#COMENTÁRIO
Uma notícia que agita o meio,
principalmente de pessoas idosas. A primeira impressão é de que este tratamento
prévio dá-nos segurança de não sofrermos futuramente desse mal que hoje assola
a humanidade. Ainda mais que se trata de uma droga barata, fácil de encontrar
em qualquer buteco da vida... Vende-se à “bel prazer” sem qualquer fiscalização
e já é considerado um remédio “de nome” no meio do “povão”.
Mas parando para pensar, como a própria
reportagem nos alerta em seu final, os efeitos colaterais de uma ingestão constante
de drágeas de qualquer tipo normalmente são devastadores para nosso organismo. E
esta especificamente ataca o estômago dando-o sangramentos e ulcerações... É
caso sério... Devemos pensar bem antes de tomar qualquer atitude, mesmo porque,
ainda não é fato consumado o seu resultado.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Alagoas 24 Horas
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Tomar uma aspirina por dia ajuda a pode
ajudar a evitar casos de câncer no trato digestivo. Foi o que contatou uma
equipe de pesquisadores da Queen Mary University of London após analisar uma
série de estudos e resultados de testes clínicos sobre o tema. De acordo com a
revisão, tomar aspirina por 10 anos todos os dias poderia reduzir os casos de
câncer no intestino em cerca de 35% e as mortes em 40%. A incidência de câncer
no esôfago seria cortada em 35 e 50% e as mortes em 30%. Os efeitos benéficos
começaram a surgir após cinco anos de ingestão de 75-100 mg de aspirina por
dia. Para os pacientes entre 50 e 65 anos, os benefícios passaram a aparecer
após 10 anos, ao menos. Os pesquisadores do Queen Mary University of London
afirmam, no entanto que ainda é preciso entender o que faz a aspirina prevenir
câncer. Os dados constataram apenas que
o uso do medicamento reduziu casos e mortes, mas ainda não se sabe que
mecanismos estão por trás disto.
Ainda se desconhece se o efeito
anti-inflamatório da aspirina acarretaria a redução de inflamações crônicas que
poderiam desenvolver algum tipo de câncer ou se seria um efeito molecular que
barraria uma situação benigna se tornar maligna. Estudos neste sentido ainda
precisam ser feitos. “É sabido que a aspirina, uma das drogas mais comuns e
baratas do mercado, pode proteger contra certos tipos de câncer. Mas até agora
não ficou claro se os prós de tomar aspirina todos os dias supera os contras”,
disse Jack Cuzick, chefe do Centro de Prevenção do Câncer da Universidade e
autor principal do estudo publicado no periódico científico Annals of Oncology.
Calma lá
A análise também mostrou que o uso prolongado
da droga pode aumentar o risco de sangramento no trato digestivo e no estômago.
O risco foi aumentado para as pessoas com mais de 60 anos de 2,2% para 3,6%. O
consumo diário de aspirinas poderia ser fatal para menos de 5%. Normalmente, em
pessoas que não fazem uso de aspirina prolongado, as taxas de hemorragia
digestiva graves ou fatais são muito baixas em pacientes de 70 anos, mas o
estudo mostrou um aumento acentuado após esta idade em pessoas que tomaram a
droga diariamente. Outro efeito colateral do uso prolongado de aspirina é o
aumento de 30 a 60% de casos de úlcera. Algo que não pode ser desprezado. “Não
é para todo mundo sair tomando aspirina. O estudo mostrou que é preciso
analisar grupos de risco onde prevenir o câncer seja mais interessante que os
riscos de sangramento e inclusive o aparecimento de úlceras no estômago”, disse
Felipe José Fernàndez Coimbra, diretor do Núcleo de Cirurgia Abdominal do
A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, e que não participou do estudo. Coimbra
alerta que ainda não está claro a dose ideal. Os pesquisadores britânicos falam
entre 75 e 100 gramas diárias. “É muito variável e para se chegar a uma
conclusão desta é preciso entender o mecanismo e também acompanhar os pacientes
por muito mais tempo que dez anos. Mas é uma boa notícia. São conhecimentos que
vão se acumulando. Futuramente talvez a gente possa definir quem deve usar e
quanto deve usar”, disse.
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