Sociedade
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Moeda americana deve pressionar índice, que já está próximo do teto -
Dimas Ardian / Bloomberg
#COMENTÁRIO
Eis o quadro pintado para nós brasileiros
como presente de final de ano.
Vejamos como essa nova geração que ria
e não acreditava nos medos dos mais velhos, vão se encontrar com o dragão da
inflação, nós já sabemos o quanto isso é dolorido. As festividades do final de
ano já estão mais caras que o pretendido, e ainda vem por aí um pacotão de
medidas econômicas do novo governo, na tentativa de espremer contra a parede
este famigerado dragão, mas nós também já sabemos que passarão pacotes e mais pacotes
sem sucesso na empreitada até que o governo se decida cortar na própria pele.
Não há produtividade industrial que pague um estado em constante inchamento, isso
para não falar de desvios e roubalheira em estatais.
O quadro para dois mil e quinze não é
bom, e as chances de melhora são muito pequenas, quase inexistentes.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: O
Globo
#CONVITEAPROSA
Você está se preparando para as
dificuldades de 2015?
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Além do câmbio,
tarifas e alimentos devem elevar taxa em janeiro e fevereiro
LINO RODRIGUES - 17/12/2014
SÃO PAULO - A
disparada do dólar nos últimos dias deve se refletir em inflação mais alta já
neste mês de dezembro, segundo analistas ouvidos pelo GLOBO. A maior
dificuldade neste momento da grande volatilidade no mercado de câmbio, dizem os
especialistas, é saber até onde vai esse movimento de aumento da moeda
americana. A economista Alessandra Ribeiro, sócia da consultoria Tendências,
estima que no atual cenário de um dólar a R$ 2,75, o impacto na inflação
oficial anualizada seria de 0,12 ponto percentual. Se confirmado esse cenário,
a previsão de inflação da consultoria para este ano passaria dos atuais 6,3%
para 6,42%.
— O efeito do
câmbio na inflação é rápido e, no caso dessa alta mais expressiva, uma parte do
aumento já será sentido na inflação deste último trimestre de 2014 — diz
Alessandra, lembrando que a outra parte vai pressionar as taxas de janeiro e
fevereiro.
Pelas estimativas
da Tendências, o reajuste nas tarifas de energia elétrica e transporte público
devem elevar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anualizado a 6,84%
nos meses de janeiro e fevereiro, bem acima da previsão de 6,4% para o final de
2015.
— Nossa estimativa
é que a inflação bata no pico no primeiro trimestre de 2015, puxada pelos
ajustes nas tarifas públicas e pela alta do dólar — afirma a sócia da
consultoria.
Para Flávio
Serrano, analista sênior do Banco Espírito Santo (Bes-Brasil), dólar alto mais
a pressão dos reajustes nos preços administrados na virada de 2014 para 2015,
devem levar a inflação para um percentual acima de 1% em janeiro. Segundo ele,
mantidas as condições atuais do câmbio (R$ 2,75), o IPCA poderia alcançar no
primeiro trimestre de 2015 uma taxa anualizada de 6,8%, atingindo a máxima do ano.
— O ambiente atual
é de muita volatilidade e é preciso esperar a moeda se acomodar em um patamar
para se saber qual será o real impacto sobre a inflação — pondera Serrano,
acrescentando que uma depreciação de 10% do real frente ao dólar, causa um
impacto de 0,50 ponto percentual na taxa de inflação.
Já Luís Otávio de
Souza Leal, da consultoria ABC Brasil, considera prematura mensurar o real
impacto dessa alta da moeda americana nos preços. Segundo ele, o mercado ainda
não está trabalhando com um dólar a R$ 2,75. Segundo ele, é preciso aguardar
pelo menos um mês para se saber se a moeda vai realmente permanecer neste
patamar.
— Nestes momentos
de grande volatilidade, o mercado para e ninguém fecha contrato com esse valor
— avalia Leal.
Além disso, diz
que o país vive um momento de economia em desaceleração, queda na renda das
famílias e ameaça de desemprego. Nesse cenário econômico, segundo ele, o
repasse do dólar para o preços é menor que o normal e demora mais tempo.
— Num cenário de retração
da economia, o mercado só reage depois de três a seis meses que o dólar se
acomodar em um patamar alto. Se fosse em uma situação de economia aquecida, o
repasse seria mais rápido — afirma o analista da ABC.
Leal salienta
ainda que, no atual momento da economia brasileira, o menor problema é o dólar.
Segundo ele, com os reajustes já previstos para os preços administrados entre
janeiro e fevereiro, mais os aumentos tradicionais de início de ano, como as
mensalidades escolares, a inflação deve chegar muito próximo dos 7% no primeiro
trimestre de 2015.
— O que vai
impactar mesmo a inflação na virada do ano são os reajustes nos preços dos
alimentos, como a carne, e das tarifas públicas pelo governo, em especial da
energia elétrica, e das mensalidades escolares em janeiro e fevereiro.
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