Sociedade
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#COMENTÁRIO
Temos que levar em consideração que
muitas ocorrências podem alterar uma programação em qualquer área. Isso não
exime o Sr. Governador de seus deveres e suas promessas para com a sociedade. Por
outro lado, administrar não significa gastar até o último centavo das verbas
recebidas; não deveria haver uma pequena poupança pela entidade? Afinal ela
recebe um valor razoável mensalmente a título de repasse do estado e o problema
todo criado é por um repasse de um mês e quinze dias letivos que foram
suprimidos. Não é a ideia de defesa do político governador do estado, mas é
mais ou menos a mesma situação criada com a diretoria do Hospital das Clínicas,
falta de gerenciamento efetivo e profissional da área.
O grande problema que existe no Brasil
é a falta de profissionalismo nos candidatos a cargos administrativos em todas
as áreas e entidades ligadas ao estado. E a culpa disso tudo não está nos
candidatos e sim na estrutura, no sistema admissional a cargos gerenciais.
Lamentavelmente, outra vez quem “paga o
pato” é a população. A qualidade de ensino por todas as maneiras e direções
encontra-se em estado de lástima...
#Disse
Carlos Leonardo
#CONVITE
Você acha que a falta de alguns repasses
de verba do governo pode alterar o resultado do ensino no Brasil?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
FÁBIO TAKAHASHI - THAIS
BILENKY - FLÁVIA FARIA - SÃO PAULO
JOÃO ALBERTO PEDRINI - RIBEIRÃO
PRETO
02/12/2014
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) cortou neste fim
de ano as verbas que as escolas estaduais paulistas usam para comprar materiais
de escritório e de limpeza e para pequenas obras.
Os recursos para as aquisições mensais de insumos
foram suspensos no início de novembro e estão previstos para voltar em janeiro.
Funcionários dos colégios dizem que já há falta de materiais, como papel
higiênico. O ano letivo na rede acaba na metade deste mês. Outro programa
bloqueado é o Trato na Escola, que prevê pagamento anual de R$ 7.900 para cada
um dos 5.300 colégios fazerem pequenas reformas e pintura.
A verba seria utilizada para preparar as unidades
para o início do ano letivo de 2015. A suspensão das ações foi feita e
comunicada às diretorias de ensino por meio de ofícios enviados no início de
novembro. Diretores de colégios afirmaram à Folha que foram surpreendidos pela medida e não conseguiram
se precaver contra o bloqueio. Para eles, o governo quer economizar. A
Secretaria da Educação de SP, por sua vez, afirmou que as medidas foram tomadas
para readequações burocráticas e negou que haja interesse em reduzir gastos. A
gestão disse que possui estoque de materiais e que as escolas foram orientadas
a fazer compras antecipadas para evitar falta de insumos – o que diretores
negam. A Folha entrevistou
funcionários e estudantes de colégios na capital (zona norte e centro) e do
interior (regiões de Ribeirão Preto, Limeira e Sorocaba), que relataram que tem
havido falta de papel higiênico e de sulfite.
Na Brasilândia (zona norte da capital), por
exemplo, um funcionário afirmou que os servidores levam papel higiênico e
sulfite de casa. Em Ribeirão Preto, um diretor disse que teve de cancelar
atividade de reforço a alunos com dificuldade devido à falta de material. Eles
não quiseram ser identificados por temerem represálias.
ECONOMIA
Segundo a Udemo (sindicato que representa os
diretores de escolas), os colégios recebem em média, R$ 1.500,00 ao mês para
compra de suprimentos. O valor varia segundo o tamanho da unidade.
Considerando as verbas destinadas a essas compras e
para pequenas obras, o governo pode ter deixado de gastar até R$ 58 milhões. O
montante representa 7% do orçamento deste ano para reforma de imóveis e compra
de materiais de consumo na área da educação do Estado. Nos ofícios encaminhados
aos dirigentes escolares, o governo diz que poderá atender situações
emergenciais, sem especificar o montante.
Segundo diretores de escolas, a informação da
secretaria é que estará disponível até 10% do valor original para a compra de
materiais. Os documentos citam ainda como explicação para os cortes a Lei de
Responsabilidade Fiscal, de 2000, que impede que o governo contraia dívidas que
não sejam pagas em seu mandato.
LEGISLAÇÃO
O presidente do sindicato dos diretores, Francisco
Poli, diz que em nenhuma outra troca de governo houve a suspensão dos
programas. "Parece ser medida de economia mesmo, tendo em vista a
arrecadação do governo como está." Segundo dados da Secretaria da Fazenda,
a receita tributária do Estado caiu 2,5% de janeiro a outubro de 2014 em
relação ao período de 2013, em valores corrigidos.
Poli afirmou também que o programa de compra de
materiais não permite que as escolas estoquem os insumos, o que tornou mais
grave o bloqueio dos recursos.
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