Sociedade
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Apesar de ter ganhado posições em ranking de corrupção, Brasil voltou à mesma posição de 2012
#COMENTÁRIO
Podemos dizer que este é um assunto de
difícil abordagem, afinal estamos falando de frios números estatísticos. Não
somos os criadores e muito menos, somos os únicos corruptos no mundo, porém,
somos nós quem sofre os efeitos destruidores da corrupção instalada. Sobe um
ponto, desce um ponto e ficamos nos vangloriando de estarmos identificando mais
e mais corruptos e corruptores no Brasil, só isso. Enquanto os “rigores da Lei”
desnuda e prende “laranjas”, ainda ficam ocultos e nada sofrem os donos do
laranjal. A máquina está tão instalada que a Justiça quebra um dois dentes da
engrenagem, brotam como que por magia dez para substituí-los.
Outro fator importante é a morosidade
da justiça, com muitos entraves judiciais, embargos orquestrados por advogados
quase sempre também corruptos, faz com que bandidos engravatados contem e se
beneficiem de outro grande problema no Brasil, a memória muito curta e
suscetível a manobras do povo brasileiro.
E com isso, processos e processos são
abertos e encerrados, criados apenas para resposta pública e também enganar a
mídia mundial, mostrando como se corretos fossemos. A técnica é simples,
inicia-se um processo moroso e cansativo nas informações da mídia e encontra um
novo assunto relevante para desvio de foco das cobranças do povo e da mídia e
aí, tudo fica por isso mesmo.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: BBC
Brasil
Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:
#CONVITE
Existe alguma possibilidade da corrupção
ser extirpada do Brasil?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
Casos de
corrupção, como o da Petrobrás, mostram que 'problema é estrutural'
Daniela
Fernandes - de Paris para a BBC Brasil
Apesar do ano de 2014 estar sendo marcado pelo
escândalo de corrupção na Petrobras, o Brasil melhorou três posições no Índice
de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, ocupando a 69ª colocação entre 175 países, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira. Mas a
organização não considera que o Brasil avançou, já que voltou a ocupar a mesma
posição que já tinha em 2012.
"Se
compararmos os dados atuais do Brasil com os registrados há três anos, vemos
que o país não se move no ranking. É uma tristeza, é igual ao passado",
disse à BBC Brasil Alejandro Salas, diretor para as Américas da Transparência
Internacional, com sede em Berlim.
"O
Brasil fez várias coisas importantes para lutar contra a corrupção nos últimos
anos, como as leis de Acesso à Informação Pública, da Ficha Limpa e para punir
empresas que cometem corrupção", ressalta Salas.
"Mas
escândalos como o do Mensalão, da construção de estádios para a Copa do Mundo e
da Petrobras nos lembram que a corrupção no Brasil é um problema
estrutural", diz ele. Os dados coletados para construir o Índice de
Percepção da Corrupção se referem, globalmente, aos últimos 24 meses. No caso do
Brasil, a grande maioria das informações utilizadas no estudo cobre o período
entre agosto de 2013 e agosto deste ano. Algumas englobam dados também de 2012.
Ou seja, não foram considerados os principais desdobramentos do escândalo da
Petrobras, surgidos a partir de outubro. "É possível que no próximo ano o
Brasil caia no ranking em razão do escândalo da Petrobras", prevê Salas.
O estudo
da Transparência Internacional, em sua 20ª edição, é baseado em dados de instituições
como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, além de instituto de
pesquisas, que medem a percepção de empresários, investidores e população em
relação à corrupção.
Média
mundial
Neste
ano, o Brasil obteve a nota 43, em uma escala que vai de 0 (setor público visto
como extremamente corrupto) a 100 (extremamente íntegro), a mesma pontuação
obtida em 2012. No ano passado, o país havia totalizado 42 pontos.
A
pontuação do Brasil se situa exatamente na média mundial, de acordo com o
estudo, de 43 pontos. Nas Américas como um todo, a média é 45. Mais de dois
terços dos 175 países que integram o índice obtiveram uma nota inferior a 50. "O
Brasil está na metade. Não é um dos piores nem dos melhores. Mas não é um
resultado bom para o país, que tem feito inúmeros esforços para ser um líder
econômico e político", disse Salas à BBC Brasil.
"O
Brasil quer ser um líder mundial, então tem que mostrar o exemplo. Ele ainda
está muito distante dos países desenvolvidos nesse índice", ressalta o
diretor da Transparência Internacional. Empatados com o Brasil, com a mesma
pontuação e lugar no ranking, estão países como a Itália, a Grécia e a
Bulgária.
Para
Salas, o escândalo da Petrobras pode ser positivo para o Brasil se forem
tomadas "medidas fortes" de combate à corrupção. "Se a
presidente Dilma Roussef aproveitar esse momento para fazer mudanças, poderá
ser algo positivo", diz ele. "Se pessoas poderosas e outros culpados
nesse escândalo forem presos, o Brasil poderá projetar uma boa imagem",
afirma Salas. "Se houver também reforma política e melhorias no sistema de
compras públicas, pode ser um momento histórico para o Brasil. Mas se nada
mudar, será um exemplo negativo", diz ele.
A
Dinamarca é a primeira colocada no ranking, com 92 pontos, um a mais em relação
ao estudo anterior, onde também já havia ficado em primeiro lugar. A China e a
Turquia estão entre os países que mais perderam posições no ranking deste ano. A
China, que adotou nos últimos anos medidas de combate à corrupção, como a
proibição de dar presentes de alto luxo a funcionários públicos, caiu 20
posições no ranking, passando a ocupar o 100° lugar, com 36 pontos.
Entre os
países dos BRICS, o Brasil está praticamente empatado com a África do Sul (duas
posições acima do Brasil no ranking) e bem à frente da China, Índia e Rússia.
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