#COMENTÁRIO
Pois é, o garoto está se mostrando...
Estes dias de cadeia não o amoleceram, está ainda de nariz empinado e continua
autoproclamando-se: ativista revolucionário.
Seria ele um espelho masculino de nossa
presidente? Com um senso para farejar encrencas, já se projeta em outra briga
alheia e o pior, se acha importante para o fato.
Quanto ao estudante da USP, o que nos
parece à primeira vista é que se trata de um daqueles paraquedistas que caem
sem saber exatamente aonde, indo parar diretamente no meio do fervor de uma
passeata. Parece que se embalou com as brincadeirinhas que estavam sendo
feitas... Quando acordou se deu no meio de uma cadeia, acusado de destruição de
patrimônio público e anarquia...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
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FELIPE SOUZA - DE SÃO
PAULO - 09/08/2014
Após ficar 47 dias preso, o professor
de inglês Rafael Lusvarghi, 26, passou o seu primeiro dia de liberdade em casa,
no interior de São Paulo, onde conversou com amigos e postou fotos por meio de
redes sociais.
À Folha, também via rede social, afirmou, ironicamente, que o
período na carceragem do 8º DP (Brás/Belém) foi um "spazinho", algo
como "férias forçadas". Lusvarghi não é figurinha carimbada nos
protestos - o primeiro em que esteve foi na abertura da Copa, no dia 12 de
junho. Mas, rapidamente, ficou conhecido entre os ativistas, principalmente por
seu currículo inusitado. Ex-policial militar em São Paulo, ele diz ter atuado
nas Farc e na Legião Estrangeira (força armada francesa). Ele foi preso no dia
23 de junho, em protesto na Avenida Paulista. Lusvarghi disse se lembrar pouco
desse dia, pois estava comemorando e bebeu "um pouquinho".
Na época, a Folha o presenciou bebendo um
litro de vodca no gargalo. Sobre a cadeia, disse que as refeições não foram um
problema. "Não é algo que vou dizer 'nossa, que delícia de marmita'. Mas é
bem melhor que uma ração de combate ou um rango improvisado no Arauca
(Colômbia)." O professor de inglês relatou que a convivência com outros
presos não foi difícil. "Prisão é sem segredo. Respeite os outros que eles
te respeitam", afirmou.
Ele disse que ainda se exercitou no
período. "A gente improvisou uma academia. Eu me satisfaço com
pouco."
Lusvarghi afirmou que não comentaria assuntos
ligados ao processo a que responde, a pedido de sua defesa.
UCRÂNIA
Antes de ser preso no dia 23 de junho,
ele disse à Folha que
viajaria para a Ucrânia no dia 28 do mesmo mês para lutar pelas forças
pró-Rússia. Ele diz que irá ao país o mais rápido possível.
"Eu gosto da [minha] família, mas
eu quero é ir pra Ucrânia! Não aguento mais perder tempo... eles precisam de
mim lá, e eu preciso me sentir útil e fazer o que sei fazer bem", afirmou.
Ele disse que é voluntário e fará a viagem por conta própria para
"ingressar nas fileiras em Donetsky". Afirmou que os separatistas
estão esperando por ele na capital russa. "Já tomei os puxões devidos de
orelha, mas me parece que eles curtiram minha atitude. Lá eu descubro melhor os
detalhes".
Sobre o estudante e funcionário da USP
Fábio Hideki Harano, 27, preso e libertado no mesmo dia que ele, disse apenas
que conversou brevemente com ele quando ainda estavam no Deic (departamento que
investiga o crime organizado), antes de serem transferidos, mas que os separaram
"rapidinho". Hideki disse nesta sexta-feira, por meio de nota
divulgada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), que está
"aliviadíssimo" por estar em liberdade.
"O apoio que recebi foi, está
sendo e será de enorme importância. Agradeço imensamente pela ajuda e pela
solidariedade prestadas por muitíssimas pessoas, cujos nomes não caberiam, nem
com letras bem pequenas, nesta nota." Por fim, Hideki afirmou ter certeza
da inocência dele e da "importância dessa e de tantas outras movimentações
sociais".
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