Política
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A ‘troika’ da economia brasileira: o futuro ministro da Fazenda, Joaquim
Levy (centro), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (à esquerda) e
o futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (à direita) - Ueslei
Marcelino / Reuters
#COMENTÁRIO
Nunca um pacote de medidas econômicas foi
tão ansiado. Por incrível que pareça, todos brasileiros das classes A até GHIJKL...
deverão sofrer consequências dessas alterações. Mas a situação de incerteza e
de descrédito na equipe econômica esboçada pela Presidente, faz com que a
sociedade procure de qualquer forma encontrar indícios de como a equipe
consertará o Pais. Numa enxurrada de más notícias que escorrem de Brasília e as
altas cúpulas da direção nacional, as manchas que aparecem cada vez maiores na
honradez brasileira, a confiança do mundo econômico mundial na veracidade de
nossas contas internas que foram sensivelmente abaladas, começam a repercutir
em dificuldades no andamento da economia brasileira.
Medidas de sustentação para o governo
recém-empossado se fazem necessárias com a maior urgência possível. Qualquer
demonstração de tentativa de controle da inflação que já começa a mostrar suas
caras, tem que ser feita, até para mostrar aos analistas econômicos brasileiros
e do mundo todo que o governo tem poder de reverter essa situação
desconfortável em que se encontra.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: O
Globo
#CONVITEAPROSA
Vai doer com certeza, mas medidas
econômicas tem que ser tomadas imediatamente, não acha?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
Na mira, pensão de
filhas de militares, seguro-desemprego e auxílio-doença
O GLOBO - 16/12/2014
BRASÍLIA - A nova
equipe econômica deve anunciar nesta semana as primeiras medidas concretas para
assegurar um ajuste nas contas públicas, a partir de 2015. Os futuros ministros
da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, trabalham a partir
de um pacote de ações preparado pela equipe do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, a pedido da presidente Dilma Rousseff. No conjunto em discussão estão
aumentos de tributos como a Cide e o PIS/Cofins de importados, além de
restrições na concessão de benefícios como auxílio-doença e pensão por morte.
Elas são capazes de promover um ajuste fiscal que varia de R$ 30 bilhões a R$
55 bilhões.
O governo quer
mexer em pagamentos que considera exagerados, como pensões vitalícias que
passam das viúvas para as filhas de militares. Já o auxílio-doença e o
seguro-desemprego, na avaliação do Planalto, costumam ser alvo de fraudes. Os
gastos com seguro-desemprego, por exemplo, eram de R$ 23,7 bilhões em 2011 e
devem atingir R$ 35,2 bilhões este ano. Já o auxílio-doença subiu de R$ 15,5
bilhões para R$ 19,4 bilhões no mesmo período.
Do lado das
receitas, uma das medidas em estudo é alterar a forma de tributação dos
cosméticos. Nesse segmento, a cobrança do PIS/Cofins é monofásica, ou seja, a
contribuição é paga no início da cadeia de produção e tem uma alíquota de
12,5%. No entanto, para tentar reduzir sua carga tributária, as empresas criam
centros de distribuição próprios. Depois, vendem as mercadorias para esses
centros a preços mais baixos, o que acaba reduzindo a base de incidência do
imposto.
Já o PIS/Cofins
sobre importados pode subir para compensar uma perda de arrecadação ocorrida
depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no ano passado, que era
inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins cobrado
sobre importações, cuja alíquota é de 9,25%. Uma possibilidade é aumentar esse
percentual.
O compromisso da
nova equipe é realizar, no próximo ano, um superávit primário (economia para o
pagamento de juros da dívida pública) de R$ 66,3 bilhões, ou 1,2% do Produto
Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país). Segundo fontes
do Planalto, os futuros ministros estão apenas esperando que o Congresso aprove
a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, que traz os parâmetro com os
quais o governo quer trabalhar a partir do ano que vem, para anunciar as
medidas. A votação está prevista para hoje.
— Do ponto de
vista técnico está tudo pronto, só falta bater o martelo — disse um
interlocutor do governo.
O tamanho do
pacote ainda está sendo avaliado por Levy e Barbosa. Mas o Planalto tem pressa.
Primeiro porque a própria equipe avalia que é preciso mostrar o quanto antes ao
mercado como vai realizar o esforço fiscal prometido para 2015. E depois
existem questões técnicas, como o princípio da anualidade. Ele impede que
alguns aumentos de tributos sejam praticados no mesmo exercício. Ou seja, é
preciso anunciar em 2014 para que as mudanças vigorem em 2015. Assim, as medidas podem ser divulgadas que
Levy e Barbosa estejam empossados. Segundo fontes do governo, a ideia é que
eles só assumam os cargos, no início de 2015, junto com os demais ministros. As
medidas devem ser divulgadas no Palácio do Planalto.
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