terça-feira, 12 de agosto de 2014

Tempo deve continuar seco em São Paulo no verão, dizem meteorologistas

Anderson Prado/Folhapress
Carros passam por via antes submersa em represa do Alto Tietê


#COMENTÁRIO

Atendendo à solicitações políticas ou não, o impacto da falta de chuvas no estado está trazendo graves conseqüências à população paulista. A cada dia, cidades e mais cidades estão se colocando em estado de emergência por necessidade de água. A falta de chuva está se expandindo na contagem de tempo da estiagem e as conseqüências são presenciadas a olhos vistos. Famílias e famílias baldeiam vasilhas e vasilhas de água para atender ao mínimo de higiene em seus lares e para prepararem seus alimentos.
Enquanto isso, candidatos políticos e políticos em exercício, digladiam-se uns justificando-se e outros usando como objeto de ataque os efeitos da estiagem presente. Promessas e mais promessas de ambos os lados e na prática, nada. As pessoas sofrem e torcem que haja chuva ao menos até a eleição... Independente de quem a ganhe... Para a solução desse problema, não interessa quem o faça!

#Disse

Carlos Leonardo





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CÉSAR ROSATI - DE SÃO PAULO - 12/08/2014  
Aposta do governo do Estado para atenuar a crise de falta de água em São Paulo, a próxima temporada de verão deverá ter menos chuva do que a média histórica, segundo meteorologistas. Um estudo da Climatempo estima que, entre outubro deste ano e março de 2015, as precipitações no sistema Cantareira, que enfrenta uma estiagem inédita, poderão ser até 20% inferiores ao volume dos últimos dois anos. A meteorologista Maria Clara Sassaki, da Somar Meteorologia, também projeta um verão mais seco do que em condições normais - além do agravante de chuvas mal distribuídas nesse período. Essas previsões agravam a ameaça de esvaziamento das represas ao mesmo tempo em que a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) tem descartado a possibilidade de racionamento. O Cantareira abastece 8,8 milhões de moradores na Grande São Paulo e estava nesta segunda-feira (11) com somente 13,8% de sua capacidade - já incluindo a água do "volume morto" (do fundo das represas), que começou a ser usado em maio.

'CENÁRIOS CRÍTICOS'
Pelo estudo da Climatempo, a quantidade de chuva esperada deixaria esse reservatório com só 12% de sua capacidade no fim de março do ano que vem, quando começa a estiagem de inverno. Trata-se de patamar inferior ao registrado em 31 de março deste ano, quando ele estava com 13,4% do total. Questionada, a Sabesp (companhia estadual de abastecimento) diz que "garante o abastecimento de água na Grande São Paulo até março de 2015, quando o período de chuvas já deve ter resgatado boa parte dos reservatórios da região".
A empresa paulista afirma que "esse cálculo é feito levando-se em conta os cenários mais críticos" e que ela trabalha "com dados estatísticos do que foi registrado no passado", "e não com previsão ou probabilidades". A Climatempo diz considerar a base de dados meteorológicos dos últimos anos e a média de consumo do morador atendido pelo manancial. Segundo a meteorologista Bianca Lemos, deverá chover em torno de 1.000 mm entre outubro e março, abaixo da média histórica de 1.300 mm. "Pode chover muito em um dia e nada em outros. O ideal para recuperar os reservatórios seria uma chuva constante, mais bem distribuída ao longo da temporada, algo que pode não ocorrer", diz a meteorologista Maria Clara Sassaki, da empresa Somar. O climatologista do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) Paulo Nobre preferiu não fazer uma projeção para a próxima temporada, mas diz que os índices pluviométricos têm caído em São Paulo ao longo dos últimos 40 anos. 

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