Paulo Saldiva, presidente de uma comissão que apura os casos,
anunciou seu afastamento da instituição por estar "cansado de engolir
sapo".
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