#COMENTÁRIO
Foram necessários 1711 casos
confirmados de contaminados para que a OMS começasse a se mexer. Há algum tempo
já vinha se comentando desde Serra Leoa a multiplicação de contaminados e o
mundo não quis ouvir. Agora que a água está chegando ao pescoço, as autoridades
mundiais começaram a se mover. O problema maior é a não existência de uma
vacina que detenha esse vírus, medidas paliativas foram tomadas quando da
primeira infestação epidêmica e ficou somente nisso. Li recentemente que o
cientista que descobriu a maneira de pará-lo na época, tinha resolvido
reativá-lo para procurar uma cura para o mal. O problema parece que alguém se
contaminou e aí começou tudo outra vez. E a cada dia sabe-se de novos casos em
locais totalmente distantes e que se não tomarem providências imediatas,
transformação em novos focos da doença. Cabe aí uma atenção especial das
autoridades de saúde e vigilância e uma dose muito grande de responsabilidade
das pessoas em geral...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: A Folha de São Paulo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - 08/08/2014
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
declarou nesta sexta-feira (8) que o surto de ebola no oeste da África é uma
emergência pública de saúde de alcance internacional e recomendou medidas
excepcionais para deter sua transmissão. Os países onde foram registrados casos
da doença terão que, entre outras medidas, efetuar exames nas pessoas com
sintomas associados aos do ebola na saída de aeroportos, portos marítimos e nos
cruzamentos fronteiriços. Na última quinta-feira (7) a presidente da Libéria,
Ellen Johnson Sirleaf, já havia decretado estado de emergência no país, diante
de uma epidemia do vírus ebola que "exige medidas extraordinárias para a
sobrevivência do Estado". Em um discurso à nação, a presidente recordou as
medidas adotadas há duas semanas na Libéria para deter o contágio, incluindo a
licença obrigatória de 30 dias para funcionários não-essenciais, o fechamento
das escolas e a desinfecção dos locais públicos, "e apesar de tudo a
ameaça segue aumentando". "A ignorância, a pobreza e as práticas
culturais e religiosas seguem exacerbando a propagação da doença, em particular
nas províncias", destacou Sirleaf, se referindo especialmente aos contatos
com os defuntos nos rituais funerários. "A magnitude e a escala da
epidemia e a virulência do Ebola superam agora as capacidades e prerrogativas
de qualquer agência governamental ou ministério", advertiu a presidente
liberiana. "O vírus ebola e as conseqüências da doença constituem agora um
transtorno que afeta a existência, a segurança e o bem-estar da República, e
representa um risco claro e imediato", concluiu Sirleaf, que apresentará
sua decisão ao Parlamento nesta quinta-feira. O mais recente boletim da
Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre todo o oeste da África, divulgado na
quarta-feira, aponta 932 mortos desde o começo do ano, com 1.711 casos
confirmados de ebola, sobretudo na Guiné (363), Libéria (282) e Serra Leoa
(286). Em Monróvia, capital da Libéria, muitos mortos foram deixados insepultos
nas ruas, ou abandonados em suas casas. O último boletim sobre a Libéria é
particularmente preocupante: 48 dos 108 novos casos de ebola, com 27 entre as
45 mortes recentes.
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