terça-feira, 25 de novembro de 2014

Veja como infiéis justificam suas puladas de cerca

Cotidiano

 




#COMENTÁRIO

Mil justificativas, mil problemas, mil dores de cabeça para o resto da vida! É, é isso que se ganha numa escapadinha, num segundo de vacilada e um “affair”. O parceiro do dia a dia nunca mais será o mesmo, por mais que diga perdoar. Muitos não admitem a situação, mas não há ninguém que não tenha passado por uma situação de “saia justa” para se safar. Há ainda muitos que procuram por aventura, por gostar de viver em perigo, por um instante de prazer com ares diferentes. Mas, independente do modo que ocorreu a traição, os efeitos são eternos, transpassam nossa própria existência. Se não houver acusações posteriores por terceiros ou mesmo do próprio parceiro, sempre irá existir uma sensação de “mea culpa” em nosso íntimo.
Podemos admitir todas as desculpas do mundo, mas sempre vamos-nos lembrar de uma promessa dita publicamente ou não, de uma jura de fidelidade, que quebramos e isso nos faz sentirmos muito mal perante o nosso eterno cúmplice amoroso.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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JULIANA VINES - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - 25/11/2014

Esqueça a máxima "quem ama não trai". Há outras razões por trás da infidelidade que vão além da falta de amor, de acordo com John Gottman, terapeuta americano e autor do recém-lançado "O que Faz o Amor Durar?" (Fontanar, 248 págs., R$ 29,90).
Na obra, Gottman, que é professor da Universidade de Washington, discute as causas da infidelidade baseado em 40 anos de experiência com terapias de casais.
A traição é previsível, diz. Os principais motivos seriam a solidão, a perda da confiança e a sensação de que não pode contar com o parceiro.
"A maioria das pessoas trai em busca de um amigo, não de sexo. Querem ser valorizadas quando estão solitárias."
Não é bem isso que os infiéis dizem. Um levantamento com 8.840 usuários do site de traição Ashley Madison no Brasil revelou que 37% dos homens e 25% das mulheres dizem trair por falta de sexo.
Fernanda (todos os nomes foram trocados), 29, advogada, é casada há quatro anos e trai o marido desde o segundo ano do casamento. "Meu marido viaja muito a trabalho e eu fico em casa. No começo tentava 'me virar sozinha', mas não nasci para isso."
"Já saí com quatro homens que conheci em um site de traição. É só desejo sexual."
Renata, 35, dona de casa, é casada há 13 anos e trai regularmente, desde sempre. Segundo ela, por prazer.
"Gosto da sensação de variar de parceiros e do desafio da sedução. Mas amo muito meu marido, ele é o homem mais incrível que eu conheço. Não penso em me separar, somos felizes juntos."
Para a terapeuta colombiana Pilar Jaramillo, que relata casos reais de infiéis no livro "Infidelidad" (sem edição no Brasil), esses motivos não passam de desculpas.
"Eles sempre culpam o parceiro, a falta de sexo, o tédio. Mas nessa busca pelo prazer muitos encontram a dor."

AMOR E SEXO
A psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da USP, conduziu uma pesquisa sobre sexo com 8.200 brasileiros. Além de concluir que a maioria dos homens já traiu alguma vez (de 65% a 70% do total), o estudo mostrou que dois terços deles diferenciam afeto de sexo.
Já a maior parte das mulheres acha que as duas coisas são indissociáveis. Elas também dizem trair menos – o número variou de acordo com a faixa etária; de 18 a 25 anos, 48,9% admitiram ter traído.
"Entre aqueles que separam afeto de sexo é comum a ideia de que não traíram – afinal, não estão envolvidos."
Entre aqueles que separam sexo de amor, uma justificativa frequente é que simplesmente surgiu uma oportunidade irresistível. Pelo menos é o que disseram 41,4% dos usuários do site de traição Second Love que participaram de uma pesquisa on-line sobre o tema.
Rafael, 28, professor, afirma ter traído a ex-namorada por um deslize. "Fui a uma festa sozinho com meus amigos, não tinha planejado nada, mas acabei bebendo demais e traí."
Ele se arrependeu e terminou contando para a ex-namorada, que o perdoou. O acontecimento serviu de lição. Há um ano comprometido, ele continua saindo sozinho com os amigos, mas garante que nem pensa em trair.
"Eu me controlo e não dou espaço para outras mulheres", garante.
De acordo com o psicólogo Ailton Amélio, professor da USP, a traição tende a não compensar no longo prazo.
"Trair é excitante, faz bem para o ego. Se fosse ruim, ninguém trairia. O problema é que ficar enganando o outro por muito tempo é degradante demais." 




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