sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Piloto errou em acidente que matou Campos, diz Aeronáutica


Cotidiano
  
 Eduardo Campos (PSB) morreu durante a campanha presidencial
Foto: Daniel Ramalho / Terra


#COMENTÁRIO

Estranho como se alteram os rumos de uma investigação aqui no Brasil. Um processo investigativo sobre o acidente que se desenrolava levantando um monte de especulações, de suposições, de repente deixou de ser interessante para a mídia e também para a própria população e então se encerra tão abruptamente como começou, e com uma definição no mínimo simplista.
De uma hora para outra, um piloto que foi declarado como experiente e responsável à época do acidente, passa do céu ao inferno e é transformado numa pessoa totalmente irresponsável e inapto a estar no comando da aeronave. Estranho não é? De uma hora para outra ele se transforma numa pessoa de mau relacionamento com seu co-piloto, que se apresentava deprimido no dia anterior ao voo, que tomou várias atitudes mostrando desconhecimento básico mínimo de sua profissão e da aeronave e o mais interessante, o co-piloto certinho não tomou qualquer providência em sua própria segurança no ar, isso sem considerar a sua co-responsabilidade pelas vidas que transportavam. Estranho, não é?
Mortos não falam e não questionam...

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte: Terra

#CONVITEAPROSA
Não terminou muito prática essa investigação?

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Local em que caiu o avião que matou o político Eduardo Campos, no dia 13 de agosto do ano passado
Foto: Futura Press


Acidente aconteceu no dia 13 de agosto do ano passado, durante a campanha presidencial, em Santos, no litoral de São Paulo

Investigações da Aeronáutica concluíram que o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República nas eleições do ano passado, Eduardo Campos (PSB), foi causado por uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo. O resultado das investigações cita falta de treinamento do piloto para aquele tipo de aeronave e até o uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida.
Na ocasião, Martins foi obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente. O piloto teria operado os aparelhos de uma maneira não recomendada pela fabricante da aeronave e acabou sofrendo o que é tecnicamente chamado de “desorientação espacial” – quando o piloto perde a referência do avião em relação ao solo e não sabe se está voando para cima, par baixo, em posição normal, de lado ou de ponta cabeça.

Essa conclusão tem base nos últimos segundos do voo, no momento em que o avião embicou num ângulo de 70 graus e em potência máxima, como se o piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida, quando na realidade estava indo rumo ao solo.
O acidente aconteceu na manhã do dia 13 de agosto do ano passado, em Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave, um Cessna 560 XL, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, também no litoral paulista. Além de Eduardo Campos, morreram quatro assessores, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.
A investigação também conclui que Martins não estava treinado para pilotar o Cessna 560 XL, já que nunca tinha passado pelo simulador. Também está registrado que a relação entre os dois pilotos não era boa. Eles tinham um histórico de atritos e o copiloto já teria pedido para não mais voar com Martins, que se dizia, nas redes sociais, “cansadaço” dias antes do acidente.
Além desses agravantes, ainda é mencionado que Martins cometeu o erro que causou o desfecho trágico: o piloto não cumpriu o determinado pelos manuais para o pouso na Base de Santos, não fez a manobra exigida para aquela pista e tentou pousar direto, como se não tivesse feito um retorno antes de aterrissar.
A Aeronáutica ainda afirma que nenhum indício de falha técnica ou do sistema foi encontrado na aeronave. 


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