Política
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#COMENTÁRIO
Chega a ser vergonhosa as tentativas de
desenrolar essa situação da doação brasileira às regiões da África com epidemia
do ebola.
Dito e tão decantado como o povo mais solidário do planeta, o
brasileiro está se tornando chacota e passam a serem vistos de cantos de olhos
pela ação tomada pela Presidência da República. É impossível não se traçar
paralelos quando por decisão da mesma cúpula política, liberou-se quantias
vultuosas para atender aos interesses cubanos, à perdão de dívidas para países “parceros”,
mas para ajudar à esses pobres moribundos em estado de miséria, só dispomos de
R$ 1 milhão em mercadorias... E agora vêm a publico para informar que vão
aumentar a doação com máquinas e equipamentos com a finalidade de acelerar a
produção nacional desses itens! É de amargar!
E o pior, tudo isso ainda está aqui por
que não têm como enviar à África... Brincadeira?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
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PATRÍCIA CAMPOS MELLO - DE SÃO
PAULO - 08/10/2014
Depois de sofrer pressões de ONGs para aumentar sua
ajuda aos países afetados pelo ebola, o governo brasileiro estuda agora uma
maneira de elevar as doações ao mesmo tempo em que faz promoção comercial na
África.
O Brasil deve anunciar até sexta-feira uma ajuda
adicional para o combate à doença. Mas a Presidência determinou que boa parte
da doação extra seja feita em material – ambulâncias, helicópteros, geradores –
para incentivar a indústria nacional.
Pessoas que acompanham a negociação advertem que a
logística de entregar esses bens nos locais afetados é um pesadelo e isso deve
atrasar ainda mais as doações. "As pessoas não têm noção do custo e da
dificuldade de fazer esses bens chegarem até a Libéria e Serra Leoa neste
momento; doar em dinheiro seria muito mais eficiente", diz um integrante
do governo.
Nesta terça, o tema foi discutido entre o chanceler
Luiz Alberto Figueiredo e os ministros Arthur Chioro (Saúde) e Celso Amorim
(Defesa), além de representante da Secretaria-Geral da Presidência. "A
reunião foi convocada por determinação da presidente. É uma demanda que deve
ter sido feita a outros países também", disse o porta-voz do Itamaraty,
Antônio Tabajara.
Uma amostra da dificuldade são as doações de
alimentos. A presidente Dilma Rousseff já liberou milhares de toneladas de
feijão e arroz para países afetados, mas eles ainda estão no Brasil, pois não
há verba para o transporte.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um
apelo para a doação de equipamentos para a região. Em Serra Leoa, por exemplo,
há quatro ambulâncias para mais de 400 mil pessoas em Kailahun, o distrito mais
afetado.
EUA e Japão enviaram geradores e ambulâncias, mas
se encarregaram dos custos de transporte. O volume de doações do Brasil foi
criticado por ONGs. Enquanto o país doou R$ 1 milhão, Índia doou US$ 12 mi, África
do Sul, US$ 3 mi e China, US$ 36 mi.
Colaborou FLÁVIA FOREQUE
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