quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Em ano de escândalos, Brasil melhora em ranking de corrupção


Sociedade
  

 Apesar de ter ganhado posições em ranking de corrupção, Brasil voltou à mesma posição de 2012 



#COMENTÁRIO

Podemos dizer que este é um assunto de difícil abordagem, afinal estamos falando de frios números estatísticos. Não somos os criadores e muito menos, somos os únicos corruptos no mundo, porém, somos nós quem sofre os efeitos destruidores da corrupção instalada. Sobe um ponto, desce um ponto e ficamos nos vangloriando de estarmos identificando mais e mais corruptos e corruptores no Brasil, só isso. Enquanto os “rigores da Lei” desnuda e prende “laranjas”, ainda ficam ocultos e nada sofrem os donos do laranjal. A máquina está tão instalada que a Justiça quebra um dois dentes da engrenagem, brotam como que por magia dez para substituí-los.
Outro fator importante é a morosidade da justiça, com muitos entraves judiciais, embargos orquestrados por advogados quase sempre também corruptos, faz com que bandidos engravatados contem e se beneficiem de outro grande problema no Brasil, a memória muito curta e suscetível a manobras do povo brasileiro.
E com isso, processos e processos são abertos e encerrados, criados apenas para resposta pública e também enganar a mídia mundial, mostrando como se corretos fossemos. A técnica é simples, inicia-se um processo moroso e cansativo nas informações da mídia e encontra um novo assunto relevante para desvio de foco das cobranças do povo e da mídia e aí, tudo fica por isso mesmo.

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte: BBC Brasil

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#CONVITE

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Casos de corrupção, como o da Petrobrás, mostram que 'problema é estrutural'


Daniela Fernandes - de Paris para a BBC Brasil
Apesar do ano de 2014 estar sendo marcado pelo escândalo de corrupção na Petrobras, o Brasil melhorou três posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, ocupando a 69ª colocação entre 175 países, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira. Mas a organização não considera que o Brasil avançou, já que voltou a ocupar a mesma posição que já tinha em 2012.

"Se compararmos os dados atuais do Brasil com os registrados há três anos, vemos que o país não se move no ranking. É uma tristeza, é igual ao passado", disse à BBC Brasil Alejandro Salas, diretor para as Américas da Transparência Internacional, com sede em Berlim.
"O Brasil fez várias coisas importantes para lutar contra a corrupção nos últimos anos, como as leis de Acesso à Informação Pública, da Ficha Limpa e para punir empresas que cometem corrupção", ressalta Salas.
"Mas escândalos como o do Mensalão, da construção de estádios para a Copa do Mundo e da Petrobras nos lembram que a corrupção no Brasil é um problema estrutural", diz ele. Os dados coletados para construir o Índice de Percepção da Corrupção se referem, globalmente, aos últimos 24 meses. No caso do Brasil, a grande maioria das informações utilizadas no estudo cobre o período entre agosto de 2013 e agosto deste ano. Algumas englobam dados também de 2012. Ou seja, não foram considerados os principais desdobramentos do escândalo da Petrobras, surgidos a partir de outubro. "É possível que no próximo ano o Brasil caia no ranking em razão do escândalo da Petrobras", prevê Salas.
O estudo da Transparência Internacional, em sua 20ª edição, é baseado em dados de instituições como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, além de instituto de pesquisas, que medem a percepção de empresários, investidores e população em relação à corrupção.

Média mundial
Neste ano, o Brasil obteve a nota 43, em uma escala que vai de 0 (setor público visto como extremamente corrupto) a 100 (extremamente íntegro), a mesma pontuação obtida em 2012. No ano passado, o país havia totalizado 42 pontos.
A pontuação do Brasil se situa exatamente na média mundial, de acordo com o estudo, de 43 pontos. Nas Américas como um todo, a média é 45. Mais de dois terços dos 175 países que integram o índice obtiveram uma nota inferior a 50. "O Brasil está na metade. Não é um dos piores nem dos melhores. Mas não é um resultado bom para o país, que tem feito inúmeros esforços para ser um líder econômico e político", disse Salas à BBC Brasil.
"O Brasil quer ser um líder mundial, então tem que mostrar o exemplo. Ele ainda está muito distante dos países desenvolvidos nesse índice", ressalta o diretor da Transparência Internacional. Empatados com o Brasil, com a mesma pontuação e lugar no ranking, estão países como a Itália, a Grécia e a Bulgária.
Para Salas, o escândalo da Petrobras pode ser positivo para o Brasil se forem tomadas "medidas fortes" de combate à corrupção. "Se a presidente Dilma Roussef aproveitar esse momento para fazer mudanças, poderá ser algo positivo", diz ele. "Se pessoas poderosas e outros culpados nesse escândalo forem presos, o Brasil poderá projetar uma boa imagem", afirma Salas. "Se houver também reforma política e melhorias no sistema de compras públicas, pode ser um momento histórico para o Brasil. Mas se nada mudar, será um exemplo negativo", diz ele.
A Dinamarca é a primeira colocada no ranking, com 92 pontos, um a mais em relação ao estudo anterior, onde também já havia ficado em primeiro lugar. A China e a Turquia estão entre os países que mais perderam posições no ranking deste ano. A China, que adotou nos últimos anos medidas de combate à corrupção, como a proibição de dar presentes de alto luxo a funcionários públicos, caiu 20 posições no ranking, passando a ocupar o 100° lugar, com 36 pontos.
Entre os países dos BRICS, o Brasil está praticamente empatado com a África do Sul (duas posições acima do Brasil no ranking) e bem à frente da China, Índia e Rússia.


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