#COMENTÁRIO
Longe da mídia nacional, eis que surge
novamente o mesmo filme em cartaz. Lá vai bomba na cabeça dos iraquianos... Como
o foco hoje é a faixa de Gaza, e os americanos não podem entrar por lá, afinal suas
ligações por aqueles lados é muito forte, então miram para o Iraque.
É bem verdade que crianças inocentes e
os próprios adultos desorientados face à incerteza que habita essa região do
planeta são vítimas incontestes de ações destrutivas criadas por razões nada
naturais, olhando-se do ponto de vista ocidental. Mas darmos autorização de “papel
passado”, como se diria antigamente, aos EUA saírem dando tiros e soltando
bombas em nome da paz e em retaliação a agressões de grupos radicais, não deveria
ser aceito assim tão subserviente.
Esses americanos...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
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ISABEL FLECK - DE NOVA
YORK - 07/08/2014
Diante do avanço dos militantes do
grupo fundamentalista Estado Islâmico no Iraque nos últimos dias, o presidente
Barack Obama autorizou, nesta quinta (7), os primeiros ataques aéreos ao Iraque
desde a saída das tropas americanas do país, em 2011. Segundo Obama, a
autorização foi dada para proteger funcionários americanos que trabalham no
país. A pedido do governo iraquiano, ele também teria permitido ataques para
ajudar a chegar assistência humanitária a cerca de 40 mil pessoas, de minorias
do país, que estão cercadas em uma montanha pelo grupo radical sunita. Segundo
o Unicef (fundo das Nações Unidas para a infância), 40 crianças do grupo já
teriam morrido por causa do calor e da desidratação. Obama não especificou se
já teriam ocorrido ataques nesta quinta, como disseram autoridades curdas e
iraquianas ao "New York Times". "Nós podemos agir, com cuidado e
responsabilidade, para evitar um potencial ato de genocídio", disse Obama,
confirmando que aviões americanos já jogaram mantimentos e água ao grupo curdo
que está isolado no monte Sinjar (norte), os yazidis. "Vamos permanecer
vigilantes e atacar se esses terroristas ameaçarem nossos funcionários em
instalações em qualquer lugar no Iraque: seja no consulado em Irbil ou na
embaixada em Bagdá", disse Obama, destacando que as forças têm sinal verde
para bombardear qualquer comboio do grupo radical que se aproxime de Irbil,
capital do Curdistão iraquiano. Logo após o pronunciamento, o secretário de
Estado, John Kerry, disse que os atos "grotescos" dos radicais sunitas
acendem todos os alertas de "genocídio".
"Os EUA estão agindo e liderando,
e o mundo não pode ficar sentado olhando inocentes morrerem", disse.
Apesar de anunciar a permissão para
ataques, Obama reforçou que não mandará de volta tropas ao país. "Não vou
permitir que os EUA sejam arrastados para lutar outra guerra no Iraque",
afirmou. Nos últimos meses, por conta do avanço do grupo, os EUA enviaram cerca
de 700 militares ao país para ajudar no reforço da segurança das instalações
americanas. Nesta quinta, os militantes anunciaram ter o controle de 15 cidades
no norte do país. A barragem de Mossul, a maior do país, também passou para o
controle dos rebeldes, cujo objetivo é criar um regime islâmico em territórios
atualmente pertencentes ao Iraque e à Síria. A barragem fornece energia para
Mossul e controla o abastecimento de água de uma extensa região do país. O
grupo fundamentalista tomou também um posto militar e invadiu Qaraqosh,
importante cidade cristã do país, da qual já fugiram mais de 100 mil habitantes.
Os EUA ocuparam o Iraque entre 2003, quando derrubaram o ditador Saddam
Hussein, e 2011.
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