Sociedade
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#COMENTÁRIO
Uma das medidas impopulares anunciadas
pelo governo federal começa a valer a partir de hoje. Trata-se da necessidade
de haver um vínculo sacramentado de no mínimo dois anos para que o cônjuge
torne-se dependente pensionista do INSS em caso de falecimento do titular. As demais
medidas a serem implantadas sobre o benefício só ocorrerá a partir de março
deste ano.
À primeira vista, essas alterações no
sistema de benefícios do INSS, parecem ser uma agressão à população, mas
pensando friamente, você se parar para pensar um pouco conhecerá alguém que
usufrui moralmente irregular deles. Então, justificam essas alterações e elas
vêm um tanto tardiamente para muitos... Há muita gente se aproveitando desse
sistema e o pior, não poderão perder esse direito adquirido, isto é vamos ter
que pagar suas despesas pelo resto suas vidas.
Mais grave ainda e de conhecimento de
quase todo mundo, são os benefícios de pensão por morte para dependentes de
militares falecidos. Esses casos são mais graves ainda pela forma de pagamentos
serem totalmente diferente do regime dos aposentados celetistas, os valores são
muito superiores. Esses impactos no sistema previdenciário, apesar de não ser considerado
o maior problema do sistema previdenciário, ele é muito representativo e tem
que ser considerado.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITEAPROSA
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INGRID FAGUNDEZ - DE SÃO PAULO - 14/01/2015
Começa a valer
nesta quarta-feira (14) a primeira mudança na pensão por morte, uma das
alterações nos benefícios sociais anunciadas em dezembro pelo governo.
A partir desta
quarta será exigido um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável
para que o cônjuge possa receber a pensão.
As outras regras
do benefício valem a partir de 1º de março. Quem já é beneficiário não será
afetado.
As medidas fazem
parte de um esforço para diminuir os gastos do governo, que espera uma economia
de R$ 18 bilhões neste ano entre todos os ajustes, os quais incluem seguro-desemprego,
auxílio-doença e abono salarial.
Apesar de
aliviarem o rombo previdenciário, que está em torno de R$ 50 bilhões, as
restrições para o pagamento da pensão por morte (veja quadro abaixo) ainda
deixam brechas e ficam abaixo dos padrões internacionais.
Especialistas em
previdência ouvidos pela reportagem dizem que as alterações estão na direção
correta, tornando mais criteriosa a entrada dos beneficiários e, assim,
evitando distorções e fraudes.
Com as normais
atuais, as pensões são vitalícias para todos, independentemente da idade. Em
2013, havia no país pelo menos 500 viúvas de 15 a 19 anos que irão receber o
valor para o resto da vida.
O professor de
finanças da USP José Savoia diz que a inexistência de restrições tornam a
pensão por morte um dos itens mais preocupantes para o governo.
Ele cita quatro
fatores que aumentam os custos: a quantidade de recebedores, o valor, a duração
do pagamento e as fraudes.
"Isso leva a
um gasto que chega a 3% do PIB. O seguro-desemprego pega menos de 1%. A maioria
recebe o valor integral da aposentadoria, e o tempo de pagamento cresce com a
expectativa de vida."
O professor da
faculdade de economia da USP Luís Afonso considera as regras do sistema
previdenciário "muito frouxas" se comparadas internacionalmente.
Segundo estudo do
Ministério da Previdência, de 132 países, 78% exigem um mínimo de contribuições
do segurado. Outros 77% estabelecem condições para cônjuges.
O fato de
militares e servidores de Estados e municípios não serem afetados pelas novas
regras também é apontado como fator que limita o impacto das mudanças.
Eles têm regimes
próprios de previdência e continuarão recebendo da mesma forma.
"Em 2013,
havia 149 mil pensionistas militares. É um grupo que está de fora e tem ganhos
mais altos que a média", diz Caetano.
Para os
especialistas ouvidos, as novas regras são um primeiro passo para conter o
rombo nas contas públicas, mas passam longe da reforma exigida pelo
envelhecimento da população.
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