Anderson Prado/Folhapress
Carros passam por via antes
submersa em represa do Alto Tietê
#COMENTÁRIO
Atendendo à solicitações políticas ou não, o impacto da falta de chuvas no
estado está trazendo graves conseqüências à população paulista. A cada dia,
cidades e mais cidades estão se colocando em estado de emergência por
necessidade de água. A falta de chuva está se expandindo na contagem de tempo da
estiagem e as conseqüências são presenciadas a olhos vistos. Famílias e
famílias baldeiam vasilhas e vasilhas de água para atender ao mínimo de higiene
em seus lares e para prepararem seus alimentos.
Enquanto isso, candidatos políticos e políticos em exercício, digladiam-se
uns justificando-se e outros usando como objeto de ataque os efeitos da
estiagem presente. Promessas e mais promessas de ambos os lados e na prática,
nada. As pessoas sofrem e torcem que haja chuva ao menos até a eleição... Independente
de quem a ganhe... Para a solução desse problema, não interessa quem o faça!
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
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CÉSAR ROSATI - DE SÃO
PAULO - 12/08/2014
Aposta do governo do Estado para atenuar a crise de
falta de água em São Paulo, a próxima temporada de verão deverá ter menos chuva
do que a média histórica, segundo meteorologistas. Um estudo da Climatempo
estima que, entre outubro deste ano e março de 2015, as precipitações no
sistema Cantareira, que enfrenta uma estiagem inédita, poderão ser até 20%
inferiores ao volume dos últimos dois anos. A meteorologista Maria Clara
Sassaki, da Somar Meteorologia, também projeta um verão mais seco do que em
condições normais - além do agravante de chuvas mal distribuídas nesse período.
Essas previsões agravam a ameaça de esvaziamento das represas ao mesmo tempo em
que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) tem descartado a possibilidade de
racionamento. O Cantareira abastece 8,8 milhões de moradores na Grande São
Paulo e estava nesta segunda-feira (11) com somente 13,8% de sua capacidade - já
incluindo a água do "volume morto" (do fundo das represas), que
começou a ser usado em maio.
'CENÁRIOS CRÍTICOS'
Pelo estudo da Climatempo, a quantidade de chuva
esperada deixaria esse reservatório com só 12% de sua capacidade no fim de
março do ano que vem, quando começa a estiagem de inverno. Trata-se de patamar
inferior ao registrado em 31 de março deste ano, quando ele estava com 13,4% do
total. Questionada, a Sabesp (companhia estadual de abastecimento) diz que
"garante o abastecimento de água na Grande São Paulo até março de 2015,
quando o período de chuvas já deve ter resgatado boa parte dos reservatórios da
região".
A empresa paulista afirma que "esse cálculo é
feito levando-se em conta os cenários mais críticos" e que ela trabalha
"com dados estatísticos do que foi registrado no passado", "e
não com previsão ou probabilidades". A Climatempo diz considerar a base de
dados meteorológicos dos últimos anos e a média de consumo do morador atendido
pelo manancial. Segundo a meteorologista Bianca Lemos, deverá chover em torno
de 1.000 mm entre outubro e março, abaixo da média histórica de 1.300 mm. "Pode
chover muito em um dia e nada em outros. O ideal para recuperar os
reservatórios seria uma chuva constante, mais bem distribuída ao longo da
temporada, algo que pode não ocorrer", diz a meteorologista Maria Clara
Sassaki, da empresa Somar. O climatologista do CPTEC (Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
Paulo Nobre preferiu não fazer uma projeção para a próxima temporada, mas diz
que os índices pluviométricos têm caído em São Paulo ao longo dos últimos 40
anos.
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