Cotidiano
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#COMENTÁRIO
Não é meio estranho o governo não consiga
levantar os valores gerais de processos tão grandes como a fabricação e reforma
de trens do Metropolitano de São Paulo e CPTM? O volume de verba utilizada na
execução dessas obras é algo que nos foge (nós pobres mortais assalariados) a
concepção natural de quantidade de dinheiro.
Como um montante desses pode não ter
documentação comprobatória necessária para recompor a destinação das verbas
utilizadas? Como não se sabe o que foi pago e como foi pago e para quem? As
empresas contratadas para os serviços são de conhecimento geral, a saída de
verbas federais e de estado para cumprimento ao contrato não havia controle,
uma simples planilha, sequer? O que fazia um batalhão de assessores e auditores
técnicos do quadro de funcionários do estado e do município paulista que não
contabilizaram uma saída monstruosa de dinheiro dos cofres do estado?
Será que a ação de indenização por
prejuízos causados ao erário do estado não foi um “tiro no pé” e uma
precipitação com a intenção de desviar as atenções para outro foco? E agora?
Como podemos pedir indenização por prejuízos a um montante que nós próprios
desconhecemos? Tem algo aí...
#Disse
Carlos Leonardo
#CONVITEAPROSA
Não tem algo estranho nessa estória?
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FLÁVIO FERREIRA - DE SÃO PAULO - 14/01/2015
Após quase um ano
e meio, a Justiça de São Paulo abriu a ação de indenização pedida pelo
governador Geraldo Alckmin (PSDB) contra as empresas acusadas de formação de
cartel e fraude em licitações de trens entre 1998 e 2008, em gestões do PSDB.
A juíza Celina
Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda da capital, recuou da decisão de exigir que o
Executivo paulista indicasse o valor dos prejuízos causados aos cofres
estaduais e apresentasse alegações mais precisas sobre a ação fraudulenta das
firmas.
Em despachos
anteriores, ela havia requerido essas informações afirmando que a descrição
genérica dos fatos poderia prejudicar a defesa das acusadas e levar à recusa da
petição inicial do governo.
Com a ação, 15
empresas passam à condição de rés: Siemens, Siemens AG (Alemanha), Alstom
Brasil, Alstom Transport (França), CAF do Brasil, CAF (Espanha), Bombardier,
Tejofran, Mitsui, TTrans, Temoinsa, MGE, Balfour Beatty, Iesa e MPE.
Quando protocolou
o pedido de ação, em agosto de 2013, em meio à repercussão do surgimento do
caso do cartel dos trens, o governo Alckmin acusou só a Siemens, empresa que
havia feito uma delação premiada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica). Alegou que, pela complexidade do caso, seria impossível calcular
prejuízos. E requisitou à Justiça que o cálculo fosse feito ao fim da causa.
Convocado a atuar
no processo, o Ministério Público qualificou a ação de Alckmin de
"apressada". Os promotores José Carlos Blat e Silvio Marques
apontaram ainda as omissões sobre as demais empresas e sobre o valor dos danos,
entre outros problemas. A Justiça concordou e determinou que o governo
corrigisse os problemas.
O Executivo
incluiu então mais 13 empresas na causa. Mas deixou de indicar o prejuízo
resultante das fraudes.
Em abril do ano
passado, a magistrada mandou novamente o governo apontar quanto as acusadas
deveriam devolver ao erário. E advertiu: "A genérica descrição de fatos,
além de cercear a defesa da parte, pode ensejar a inépcia da [petição]
inicial". Ante a insistência do governo em não apresentar o cálculo dos
danos em novas petições, a juíza acabou aceitando a argumentação da gestão
estadual em despacho da última quinta-feira (8).
A juíza, porém,
ressaltou que as manifestações apresentadas pelo governo ainda não levaram ao
detalhamento ideal sobre as fraudes. "Frise-se que a forma genérica de
descrição persiste nas emendas, quiçá diante da dificuldade de quantificação do
dano e da participação exata de cada réu incluído no polo passivo, porém, não a
ponto de propiciar o indeferimento da inicial", escreveu. Comunicadas
oficialmente sobre a ação, as firmas terão prazo para suas defesas.
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