Mundo
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Raúl Castro e Barack
Obama fizeram seus pronciamentos nesta quarta-feira
#COMENTÁRIO
Li alguns esboços de risinhos de
felicidade com a veiculação da notícia do reatar de laços entre EUA e Cuba. Nesta
reportagem da BBC Brasil que abaixo transcrevo em sua íntegra, é possível se
chegar à conclusão de que essa suposta união não tem laços fortes ainda
definidos e acertos e concessões americanas ainda são pequenas. Não pode ser
considerado um enlace de interesses e foi fomentado por necessidade da troca do
prisioneiro americano, detido em terras cubanas.
Esse acordo superficial amizade carece
de aprovação do senado americano para um melhor aproveitamento para ambas as
partes se houver interesse. À primeira vista, o lado conservador americano não
é a favor dessa união que só interessa diretamente aos industriais, por se
tratar de um novo e pobre mercado. Os direitos comerciais cubanos não foram
definidos na totalidade, mas o que está reservado a eles não passa muito mais de
vendas de charutos Havana no mercado americano e ainda com limites.
O que se tem de concreto é que o
esperado pelos esquerdistas brasileiros, a criação de uma ditadura democrática,
está longe de nascer...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: BBC
Brasil
Saiba mais sobre o que você vai ler na matéria:
#CONVITEAPROSA
Você acredita que os americanos realmente
querem essa aproximação?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
Alan
Gross é liberado e encontra a família nos EUA
Os presidentes dos
Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, deram início a um
processo de reaproximação entre os dois países após mais de 50 anos de relações
cortadas.
"O isolamento fracassou. É hora de uma nova
abordagem", disse Obama em um discurso na Casa Branca. "Estou ansioso
para engajar o Congresso em um debate sério e honesto (sobre o fim do embargo).
Um comércio intensificado é bom para os americanos e para os cubanos." "Através
dessas mudanças, queremos criar mais oportunidades para americanos e cubanos e
começar um novo capítulo nas Américas", acrescentou o presidente
americano.
Raúl Castro, por sua vez, disse, em Havana, que
"os progressos alcançados demonstram que é possível encontrar solução para
muitos problemas... devemos aprender a arte de conviver de forma civilizada com
nossas diferenças".
"Isso não quer dizer que o principal foi
resolvido. O bloqueio econômico, comercial e financeiro que provoca enormes
danos humanos e econômicos tem que acabar". O anúncio dos mandatários veio
poucas horas após a libertação, em Cuba, do americano Alan Gross, preso há
cinco anos no país. Os Estados Unidos disseram que libertarão três cubanos
condenados por espionagem, e estudam a abertura de uma embaixada em Havana nos
próximos meses.
Antes dos discursos, Obama e Castro conversaram durante
mais de 45 minutos pelo telefone - a primeira conversação substancial entre
líderes dos dois países desde 1961.
Os principais elementos
A Casa Branca divulgou uma lista em que apresenta
"os principais elementos do novo enfoque do presidente para o
estabelecimento de relações diplomáticas com Cuba".
Estes incluem:
- Início imediato
de discussões para o restabelecimento de relações diplomáticas, suspensas em
janeiro de 1961.
- Restabelecimento
de uma embaixada em Havana e de intercâmbios e visitas de alto nível entre os
dois governos.
- Fomentar
trabalho em conjunto em áreas de "interesse mútuo", como migração,
combate ao tráfico de drogas, proteção ambiental e tráfico de pessoas entre
outros.
- Incrementar o
contato entre as populações e melhorar o livre fluxo de informação "para,
desde e entre a população cubana".
- Facilitar a
expansão das viagens com emissão de licenças para pessoas autorizadas.
- Estabelecer
intercâmbios que permitam que americanos ofereçam treinamento empresarial a
empresas privadas cubanas e pequenos agricultores.
- Facilitar o
envio de remessas dos EUA para Cuba; o montante máximo que pode ser enviado por
trimestre subirá de US$ 500 para US$ 2.000 - e não será mais necessária uma
licença especial para o envio de remessas para fundos dedicados ao
desenvolvimento de iniciativa privada em Cuba.
- Ampliação nas
licenças comerciais para vendas e exportação de certos produtos e serviços dos
Estados Unidos, como material de construção e equipamento agrícola para
pequenos agricultores.
- Autorização para
que cidadãos americanos importem produtos de Cuba, como derivados de fumo e
bebidas alcoólicas, até o valor limite de US$ 400.
- Facilitar as
transações autorizadas entre EUA e Cuba, como o processamento de transações
financeiras e o uso de cartões de crédito para viajantes em Cuba.
- Dar início a
esforços para facilitar acesso dos cubanos a meios de comunicação como
internet, tanto dentro de Cuba como de Cuba para os EUA e resto do mundo; para
isso, será permitida a exportação comercial de certos dispositivos de
comunicação, software, aplicações e hardware.
- Revisar a forma
como se aplicam sanções contra Cuba a países terceiros; outorgar licenças para
que possam ser oferecidos serviços e transações financeiras a indivíduos
cubanos em outros países e permitir que embarcações estrangeiras entrem nos EUA
depois de cooperar com determinados tipos de intercâmbio humanitário em Cuba.
- Iniciar uma
revisão da designação dada a Cuba, em 1982, de "Estado patrocinador de
terrorismo"; uma revisão "imediata" será entregue a Obama em seis
meses.
- Participação de
Obama na Cúpula das Américas no Panamá em 2015, em que direitos humanos e
democracia serão assuntos-chave e onde será permitida a participação da
sociedade civil cubana - assim como a de outros países.
- Um compromisso
maior dos EUA por uma melhora nas condições de direitos humanos e reformas
democráticas em Cuba.
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