Cotidiano
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Eduardo Campos (PSB) morreu durante a
campanha presidencial
Foto: Daniel Ramalho / Terra
#COMENTÁRIO
Estranho como se alteram os rumos de uma
investigação aqui no Brasil. Um processo investigativo sobre o acidente que se
desenrolava levantando um monte de especulações, de suposições, de repente
deixou de ser interessante para a mídia e também para a própria população e
então se encerra tão abruptamente como começou, e com uma definição no mínimo
simplista.
De uma hora para outra, um piloto que
foi declarado como experiente e responsável à época do acidente, passa do céu
ao inferno e é transformado numa pessoa totalmente irresponsável e inapto a
estar no comando da aeronave. Estranho não é? De uma hora para outra ele se
transforma numa pessoa de mau relacionamento com seu co-piloto, que se
apresentava deprimido no dia anterior ao voo, que tomou várias atitudes mostrando
desconhecimento básico mínimo de sua profissão e da aeronave e o mais
interessante, o co-piloto certinho não tomou qualquer providência em sua
própria segurança no ar, isso sem considerar a sua co-responsabilidade pelas
vidas que transportavam. Estranho, não é?
Mortos não falam e não questionam...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Terra
#CONVITEAPROSA
Não terminou muito prática essa investigação?
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Local em que caiu o avião que matou o
político Eduardo Campos, no dia 13 de agosto do ano passado
Foto: Futura Press
Acidente aconteceu no dia 13 de agosto do ano
passado, durante a campanha presidencial, em Santos, no litoral de São Paulo
Investigações da Aeronáutica concluíram que o
acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da
República nas eleições do ano passado, Eduardo Campos (PSB), foi causado por
uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins, de acordo com informações do
jornal O Estado de S. Paulo. O resultado das investigações cita falta de
treinamento do piloto para aquele tipo de aeronave e até o uso de “atalho” para
acelerar o procedimento de descida.
Na ocasião, Martins foi obrigado a abortar o pouso
e arremeter bruscamente. O piloto teria operado os aparelhos de uma maneira não
recomendada pela fabricante da aeronave e acabou sofrendo o que é tecnicamente
chamado de “desorientação espacial” – quando o piloto perde a referência do
avião em relação ao solo e não sabe se está voando para cima, par baixo, em
posição normal, de lado ou de ponta cabeça.
Essa conclusão tem base nos últimos segundos do
voo, no momento em que o avião embicou num ângulo de 70 graus e em potência
máxima, como se o piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida,
quando na realidade estava indo rumo ao solo.
O acidente aconteceu na manhã do dia 13 de agosto
do ano passado, em Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave, um Cessna 560
XL, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea de
Santos, no Guarujá, também no litoral paulista. Além de Eduardo Campos,
morreram quatro assessores, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.
A investigação também conclui que Martins não
estava treinado para pilotar o Cessna 560 XL, já que nunca tinha passado pelo
simulador. Também está registrado que a relação entre os dois pilotos não era
boa. Eles tinham um histórico de atritos e o copiloto já teria pedido para não
mais voar com Martins, que se dizia, nas redes sociais, “cansadaço” dias antes
do acidente.
Além desses agravantes, ainda é mencionado que
Martins cometeu o erro que causou o desfecho trágico: o piloto não cumpriu o
determinado pelos manuais para o pouso na Base de Santos, não fez a manobra
exigida para aquela pista e tentou pousar direto, como se não tivesse feito um
retorno antes de aterrissar.
A Aeronáutica ainda afirma que nenhum indício de
falha técnica ou do sistema foi encontrado na aeronave.
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