Cotidiano
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#COMENTÁRIO
Frases:
- Sábia era minha avó que há muito tempo
já me dizia: “Vai tomar banho moleque... você já está fedendo e vai começar a
juntar mosquitos...”
- Só não mato você porque agora é meu
irmão de sangue!
- Noé tinha que ser tão obediente? Não
podia ter esquecido do casal de pernilongos?
Brincadeiras à parte, mas tudo o que
avançamos em termos de sanitarismo parece estarmos andando a ré... Parece que todas
as pragas e doenças transmitidas, em extinção ou já extintas estão lentamente
retornando ao nosso convívio.
Devagar vamos vendo o serviço de
médicos e cientistas sanitaristas ao longo dos anos serem diluídos e eliminados
por uma população que está relaxando com metodologias de nossos avós para
inibição dessas pragas que nos trazem somente doenças.
Conhecimentos transmitidos de pais para
filhos, hoje são ignorados. O desconhecimento e o não comprometimento da
sociedade com procedimentos básicos de sanitarismo, que acha por bem deixar sob
a responsabilidade de entidades governamentais também não muito preocupadas em
se precaver, a anteceder aos acontecimentos, atiram sobre nossas cabeças as
mazelas do descaso geral.
À medida que a população cresce, os
problemas se avolumam e tomam um corpo tão grande que abrange omissos e
lutadores na guerra da falta de educação sanitária...
E vamos nós brigando com pernilongos,
dengue, chikungunya, leptospirose, chagas, tifo e uma infinidade mais de
doenças e transmissores... Nesse País que cresce à ré.
Arre... vamos continuar reclamando,
reclamando... Não é assim?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITEAPROSA
Que você acha de nos conscientizarmos que limpeza e vigilância só nos
fazem bem?
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GABRIEL ALVES - DE SÃO PAULO - 11/01/2015
Eles não são
vampiros, mas vêm de noite em busca de sangue. Conhecidos como pernilongos,
mosquitos do gênero Culex - que atacam principalmente no verão
- escolhem suas vítimas pelo cheiro.
Só as fêmeas
picam. Quem tem um metabolismo mais acelerado está mais sujeito às picadas.
Isso porque as pernilongas rastreiam no ar o CO2 e o ácido lático - substâncias
geralmente produzidas em maior quantidade por essas pessoas ou após grande
esforço físico.
Os mosquitos têm
proteínas em suas antenas que funcionam como receptores de "cheiro",
explica Paulo Ribolla, biólogo e professor do Instituto de Biociências de
Botucatu, da Unesp. Além disso, a atração que os pernilongos têm por alguma
pessoa em especial pode estar relacionada à flora de bactérias e fungos
presentes na pele.
Pior do que a
picada do pernilongo é o ardor e a coceira no local. Essas sensações decorrem
da reação alérgica que o organismo produz às substâncias presentes na saliva do
bicho. Como em todos os casos de resposta alérgica, algumas pessoas são mais
sensíveis do que as outras.
Ou seja, além de
existirem pessoas que atraem menos os pernilongos, há gente que é mordida, mas
nem nota.
Não há muito como
mudar, via alimentação, a atratividade que se exerce aos pernilongos. Um mito
popular aponta que comer alho poderia ajudar, pelo cheiro exalado, a espantar
os mosquitos (e talvez também outras pessoas).
Segundo a
pesquisadora Maria Anice Sallum, bióloga e professora da Faculdade de Saúde
Pública da USP, a quantidade de alho ingerida para que criar esse efeito teria
de ser gigantesca.
Segundo Sallum, o
mesmo vale para frutas e doces - que poderiam atrair os bichos. A ingestão não
altera o comportamento deles.
A espécie mais
comum de pernilongos, Culex quinquefasciatus, está presente em todo
o mundo, especialmente na região tropical. Em uma cidade como São Paulo,
consegue viver e se reproduzir o ano todo, mas, com o calor e a umidade mais
alta no verão, a população aumenta muito.
As fêmeas, para
gerar ovos saudáveis, precisam de sangue. Elas não são muito exigentes - pode
ser sangue de aves ou de vacas. Mas, na cidade, o que mais tem é gente.
Para reduzir a
quantidade de pernilongos em São Paulo, um caminho seria a despoluição do rio
Pinheiros e a eliminação de outros focos de água parada com material orgânico.
Sem isso, restam as telas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes -os modelos
que são ligados na tomada são eficientes.
Uma alternativa
"mais natural" para lidar com os mosquitos é o uso da citronela -uma
planta aromática- e dos incensos e óleos feitos à base de extratos vegetais.
Leandra Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, porém,
alerta que o contato direto desses compostos com a pele pode provocar alergias
ainda mais graves que aquela da picada.
A dermatologista
diz que o ideal é usar os repelentes comerciais, que já tiveram a segurança
atestada.
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