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Prisão de Alan Gross vinha sendo um impasse no lento degelo nas relações
diplomáticas entre Cuba e EUA
#COMENTÁRIO
A cúpula esquerdista no poder e seus sequazes
deveriam em sua euforia pelo anuncio do provável acordo entre EUA e Cuba,
fazerem um ato em reverência a este inofensivo e sofrido senhorzinho, que foi
encarcerado “indevidamente” quando estava executando seu trabalho e isso
ofendeu Sua Senhoria Raúl Castro. Sem ele, nada disso seria possível.
Segundo autoridades dos EUA, este
senhor era um simples instalador de antenas, satélites e sistemas de internet a
clientes. Está certo que ele só passou por países conflitivos para instalar
seus equipamentos, mas os americanos juram de pés juntos que as acusações
cubanas são infundadas. Como ser americano é sinônimo de “verdade-verdadeira”,
que seja.
Durante os cinco anos de prisão, Gross perdeu 45 quilos, ficou cego de
um olho e perdeu muitos dentes
Mas que os esquerdistas brasileiros
atuantes deveriam agradecer os americanos pela urgência do salvamento do
senhorzinho, ah, isso deveriam sim.
Leia a íntegra da reportagem e conheça
um pouco mais do Mr. Alan Gross e, você talvez entenda porque esta promessa de
levantamento da barreira alfandegária para com Cuba foi costurada tão
rapidamente e sem qualquer divulgação na mídia, como é muito normal no povo
americano.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: BBC
Brasil
Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:
#CONVITEAPROSA
Você acredita que é por “ser bonzinho”
que os americanos se dispuseram a reatar laços com Cuba?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
Em uma carta escrita há um ano a Obama, Gross
disse que sua família havia 'sofrido imensamente'
Prisioneiro em
Cuba nos últimos cinco anos, o americano Alan Gross foi um ponto de tensão na
relação entre os Estados Unidos e Cuba.
Agora, sua libertação simboliza uma mudança
histórica, depois que as lideranças dos dois países anunciaram a disposição de
reatar essa relação, depois de mais de 50 anos. Gross, de 65 anos, viajou para
Cuba em 2009, como funcionário da Usaid, agência americana de desenvolvimento
internacional. Ele era responsável por levar equipamentos, incluindo satélites
de internet, para a comunidade judaica em Cuba.
Mas o governo cubano o acusou de ser espião dos
Estados Unidos e de fomentar a dissidência, dizendo que suas atividades eram,
na verdade, uma fachada para uma tentativa de derrubar o regime.
Washington defendeu que o projeto no qual Gross
trabalhava tinha como objetivo promover a democracia e que ele não havia
cometido nenhum crime. A prisão de Gross vinha sendo um impasse no lento degelo
nas relações entre Estados Unidos e Cuba, de acordo com a jornalista da BBC
Barbara Plett, especialista em diplomacia americana.
"A detenção do americano minou as esperanças
de críticos do embargo a Cuba de que Barack Obama tomaria uma decisão ousada
para lidar com o impasse", disse Plett.
Acesso à internet
Gross passou a maior parte de sua carreira
trabalhando no desenvolvimento de organizações internacionais. Em 2001, ele
começou sua própria empresa, que levava acesso à internet por satélite e outros
meios de comunicação a países em desenvolvimento. Ele trabalhou com projetos em
locais como Palestina, Quênia e Gâmbia, além do Iraque e Afeganistão. Em Cuba,
ele acabou chamando a atenção das autoridades locais após viajar para o país
cinco vezes em nove meses. Dois anos após sua prisão, ele foi condenado a 15
anos de prisão por cometer "atos contra a integridade do Estado" por
instalar conexões de internet, desrespeitando as leis cubanas.
Em pronunciamento nesta quarta-feira, Gross
agradeceu os esforços de congressistas americanos e de Obama por sua
libertação. "Foi crucial para minha sobrevivência saber que não tinha sido
esquecido", declarou.
Gross afirmou que mantém seu "profundo
respeito pelo povo de Cuba" e disse lamentar que o este seja tratado
"de forma tão beligerante" pelos dois lados. Fazendo piadas, também
pediu que, a partir de agora, sua privacidade seja respeitada.
Sofrimento
Desde sua prisão, Gross perdeu 45 quilos e sua
saúde piorou drasticamente. Seu advogado disse que ele tem problemas nos
quadris, ficou cego de um olho e perdeu vários dentes. Vários políticos
americanos visitaram Cuba para pressionar por sua libertação. O prisioneiro
americano também ampliou, ele mesmo, a pressão sobre seu caso. Quando fez 65
anos, em maio, ele disse que se recusaria a passar outro ano na prisão,
indicando que se suicidaria se não fosse libertado.Há um ano, ele fez um apelo
direto a Obama, dizendo que "havia perdido quase tudo na vida" e que
sua família havia "sofrido imensamente". "Está claro para mim,
senhor presidente, que apenas seu envolvimento pessoal vai levar à minha
libertação", disse Gross em sua carta. Ele voltou para os EUA nesta
quarta-feira.
Intercâmbios
A política de Obama para Cuba foi na contramão da
abordagem rígida de seu antecessor, George W. Bush, segundo Plett, analista da
BBC. Ele retomou intercâmbios culturais e acadêmicos, permitiu que cubano-americanos
viajassem para Cuba e enviassem dinheiro para seus parentes. E também deu
início a conversas bilaterais em temas de interesse mútuo. "No entanto,
Obama não havia tomado, até então, nenhuma medida para amenizar as sanções
financeiras e comerciais dos Estados Unidos a Cuba", diz Plett.
"Não está claro se ele teria ido nessa direção
caso Gross não tivesse sido preso." Agora, crescem as expectativas de que
Obama se reúna com o presidente cubano, Raúl Castro, na sétima Cúpula das
Américas, que será realizada em abril no Panamá.
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